EUA têm quinta noite seguida de protestos; ao menos 20 cidades declaram toque de recolher
Manifestações insurgiram após a morte de um homem negro de 46 anos, asfixiado por um policial branco no último dia 25; total de prisões é de 1,7 mil
Os Estados Unidos registraram, na madrugada deste sábado (30) para domingo, a quinta noite seguida de protestos antirracistas. Ao menos 20 cidades já declararam toque de recolher, em meio à pandemia do novo coronavírus.
As manifestações insurgiram após a morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos, asfixiado por um policial branco no último dia 25. Cenas da abordagem, na cidade de Mineápolis, proliferaram nas redes sociais nos últimos dias.
Na madrugada neste sábado, ao menos 75 cidades registraram protestos — eram 30 na noite anterior, disse o New York Times. O total de prisões por causa das manifestações chega a 1,7 mil — quase um terço ocorreu em Los Angeles.
Toda a Guarda Nacional de Minnesota, estado da cidade de Mineápolis, foi mobilizada pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, após quatro noites de protestos. Cidades como Nova York, Atlanta e Washington também registram cenas de violência.
Imagens da rede CBS mostram, em Atlanta, policiais arrancando à força dois jovens negros de dentro de um carro. Outra gravação mostra um jovem pulando repetidas vezes sobre um veículo policial, em Nova York.
Embora não equivalentes, as imagens evidenciais o clima de caos que se instaurou nas ruas do país — que ainda lida com a covid-19. São 1,7 milhão de casos confirmados, segundo a Universidade John Hopkins.
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Histórico racista e eleição neste ano
Derek Chauvin, o policial filmado ajoelhando-se sobre o pescoço do homem negro, foi preso sob acusações de assassinato em terceiro grau e homicídio culposo. Outros três policiais foram demitidos e estão sendo investigados.
Ainda assim, os protestos ganharam escala porque o registro de violência policial contra a população negra não é isolado. Assim como o Brasil, os EUA têm um histórico de abordagens policiais que levantam o debate sobre a herança deixada pela escravidão.
No século XX, os EUA mantiveram uma série de leis discriminatórias, apesar da abolição da escravatura, e determinados grupos perseguiam a população negra.
Nos anos 1960, houve uma série de conquistas civis graças ao movimento negro. Mas os direitos entre a população negra e branca ainda não se equalizaram — em especial porque há ainda a herança cultural da discriminação.
O debate sobre o racismo se acirra nas ruas dos EUA em um ano marcado pela eleição presidencial, em novembro. O presidente Donald Trump tenta a reeleição contra o ex-vice presidente Joe Biden.
O democrata, anteriormente na gestão de Obama, é mais próximo de eleitores negros e latinos, enquanto Trump seria o candidato mais "pró-mercado" — o que não é consenso por causa da posição isolacionista do presidente americano.
*Com informações de Reuters, New York Times e Associated Press.
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