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Caio Nascimento
Caio Nascimento
É repórter do Seu Dinheiro. Jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP) e com passagens pelo Estadão e Jornal da USP.
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‘Podemos viver num mundo espelhado pelo virtual no futuro’, diz head de tecnologia da Positivo

Especialista em inteligência artificial alerta que pessoas e objetos poderão ser replicados virtualmente nas próximas décadas por meio do ‘Digital Twin’; tecnologia segue em estudo e pode beneficiar indústria com redução de custos

Caio Nascimento
Caio Nascimento
22 de setembro de 2020
11:22

Imaginar um universo Black Mirror - distopia da Netflix que mostra o comportamento humano em mundos tomados por novas tecnologias - é interessante, mas é ainda mais curioso pensar que algumas das situações e histórias desconcertantes da série já são tangíveis na vida real.

Segundo Roger Finger, head de inovação e novas tecnologias da Positivo Tecnologia, um dos destaques que o futuro nos reserva é a popularização do Gêmeo Digital (Digital Twin), conceito no qual objetos podem ser replicados virtualmente para funcionar como se fossem reais. Por enquanto, a ideia é estudada apenas para ‘coisas’, a fim de otimizar processos industriais e criativos.

“As turbinas de avião são um exemplo. Aeronaves são muito caras, grandes, tem a parte de testes, manutenção, e as empresas gastam muito dinheiro e tempo a cada mudança [no maquinário]. Então, se você tem a versão digital funcionando, fazendo as simulações, você consegue construí-la muito mais rápido”, explica ele, em live transmitida pelo Estadão e Seu Dinheiro.

Assim, o Digital Twin pode ser uma maneira de as companhias cortarem custos de manutenção, aprimorarem seus produtos e agilizarem a criação de novas soluções - o que é benéfico para a economia.

Mestre em inteligência artificial, Finger analisa ainda que essa nova tecnologia pode ir além. “Existe a teoria de que chegaremos em um momento em que tudo vai ser digital. Um mundo espelhado virtualmente [para objetos e pessoas]. Não acho que isso vai acontecer nesta década. Será um pouco mais para frente.” 

Gêmeos digitais são o futuro, mas nem tanto

Roger Finger recorda que a Samsung revelou na conferência de tecnologia e inovação CES 2020, realizada em janeiro nos EUA, detalhes do projeto Neon, que consiste em reproduções humanas digitais, com comportamentos naturais.

“Ainda não está na fase interna, como o emocional e a voz, mas esteticamente já deu certo e estão trabalhando nos próximos passos. Acho que uma hora teremos uma réplica nossa”, avalia. 

Ou seja, é possível imaginar que cada ser humano terá sua cópia digital em algum ponto da história. E que um mundo virtualizado pode existir. Claro que é difícil projetar como isso seria e quais regulações éticas estariam por trás, mas dá para imaginar essa réplica sendo usada para simular encontros amorosos, reuniões e afins.

Exploração espacial será o assunto da próxima década

Embora ainda estamos longe da popularização do Digital Twin, é importante destacar que podemos estar perto de um outro ‘cenário Black Mirror’. Talvez nem tanto exagerado quanto o da série (sem spoilers), mas tão instigante quanto.

De acordo com Finger, que está há 21 anos atuando na inovação dos produtos da Positivo Tecnologia, a expressão que vai marcar a próxima década é a Earthling - do inglês Terráqueo. Isso porque três grandes empresas aeroespaciais (Nasa, Blue Origin e SpaceX) projetam fazer uma viagem tripulada para a Lua em 2024, que será um trampolim para a ida a Marte em 2026.

Esse feito poderá, inclusive, colocar essas companhias em evidência no mercado. Nenhuma delas tem capital aberto em bolsa, mas nada impede que no futuro isso ocorra. Vale a pena ficar de olho.

“Vamos falar muito sobre corrida e exploração espacial na próxima década”, diz o especialista, destacando o interesse da Nasa em comprar pedras e minerais da Lua de companhias privadas para avançar nos estudos sobre o corpo celeste, conforme anunciou semana passada.

“Vamos ter muito assunto sobre espaço [nos próximos 20 ou 30 anos]. Creio que vamos nos enxergar mais como terráqueos, como uma comunidade planetária. Se já temos isso [intensificado] com a covid-19, vamos ter muito mais quando o ser humano começar a ir para fora nos próximos anos”, acredita.

Além dessas questões, Roger Finger avalia que outras inovações e conceitos estão ditando o rumo da tecnologia, como a deep fake (uso avançado de visão computacional e Machine Learning para manipulação de vídeos e voz), dispositivos “embutíveis” (aparelhos instalados no corpo), biohacking (quando tecnologia dá ao corpo humano  habilidades antes impossíveis), gynoids (humanóides femininas) e a computação afetiva (máquinas entenderem e expressarem sentimentos humanos).

Assista à live de Finger sobre as transformações digitais para saber mais sobre esses assuntos:

https://www.youtube.com/watch?v=o5SanOBPJNg

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