Linx, Stone e Totvs: neste triângulo amoroso, uma ação sairá vencedora independente do desfecho
Depois do pedido de casamento das duas empresas de tecnologia, as ações da Linx dispararam. Mas na opinião de Max Bohm apenas uma dessas empresas sai na vantagem mesmo se o matrimônio não se concretizar; confira aqui
Desde agosto não param de sair novos capítulos do que já se tornou uma verdadeira novela mexicana entre Linx, Stone e Totvs. Tudo começou quando a Stone, especialista em soluções para pagamentos, anunciou que tinha interesse em fazer a aquisição da Linx, que oferece tecnologias para o varejo, no valor de R$ 6,28 bilhões. Só com o pedido de casamento, as ações LINX3 saltaram de R$ 4,64 para R$ 6,72, uma valorização de 45%.
Não contente com o anúncio do noivado, a Totvs, outra empresa do ramo da tecnologia e que lida com gestão de softwares, decidiu entrar no meio e também lançou a sua proposta pela mão da noiva. Sugeriu a aquisição por R$ 6,1 bilhões. O resultado disso foi um triângulo amoroso entre elas, que até agora não teve resolução.
A disputa não é à toa e a empresa do varejo fez por merecer. Em pouco tempo, a Linx conseguiu transformar crise em oportunidade ao acelerar o seu processo de transformação digital durante a pandemia. Com o lançamento de uma plataforma end-to-end, ela operacionalizou suas vendas online e fugiu da penalização das lojas fechadas na quarentena.
O resultado disso foi um aumento de 14% na sua receita líquida, em comparação ao mesmo período do ano passado. Entre abril e junho, os piores meses do ano para o comércio, ela acumulou cerca de R$ 213 milhões. Isso soou como música para os investidores, e também atraiu os olhares das gigantes da tecnologia, como a Stone e a Totvs.
Agora, as duas pretendentes aguardam a Linx analisar as propostas e decidir para qual dirá o tão aguardado ‘sim’. Enquanto esse momento não acontece, já foram criadas diversas hipóteses sobre qual delas poderia sair campeã na disputa e ver suas ações deslanchando na Bolsa. Mas prefiro deixar as especulações de lado e ser prática.
Uma dessas empresas tem potencial para crescer nos próximos meses com ou sem fusão. Ela está começando a ser notada pelos investidores, mas ainda não alcançou o seu valor justo de mercado. É isso em que acredita Max Bohm, um dos sócios da Empiricus e autor da série As Melhores Ações da Bolsa.
QUERO DESCOBRIR O NOME DA EMPRESA QUE O MAX ESTÁ INDICANDO E TER ACESSO À LISTA DAS 17 MELHORES AÇÕES DA BOLSA
Para ele, essa companhia tem um histórico de sucesso e há motivos para crer que ela pode alcançar novos patamares com o que construiu ao longo dos anos.
Antes da Linx
Antes de entrar para esse triângulo, a empresa que estou falando já era muito bem estabelecida no mercado. Ao todo, ela soma hoje cerca de 40 mil clientes em seu portfólio entre micro, pequenas, médias e grandes empresas, do norte ao sul do país. E ir às compras para ela é mais uma forma de ampliar o seu market share.
Afinal, a Linx não é a primeira empresa (e provavelmente não será a última) em que ela está de olho. As aquisições fazem parte de uma estratégia que vem construindo já tem algum tempo, visando a possibilidade de ampliar o cross-selling entre serviços. Ou seja, ter a chance de replicá-los em outros segmentos.
Esse tipo de estratégia costuma ser muito contestado dentro do mercado financeiro. Qual é a probabilidade de uma empresa desenvolver um planejamento, capturar sinergias e gerar valor para acionistas a partir disso? No caso dela, a realidade supera as expectativas. Sua capacidade de fazer fusões e aquisições certeiras deixam os analistas, como o Max, tranquilos quanto ao futuro da empresa.
Para ele, ela possui um bom caixa líquido, com cerca de R$ 1,7 bilhão, e um histórico comprovado de assertividade. Por isso, avalia que ela sai ganhando mesmo se perder a noiva que tanto cobiça no altar.
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Por que entrar na disputa?
Mas se ela é tão bem avaliada e “não precisa disso”, por que então entrar na disputa pela empresa de varejo? Bom, apesar de ambas as gigantes de tecnologia saírem ganhando com o casamento, essa em especial leva pontos bastante favoráveis com a sinergia. Um deles diz respeito à operação.
Por terem sistemas parecidos, a fusão dela com a Linx poderia reduzir muito os custos operacionais, algo que seria ótimo para os acionistas. Além disso, o Max avalia que a oferta desta companhia poderia gerar mais valor para aqueles que detém ações LINX3 no longo prazo.
Por isso, no seu ponto de vista, seria muito positivo que essa empresa se fundisse à Linx. Por outro lado, se o casamento não der certo, Max afirma que ela também não sairá perdendo: já existem outras avenidas de crescimento sendo pavimentadas.
A recomendação do Max
Enquanto aguardamos as cenas dos próximos capítulos desse triângulo amoroso, o Max está sugerindo que esse é o momento para comprar as ações desta empresa. Mesmo que a sua transação com a Linx não dê certo, ele acredita que os seus papéis estão avaliados em um patamar inferior ao que deveriam, e podem se valorizar em pelo menos 6% no médio e longo prazo. Assim, classificou a empresa como uma ‘Oportunidade’ na sua carteira.
Imagino que você deva estar curioso para descobrir sobre qual empresa estou falando ao longo deste texto. Para conferir qual é o seu ticker, basta clicar nesse link aqui e conferir o relatório que o Max preparou para ela. Mas, antes de ir, devo te alertar que essa é uma publicação exclusiva para assinantes da série As Melhores Ações da Bolsa.
Nesta série Max Bohm e sua equipe vasculham os mais de 500 papéis listados atrás de oportunidades brutais, ações com o maior potencial de valorização para a sua carteira. São verdadeiros achados, fora do radar dos investidores. Para ele, hoje existem apenas 17 ações com esse perfil na Bolsa. E esta que eu estou te contando é uma delas.
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