🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Por que a nova “febre do ouro” ainda está longe do fim

Acredito que o mercado vai agora acumular ao redor de US$ 2.000, antes de retomar a subida. Embora estejamos falando de ouro virtual, não é nenhum exagero dizer que estamos em nova corrida do ouro, com todas as suas alegrias e decepções

13 de agosto de 2020
5:39 - atualizado às 9:07
lingote de ouro
Imagem: Shutterstock

No momento em que começo a escrever este artigo (17 horas de terça-feira, 11 de agosto) a cotação da onça do ouro em Nova York está levando um tombaço. Cai 5,54% em relação à véspera, agora precificado a US$ 1.926,80.

Como sempre se sentem na obrigação de explicar os motivos dos movimentos do mercado, alguns analistas dizem que essa queda se deve ao anúncio, pelo governo russo, da descoberta de uma vacina contra a Covid-19.

Conversa fiada. Uma coisa nada tem a ver com a outra.

O que está havendo é uma bruta realização de lucros, ou correção, como queiram. Afinal de contas, de novembro do ano passado até semana passada, quando fez a máxima de todos os tempos, a US$ 2.070,05, o metal subiu 42%.

Nesses sete meses, o ganho máximo por contrato de cem onças na Comex foi de impressionantes US$ 61.370,00.

Acredito que o mercado vai agora acumular ao redor de US$ 2.000,00, antes de retomar a subida. Nesse processo, muitos contratos mudarão de mãos.

Leia Também

Embora estejamos falando de ouro virtual, não é nenhum exagero dizer que estamos em nova corrida do ouro, com todas as suas alegrias e decepções.

Minha transição de trader do mercado nacional para o americano se deu justamente nesse ativo. Operava o metal na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (Bolsinha) e passei a negociá-lo na Comex, em Nova York.

Durante praticamente um ano, eu era conhecido nos meios profissionais como operador exclusivo de ouro. Só depois desse tempo é que passei a “treidar” outros derivativos. Mas o fascínio dourado nunca deixou de existir. Isso vale para o ouro extraído da terra como para o virtual, esse das bolsas.

No primeiro livro que escrevi (segundo que publiquei), Os mercadores da noite, falo a respeito do assunto. Eis o início de um trecho, na página 291 da edição da Inversa:

Quando, em janeiro de 1848, James W. Marshall descobriu ouro na Califórnia, aventureiros de todo o país correram para a região. Um ano depois, os garimpeiros podiam ser contados às dezenas de milhares, acomodados em cidades improvisadas.”

Em meu terceiro livro, Armadilha para Mkamba (editora Rocco, 1998), o ouro também desempenha papel importante.

Vejam algumas passagens do livro:

Mas Amai não quis falar de guerra. Apresentou à imprensa o geólogo canadense Henry Link, diretor-superintendente da Mkamba Mining. Que anunciou a descoberta de uma grande jazida de ouro em Tanière du Chien, nas cercanias de Okala.

Mkamba, como que por maravilhoso encanto, tornara-se um país rico.” (pg. 112).

Num final de tarde, o presidente Luo Amai, com a voz entre emocionada e excitada, confidenciou-lhe ao telefone:

− A MM descobriu novas jazidas de ouro. Ficam na província de Honomu. São pelo menos duas vezes maiores que as de Tanière du Chien. Fui informado ontem pelo superintendente Henry Link.” (pg. 154).

As notícias caíram como uma bomba no mercado internacional. Os preços do ouro reverteram em questão de minutos a tendência de alta.” (pg.163).

Valorização de 5.505%

Saindo do plano de minha ficção, voltemos ao ouro de verdade e às febres que ocorriam sempre que surgiam notícias da descoberta de uma grande jazida.

Exatamente 50 anos após a corrida do ouro da Califórnia, mais precisamente no verão de 1898, mais de cem mil faiscadores e aventureiros americanos e canadenses se deslocaram para o Alaska, onde um veio foi encontrado.

A ele seguiu-se nova jazida, que levou dez anos para esgotar.

Passaram-se os tempos. No apagar das luzes da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em julho de 1944, o ouro foi tabelado.

Sim, tabelado.

Num hotel da cidade americana de Bretton Woods, no estado de New Hampshire, 730 delegados, representando 44 nações que haviam se aliado na luta contra a Alemanha de Hitler, fixaram um valor para o ouro: 35 dólares por onça.

Como a moeda de cada um desses países também teve sua paridade com o dólar determinada, o metal parou de oscilar. Até que, em 1971, durante o governo Richard Nixon, ficou óbvio que a relação 1/35 era insustentável.

Desde então o ouro se valorizou 5.505%, contra uma inflação americana de 536% no período.

Só que, obviamente, não foi um crescimento linear. Na década de 1970, por exemplo, o preço da onça do ouro subiu de US$ 35,00 para US$ 627,32, num formidável bull market causado pelo primeiro choque do petróleo.

Nesse período, as taxas de juros praticadas pelo Federal Reserve Bank chegaram a dois dígitos anuais, o que não impediu que ficassem abaixo da inflação em diversas ocasiões.

Nada é tão bullish para o ouro quanto taxas de juros negativas.

Quando, durante o governo de Jimmy Carter, Paul Volcker assumiu a presidência do FED, e deu início a uma política monetária extremamente hawkish, a cotação da onça veio caindo consistentemente. Atingiu uma mínima de US$ 263,03, menos da metade do high histórico (nessas contas, não estou considerando a inflação dos Estados Unidos).

Dos 263 dólares até a máxima da semana passada (US$ 2.070,00), o ouro, apesar das oscilações inerentes a qualquer ativo negociado livremente, protagonizou outro tremendo bull market.

Razões para uma nova escalada

Apesar da fortíssima correção dos últimos dias, acredito que logo veremos novas máximas.

Várias são as razões para fundamentar esse meu raciocínio.

Entre elas:

  • Durante longo tempo o FOMC (Federal Open Market Committee – Comitê de Mercado Aberto) do FED não deverá alterar a taxa básica de juros, atualmente situada na banda 0,00/0,25%, num cenário de inflação de 0,6% prevista para este ano.
  • Com republicanos e democratas concordando no tema emissão de trilhões, só variando na quantidade, para minimizar a crise econômica causada pela Covid-19, haverá excesso de dólares em circulação, sem que haja um aumento da quantidade de ouro disponível.
  • Estou falando do preço do ouro cotado em dólar. E este vem se depreciando frente às demais moedas fortes, com destaque para a libra e o euro.
  • Em algum momento, esse excesso de dólares vai provocar inflação nos Estados Unidos. O FED não deverá responder com aumento da taxa básica, para evitar que a recessão se transforme em depressão e que o país volte a viver os tempos da década de 1930.

Obviamente, o ativo ouro tem também aspectos negativos.

  • Se a aplicação no metal for feita através da aquisição de barras físicas, há o custo do aluguel de cofres bancários.
  • Caso o investidor opte por fundos de ouro, terá de pagar taxa de administração.
  • Se preferir comprar ouro futuro, é preciso levar em conta o contando ou carrying charge. Ou seja, toda vez que rolar a posição para o próximo vencimento futuro, pagará uma pequena diferença.

Lucro espetacular

Esta última opção, a de compra a futuro, é a única que pode propiciar um lucro espetacular.

Só como exemplo, quem comprou 10 contratos de ouro na Comex (100 onças cada um), em Nova York, a US$ 1.500,00, cotação da virada do ano 2019/2020, e vendeu na semana passada a US$ 2.000,00, investiu no início 82 mil dólares em margens de garantia.

Essas margens logo foram sendo devolvidas por intermédio dos ajustes positivos diários, uma vez que o mercado quase não fez outra coisa a não ser subir.

Esse trade deu um lucro de meio milhão de dólares.

Fazendo a mesma operação, só que com apenas um minicontrato, o investimento em margem foi de US$ 4.350,00 (também logo recuperado). Lucro: US$ 25.000,00.

Passando agora ao contraditório, digamos que o bull market tenha terminado na semana passada.

Embora eu não acredite nessa hipótese, é importante considerar que meu raciocínio possa estar errado. Para isso, existem os stops.

Estou terminando este texto às 23:40 de terça-feira. Neste momento, o ouro está sendo negociado no Extremo Oriente a US$ 1.883,00. Já caiu US$ 187,00 (9 por cento) desde a máxima.

Não acredito que os fundamentos (recessão, taxas de juros próximas de zero, desvalorização do dólar frente às demais moedas fortes) tenham mudado.

Quem foi para a Califórnia em busca de fortuna em 1848, em busca de ouro, correu risco. O mesmo aconteceu com aqueles que se aventuraram no Alasca 50 anos mais tarde.

No momento, acho que o risco é menor do que o daqueles faiscadores. Do lado comprado, evidentemente. Os fundamentos bullish citados acima estão intactos. A febre cedeu um pouco mas vai voltar.

Três homens, com cão, procurando ouro em um riacho nas Colinas Negras de Dakota do Sul em 1889
Três homens procurando ouro em um riacho nas Colinas Negras de Dakota do Sul em 1889

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O ASTRO DO TESOURO DIRETO

Tesouro IPCA+ é imbatível no longo prazo e supera a taxa Selic, diz Inter; título emitido há 20 anos rendeu 1.337%

22 de novembro de 2024 - 7:07

Apesar de volatilidade no curto prazo, em janelas de tempo maiores, título indexado à inflação é bem mais rentável que a taxa básica

AS PREVISÕES DA ESTATAL

Mistério detalhado: Petrobras (PETR4) vai investir 11,9% a menos em 2025 e abre janela de até US$ 55 bilhões para dividendos; confira os números do Plano Estratégico 2025-2029

21 de novembro de 2024 - 21:17

Já era sabido que a petroleira investiria US$ 111 bilhões nos próximos cinco anos, um aumento de 8,8% sobre a proposta anterior; mercado queria saber se o foco seria em E&P — confira a resposta da companhia

RANKING DE PROVENTOS

Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial

21 de novembro de 2024 - 17:59

A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson

MAS VOCÊ NÃO É TODO MUNDO...

Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país

21 de novembro de 2024 - 16:53

Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar

A FAVORITA DO BANCO

‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA

21 de novembro de 2024 - 15:10

A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento

PÉ NO CHÃO

“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 13:19

Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital

GUERRA DOS MIL DIAS

A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear

21 de novembro de 2024 - 13:04

No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

O CÉU É O LIMITE?

Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil

18 de novembro de 2024 - 17:16

Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.

PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias

ANTES DA CÚPULA

No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental

16 de novembro de 2024 - 15:56

Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula

NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

DO ROXO AO VERMELHO

Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street 

15 de novembro de 2024 - 18:01

O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário

OS PLANOS DO BB

Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025 

15 de novembro de 2024 - 17:02

Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar