O mito da noiva: IPOs são bons investimentos, ou só são bem produzidos? Confira a opinião do Felipe Miranda
Quando o assunto são ofertas públicas iniciais de ações, o estrategista-chefe da Empiricus acredita que as empresas podem ‘embelezar’ demais a noiva; na aula introdutória gratuita do curso Investidor Essencial ele fala se vale a pena apostar fichas nesse tipo de investimento
Não há como negar que 2020 está sendo o ano dos IPOs (ofertas públicas iniciais de ações). Desde o segundo trimestre, uma série de empresas tem feito aberturas de capital na Bolsa brasileira. Assim, estão permitindo que pessoas físicas possam adquirir uma pequena parcela do negócio (ação) para se tornarem sócias minoritárias.
O motivo para isso inclui inúmeros fatores. Depois que a pandemia do novo coronavírus se instaurou no mundo, vivenciamos longos meses de baixa no mercado financeiro. A interrupção do trabalho exigida pela quarentena fez com que as empresas tivessem de interromper suas atividades, gerando grande prejuízo para o mercado financeiro.
Mas isso já são águas passadas. Agora estamos diante de um cenário de otimismo, na visão dos analistas. A economia retomou suas atividades, as taxas de juros se encontram na mínima histórica (2%) e o principal índice da bolsa brasileira (Ibovespa) opera acima dos 100 mil pontos.
Assim, esse não poderia ser um momento mais oportuno para as empresas buscarem alocar recursos. Afinal, abrindo o seu capital para o público e incentivando a compra de ações, elas podem levantar caixa para novos projetos. O que inclui reformas, expansão e também o incentivo à liquidez e à melhoria de imagem da marca.
No entanto, nem tudo são flores. Ao mesmo tempo em que os IPOs são positivos para as empresas, para Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus Research, eles requerem atenção redobrada dos investidores.
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No curso Investidor Essencial (acesse aqui), ele ressalta que as empresas, ao lançarem ofertas públicas iniciais de suas ações, costumam ‘enfeitar bem a noiva’. Portanto, é preciso ser seletivo.
A seguir, eu te explico melhor a visão dele sobre o investimento em IPOs.
Levar ou não a noiva para o altar
Depois da retomada econômica, aconteceu um boom de pessoas físicas investindo em ações na Bolsa. Isso de forma alguma é ruim. Mas a busca frenética por boas oportunidades pode acabar cegando-as para os riscos. E, quando o assunto são IPOs, é preciso estar de olhos bem abertos para não cair em enrascadas.
Para o Felipe Miranda, nesse tipo de negociação o investidor costuma ser o lado mais desfavorecido da história. Ao anunciar a oferta de IPOs, as empresas fazem de tudo para atrair novos sócios e fazer com que eles comprem ações. Assim, dão uma boa embelezada nos resultados, jogam o Ebitda (sigla para lucros ante juros, impostos, depreciação e amortização), que é o principal índice para saber se uma empresa está indo bem, para baixo nos relatórios e te fazem crer que é realmente uma boa levar a noiva para o altar.
De fato, às vezes aparecem oportunidades bastante lucrativas com esse tipo de investimento. Um exemplo disso foi o IPO recente da Pague Menos (PGMN3), rede de farmácias que estreou na Bolsa no dia 31 de agosto e levou cerca de R$ 800 milhões com a oferta pública de ações.
Mas, apesar dos casos de felicidade, não podemos nos esquecer de que também há potencial para a ruína. Na opinião do Felipe, ter a consciência de quando abandonar o barco é tão importante quanto a decisão de compra. De acordo com diversos estudos, a maioria dos IPOs costuma subir apenas no 1º dia. E essa informação é algo que poucos investidores dominam. Assim, acabam se frustrando com a perda do investimento que, a princípio, tinha tudo para dar certo.
Por isso, o Felipe costuma alertar aos seus seguidores que é preciso saber selecionar bem os IPOs que você deseja apostar. Afinal, a corda sempre estoura para o lado mais fraco que, neste caso, é o investidor.
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Conhecimentos como este que eu te mostrei acima são essenciais para um investidor. Mas, se isso foi uma novidade para você, não se preocupe. A seguir, o Felipe tem uma proposta para fazer você chegar lá.
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Assim como saber avaliar bem um IPO, há diversos outros conceitos básicos que formam um investidor. E são estes conceitos que separam os investidores medianos daqueles que realmente conseguem lucros brutais com a Bolsa.
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