‘Magalu e Natura em queda são oportunidades’, diz Rodolfo Amstalden
Sócios-fundadores da Empiricus e chefe da área de investimentos da Vitreo debateram tendências de mercados e insights de investimento
Os sócios-fundadores da Empiricus Felipe Miranda e Rodolfo Amstalden debateram com o chefe da área de investimentos da Vitreo, Jojo Wachsmann, as tendências para o mercado.
O debate ocorreu em uma das mesas do Investidor 3.0, o evento de aniversário de 11 anos da Empiricus que também celebra a integração dos negócios da casa de análise com a Vitreo por meio da holding Universa. Você pode acompanhar a programação completa neste link.
Veja os insights do debate entre Felipe, Rodolfo e Jojo:
- Jojo, Felipe e Rodolfo concordam que mercado reage em excesso aos rumores de vacina quando pune papéis como Magalu e Natura, criando oportunidades de compra.
- Ações estrangeiras também sofrem com o mesmo efeito: “A cada notícia de vacina, o Netflix desaba, o que é exagero”, diz Jojo.
- Mercado parece bastante indeciso sobre qual narrativa abraçar: “Os dois lados da balança estão ganhando força juntos: as expectativas de segunda onda, por um lado, e de vacina, por outro”, diz Rodolfo.
Setor imobiliário
- Rodolfo: “Incorporadoras são uma boa oportunidade, assim como os fundos imobiliários, cujos preços ficaram completamente para trás. Reits [fundos imobiliários americanos] também negociam muito abaixo da média histórica, mesmo imóveis em si. Sou um grande fã de imóveis.”
Investimentos não tradicionais
- Felipe: “Investidor precisa de 15% a 20% de exposição internacional”. Jojo sobre a importância da diversificação geográfica, dado que boa parte do nosso custo de vida não é em real: “Deus é brasileiro, mas o iPhone é em dólar.”
- Investimentos ilíquidos (como private equity) ganharão cada vez mais espaço, dado que a “sombra e água fresca do CDI”, nas palavras de Jojo, acabaram. Há ainda grandes oportunidades de rentabilidade, mas que exigem tolerância a prazos mais longos. “Vale colocar entre 3% e 5% da carteira”, diz Felipe.
- Rodolfo: “Não é correto dizer que o crescimento do mercado de capitais é ruim para os investimentos ilíquidos. Pelo contrário: o aumento no número de IPOs, por exemplo, dá força a eles, uma vez que cria oportunidades de saída para o investidor.”
Reformas
- Felipe: “Acho que estamos razoavelmente perto do precipício no aspecto cambial e na trajetória da dívida. A minha esperança é que o presidente se dê conta de que tem um risco muito grande de perder a eleição em 2022 se o país entrar em recessão.”
- Rodolfo concorda: “Se tiver um risco fiscal muito sistêmico, isso vai gerar problemas que vão prejudicar a capacidade de se eleger de todo mundo.”
- Jojo: “O Brasil gosta de flertar com o precipício, mas é nessa hora que a sociedade brasileira e os políticos se elevam e não deixam isso acontecer.”
- Felipe: “Apesar disso, acho os preços de Bolsa no Brasil atrativos e a gente se beneficia de dois grandes movimentos: a pessoa física indo para a Bolsa e o investidor institucional, seja ele o local ou o gringo, porque a liquidez global é brutal e a eleição do Biden estimulou a busca por mercado emergentes.”
Veja aqui a programação completa do Investidor 3.0. Neste link você pode acompanhar as transmissões ao vivo e rever os vídeos que perdeu.