Os segredos da bolsa: balanços e coronavírus voltam à tona após ressaca das eleições americanas
Depois de semana positiva para as bolsas, mercados podem voltar a olhar para outros assuntos. Por aqui, destaque é para balanços de Magalu e BRF; lá fora, agenda econômica domina
Espero que você esteja respirando bem, leitor premium. Afinal de contas, quem acompanhou o noticiário nesta semana com certeza em algum momento perdeu o fôlego com a corrida pela Casa Branca — tivemos nada menos que três dias de apuração, um autêntico teste para cardíaco com reviravoltas madrugadas adentro!
Mas a eleição americana teve, enfim, um vencedor. Por margens bem menores do que se antecipavam nas pesquisas, o democrata Joe Biden se sagrou vitorioso e sucederá o republicano Donald Trump na Casa Branca. Mas isto não quer dizer que a disputa esteja acabada.
O atual presidente dos Estados Unidos prometeu levar o pleito para a Justiça na madrugada de quarta (4), quando também se declarou o ganhador da disputa, e continua a dizer que há fraudes em andamento com os votos enviados por correio.
Os mercados, entretanto, ignoraram um eventual imbróglio judicial: o Ibovespa fechou em alta forte na semana, de 7,42%, voltando aos 100 mil pontos, surfando a onda de bom humor das bolsas americanas, e, também, na Europa. (Se o índice vai ficar lá por algum tempo e então se firmar, é outra discussão.)
Nesta semana, é bem provável que o noticiário trará novidades sobre as questões legais pelas quais a eleição dos EUA passará, e, mais uma vez, teremos que ficar atento ao andar (ou "desandar") da carruagem". Mas os balanços é que estarão no centro das atenções — e a principal parte deles vem do mercado local.
Por aqui, o “filé mignon” vem do e-commerce: uma das maiores ganhadoras percentuais do Ibovespa em 2020 divulga os seus resultados. Uma das maiores exportadoras, também.
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Então, se você ficou sem respirar durante a última semana, acompanhou as apurações de perto atualizando o celular toda hora e, eventualmente, ficou cansado de acompanhar o que estava rolando e foi para cama dormir… bem, a próxima semana certamente será mais calma — ao menos a princípio.
É sempre bom se lembrar que, no exterior, o avanço da covid-19 continua. Se o assunto não ganhou força no noticiário na semana passada, não foi porque ele se tornou menos relevante: era uma semana atípica de eleições nos EUA. Mas o país trouxe novidades ruins sobre a pandemia, registrando novos recordes de casos da doença.
Magalu ganha os holofotes
O Magazine Luiza está mais uma vez em evidência no mercado brasileiro. Escrevo "mais uma vez" porque a história da empresa está no radar dos mercados há algum tempo e o desempenho da ação da companhia é o dos mais positivos em 2020, acumulando inacreditáveis 126,5% de alta — apenas atrás da Weg.
Os investidores continuam a escrutinar os dados de julho a setembro das empresas com o objetivo de verificar se o estado dos negócios após o golpe em cheio da covid-19 é saudável.
No caso de uma empresa de e-commerce, nada mais fundamental do que avaliar o grau do crescimento de vendas online e, para isso, teremos de prestar crucial atenção ao GMV (traduzido livremente do inglês, o chamado volume bruto de mercadoria).
O Magalu não será o único do setor a reportar os seus números. Fará o mesmo a Via Varejo, terceira maior alta do Ibovespa neste ano com ganhos de 69,4%. Lembrando que, na semana retrasada, outra par das empresas lançou seus dados: foi a B2W Digital, cujo total de vendas aumentou e prejuízo diminuiu.
A BRF é outra que publica os seus resultados trimestrais. Diferentemente de Magalu e Via Varejo, a empresa amarga um 2020 amplamente negativo. Os papéis da maior exportadora de carne de frango neste ano têm 50% de queda.
- Segunda-feira (9)
- BRF (pós-mercado)
- Itaúsa (pós-mercado)
- Magazine Luiza (pós-mercado)
- Yduqs (pós-mercado)
- Terça-feira (10)
- BTG Pactual (pré-mercado)
- Embraer (pré-mercado)
- Carrefour (pós-mercado)
- Qualicorp (pós-mercado)
- Quarta-feira (11)
- Eletrobras (pós-mercado)
- JBS (pós-mercado)
- Marfrig (pós-mercado)
- MRV (pós-mercado)
- Rumo (pós-mercado)
- Via Varejo
- Taesa (pós-mercado)
- Quinta-feira (12)
- B3 (pós-mercado)
- BR Malls (pós-mercado)
- CPFL Energia (pós-mercado)
- Cyrela (pós-mercado)
- Energisa (pós-mercado)
- EZTEC (pós-mercado)
- Sabesp (pós-mercado)
- Sexta-feira (13)
- Cogna (pós-mercado)
- Cosan (pós-mercado)
Agenda econômica cheia lá fora
As últimas semanas foram intensas para balanços lá fora, quando ficamos sabendo praticamente de todos os dados divulgados por gigantes de tecnologia.
Na próxima semana, companhias mais antigas e bem conhecidas dos brasileiros libera os seus resultados trimestrais. As principais atrações dessa bateria são McDonald's e Disney.
Mas o que ficará em evidência mesmo será a agenda macroeconômica.
A divulgação dos dados sobre o estado da inflação dos Estados Unidos e da China, além do PIB da Zona do Euro e do Reino Unido, devem concentrar a atenção dos investidores, uma semana após o Federal Reserve indicar que vê riscos consideráveis à economia com o avanço da covid-19 e projetar alta de juros apenas para 2023.
Algo que não está no "calendário", mas que você deverá levar em conta para qualquer investimento é o estado da pandemia. Nos EUA, a covid-19 tem novos picos, em meio ao registro de mais de 100 mil casos diários da síndrome no país.
Os mercados, que completamente ignoraram essa situação na semana passada, podem ter de lidar com ela nesta semana que vem pela frente.
- Segunda-feira (9)
- Presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, fala em cúpula (6h25)
- McDonald's (pré-mercado)
- Inflação da China para outubro (22h30)
- Quarta-feira (11)
- PIB do Reino Unido (4h)
- Presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, fala em fórum da instituição (10h)
- Quinta-feira (12)
- Inflação dos Estados Unidos para outubro (10h30)
- Pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos (10h30)
- Presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, fala em fórum da instituição (13h45)
- Walt Disney (pós-mercado)
- Sexta-feira (13)
- PIB do 3º trimestre da Zona do Euro (7h)
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