🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
Fim da crise?

Debêntures voltam a render mais que o CDI; hora de investir?

Após a crise que levou a uma onda de saques nos fundos que investem nos títulos de crédito emitidos por empresas, resultado do mês passado foi o melhor desde agosto de 2017

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
7 de fevereiro de 2020
5:26 - atualizado às 23:10
Investimentos
Investimentos - Imagem: Mind and I/Shutterstock

Manja debêntures? A pergunta lançada pela antiga propaganda de um bancão talvez faça mais sentido agora, diante da crise que mexeu com o mercado de títulos emitidos por empresas ao longo do segundo semestre do ano passado.

Depois da forte sacudida que derrubou a rentabilidade e levou a uma onda de saques nos fundos que investem nesses papéis, o mercado começa a dar sinais de volta à normalidade.

Em janeiro, o retorno do Idex, índice de debêntures calculado pela gestora JGP, foi de 0,70% – o equivalente a 184% do CDI. Foi o segundo mês seguido em que o indicador bate o referencial das aplicações de renda fixa.

O resultado do mês passado também deixou aplicações como a bolsa e fundos imobiliários no chinelo e foi o melhor desde que o índice começou a ser calculado, em agosto de 2017.

É claro que o retorno de curto prazo diz muito pouco sobre o que esperar daqui para frente. Por isso eu conto para você o que deu errado no passado recente e se vale a pena (voltar a) investir nos fundos que compram debêntures.

O que aconteceu?

De certo modo, esse mercado foi “vítima” do próprio sucesso. Com a queda da taxa básica de juros (Selic), os fundos de crédito privado, que investem boa parte do patrimônio em debêntures, se tornaram uma opção para o investidor que buscava um retorno adicional sem sair do conforto da renda fixa.

Leia Também

O forte aumento na captação desses fundos – muitos deles vendidos de forma errada pelas plataformas de investimento – provocou uma distorção no mercado de debêntures.

Como acontece toda vez em que há mais demanda do que oferta, os papéis ficaram caros demais. Foi o ajuste a esse movimento que fez a rentabilidade dos papéis (e por tabela dos fundos) despencar a partir de agosto do ano passado.

O rendimento das debêntures chegou a registrar queda por dois meses consecutivos, o que derrubou por tabela a retorno dos fundos. Imagine o efeito disso para os investidores habituados até então a ganhos acima do CDI praticamente sem volatilidade.

Resgates diminuem

No acumulado de 2019, o índice de debêntures marcou alta de 5,57% em 2019, abaixo dos 5,97% do CDI. Longe de ser uma tragédia, mas o suficiente para os investidores, principalmente os que não “manjavam debêntures”, pedirem o resgate dos fundos.

Na estimativa da JGP, o volume aplicado nos fundos de crédito “puro sangue” saltou de R$ 15 bilhões em 2014 para R$ 100 bilhões no auge da euforia, em julho do ano passado. Com a crise, eles perderam quase 15% do patrimônio nos meses seguintes.

Os resgates, contudo, vêm diminuindo desde dezembro, em outro sinal de que o mercado começa a voltar ao normal. Para a XP Investimentos, o segundo semestre de 2019 foi traumático (e elucidador) para os investidores de fundos de crédito privado. Não tanto pelos retornos magros, mas pela quebra de expectativas.

A recuperação do mercado tem se dado em um ritmo mais rápido do que o esperado, escreveu Samuel Ponsoni, responsável pela área de análise de fundos da XP. A expectativa dele é que os resgates nos fundos continuem caindo e se revertam para captações ainda antes do Carnaval.

Mercado parou

Justamente quando a balança voltou a pender favoravelmente para o lado do investidor com a melhora nas taxas, o volume de novas ofertas de debêntures teve forte queda.

Sem contar os papéis que ficam na carteira dos bancos, a estimativa é que as emissões tenham ficado abaixo de R$ 1 bilhão em janeiro, me disse Alexandre Muller, sócio e responsável pela área de crédito da JGP. Para efeito de comparação, a média mensal de ofertas de debêntures no ano passado superou os R$ 10 bilhões.

Depois da paradeira de janeiro, as empresas se preparam para voltar ao mercado e captar recursos com a emissão de debêntures, segundo Philip Searson, responsável pela área de renda fixa do Bradesco BBI.

“O ponto positivo desse ajuste no mercado é que ele não teve nada a ver com a qualidade de crédito das companhias”, disse.

Então, vale a pena investir?

Com a melhora nas taxas e a menor oferta, os títulos de dívida emitidos pelas empresas ficaram mais atrativos para o investidor. O principal risco para quem entrar em um fundo de crédito neste momento é o de que o ajuste não tenha terminado.

Mas o executivo do Bradesco BBI vê pouco espaço para uma repetição do movimento nos patamares atuais. “Quando os spreads de crédito das debêntures abrem, os ativos ficam interessantes para os bancos comprarem, o que traz estabilidade e um teto para os preços.”

Fiz a mesma pergunta para Alexandre Muller, da JGP. Para ele, o nível de taxa de juros pago pelas empresas com melhor qualidade de crédito deve se estabilizar na casa de 1% a 1,10% sobre o CDI.

“Como os spreads encerraram o mês passado na casa de 1,26% acima do CDI, nossa sensação é de que há algum espaço para compressão”, disse. Isso significa que, sim, investir em um bom fundo de crédito privado pode ser uma oportunidade para diversificar a parcela da sua carteira dedicada à renda fixa.

Como escolher?

Na hora de escolher um fundo, eu considero melhor evitar os que pagam o resgate imediato ou em um prazo menor que uma semana. Apesar da liquidez mais restrita (ou justamente por ela), os produtos com carência de pelo menos 30 dias são os mais adequados nessa modalidade.

Isso porque o maior prazo para o pagamento dos resgates garante mais tempo para que o gestor consiga administrar a compra e venda de papéis da carteira sem prejudicar os demais cotistas.

Os fundos de crédito também não são indicados para os recursos da reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar a qualquer momento. Outra dica –que vale para qualquer investimento, aliás – é não se guiar apenas pela rentabilidade passada e "manjar" os riscos de cada aplicação para evitar surpresas negativas no futuro.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Começa a semana mais importante do ano: Investidores se preparam para eleições nos EUA com Fed e Copom no radar

4 de novembro de 2024 - 8:00

Eleitores norte-americanos irão às urnas na terça-feira para escolher entre Kamala Harris e Donald Trump, mas resultado pode demorar

CRÉDITO INCENTIVADO

Isentos de imposto de renda e mais rentáveis que o Tesouro IPCA+: as debêntures, CRIs e CRAs recomendadas pelo BB-BI para novembro

1 de novembro de 2024 - 18:33

Em meio à alta da Selic e a desancoragem das expectativas de inflação, a casa segue priorizando emissores com características defensivas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo incerto, nada resolvido: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho e dificultam a vida do Ibovespa em dia de agenda vazia

23 de outubro de 2024 - 8:10

Fora alguns balanços e o Livro Bege do Fed, investidores terão poucas referências em dia de aversão ao risco lá fora

LEVANTAMENTO DA ANBIMA

Sem IPOs, empresas apostam na renda fixa e captam valor recorde de R$ 542 bilhões no mercado de capitais neste ano; debêntures e FIDCs são destaques

22 de outubro de 2024 - 18:33

Do total captado até setembro, a grande maioria veio da classe, cujo ativo de maior destaque são as debêntures, especialmente de infraestrutura

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque de Wall Street, mas isso não espanta a possibilidade de fortes emoções na bolsa

22 de outubro de 2024 - 8:17

Andamento da temporada de balanços nos EUA e perspectivas para o rumo dos juros pesam sobre as bolsas em Nova York

INVESTIR LÁ FORA

Renda fixa no exterior: DBOA11, ETF que investe em debêntures americanas conversíveis em ações, estreia na B3

21 de outubro de 2024 - 18:10

Gestora Oryx Capital, responsável pelo novo fundo de índice, deseja focar em ETFs voltados para o mercado externo e mudar a forma como a distribuição desses produtos é remunerada no Brasil

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vale virar a chavinha? Em dia de agenda fraca, Ibovespa repercute PIB da China, balanços nos EUA e dirigentes do Fed

18 de outubro de 2024 - 8:02

PIB da China veio melhor do que se esperava, assim como dados de vendas no varejo e produção industrial da segunda maior economia do mundo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que divide o brasileiro de verdade: Ibovespa reage a decisão de juros do BCE e dados dos EUA em dia de agenda fraca por aqui

17 de outubro de 2024 - 8:22

Expectativa com o PIB da China e novas medidas contra crise imobiliária na segunda maior economia do mundo também mexem com mercados

LUZ VERDE

Mais um passo para a ação da CVC (CVCB3) decolar? Acordo para alongar vencimentos e reduzir juros de debêntures é aprovado em assembleia

16 de outubro de 2024 - 19:27

O entendimento com os debenturistas para o reperfilamento de dívidas havia sido alcançado há pouco mais de um mês; confira os detalhes

DEVO, NÃO NEGO…

Sequoia (SEQL3) anuncia recuperação extrajudicial para renegociar dívidas de R$ 295 milhões, mas com bancos e debêntures de fora

14 de outubro de 2024 - 10:15

O plano da Sequoia inclui a conversão e reperfilamento de créditos decorrentes de contratos com fornecedores, prestadores de serviços e locadores de armazéns

NEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS

Não está fácil para a Kora Saúde (KRSA3): empresa anuncia reperfilamento de dívidas e convoca assembleia para debenturistas

10 de outubro de 2024 - 17:30

Se você é titular de debêntures (títulos de dívida) emitidos pela Kora Saúde (KRSA3), fique ligado: companhia convocou assembleia geral para negociação de dívidas

OS ESCOLHIDOS DOS ANALISTAS

Tesouro Direto, títulos isentos de IR e mais: as recomendações do Itaú BBA na renda fixa após a alta da Selic

7 de outubro de 2024 - 15:13

Na visão dos analistas, a taxa básica de juros brasileira deve chegar aos 12% ao ano em 2025 e impulsionar a rentabilidade dos títulos pós-fixados

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil

2 de outubro de 2024 - 7:58

Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva

CARTEIRA RECOMENDADA

BB Investimentos indica 7 debêntures e outros títulos isentos de imposto de renda para investir em outubro

1 de outubro de 2024 - 13:33

Instituição recomenda títulos incentivados para o público geral e público qualificado; veja a carteira completa

BALANÇO DO MÊS

Bitcoin e ouro lideram novamente o ranking dos melhores investimentos em setembro, enquanto Ibovespa volta a amargar perdas; veja o ranking

30 de setembro de 2024 - 18:55

Nem mesmo o corte de juros nos EUA e os estímulos econômicos na China foram capazes de animar a bolsa brasileira; veja o ranking dos melhores e piores investimentos do mês

REESTRUTURAÇÃO DE DÍVIDAS

Light (LIGT3) paga credores de debêntures de até R$ 30 mil — mas ainda há caminho a percorrer na recuperação judicial

16 de setembro de 2024 - 13:39

O pagamento era um dos termos do plano de reestruturação de dívidas, que determinava que os credores quirografários que detivessem créditos de até R$ 30 mil recebessem o valor “automaticamente”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Disclaimer nas bolsas: Wall Street ganha uma ajudinha da inteligência artificial, enquanto mercado aguarda corte de juros na Europa

12 de setembro de 2024 - 8:10

Durante o pregão regular de ontem (11), a Nvidia, joia da coroa do setor, chegou a saltar mais de 8% e animou os índices internacionais nesta quinta-feira

REPERFILAMENTO

CVC (CVCB3) renegocia dívidas e fecha acordo para alongar vencimentos e reduzir juros de debêntures

11 de setembro de 2024 - 19:15

Segundo a empresa, o reperfilamento deve otimizar a estrutura e gestão do caixa, além de expandir a capacidade de crescimento

Empurrãozinho para os IPOs?

CVM abre consulta pública para regras que facilitam o acesso de empresas de menor porte à bolsa e ao mercado de emissão de dívida

11 de setembro de 2024 - 18:33

Por meio do FÁCIL – Facilitação do Acesso a Capital e de Incentivo a Listagens – autarquia quer aumentar o acesso de empresas com faturamento até R$ 500 milhões ao mercado de capitais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A escalada do pico da bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes históricos em dia de mais dados nos EUA

15 de agosto de 2024 - 8:08

A bolsa brasileira está de volta à faixa dos 133 mil pontos, mas busca por novos picos ainda depende de corte de juros nos EUA

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar