A construtora Mitre Realty está com data marcada para estrear na bolsa. Vale a pena investir?
Focado em empreendimentos para o público da classe média e média alta, a Mitre tem planos de expansão e tem altas expectativas para o seu IPO. Saiba se entrar nessa é uma boa ideia.
A temporada 2020 das ofertas de ações na bolsa já deu a largada. Nos próximos meses, a bolsa brasileira deve dar as boas vindas a novas empresas e aumentar o seu leque de opções de investimentos.
Com 58 anos de atuação no mercado, a Mitre Realty Empreendimentos e Participações S.A é uma dessa empresas. Sempre controlada pela família Mitre, a companhia decidiu dar o próximo passo e abrir o capital na B3.
O período de reservas vai até o dia 31 de janeiro, com a negociação prevista para começar no dia 05 de fevereiro.
Raio-X da companhia
A Mitre, por exemplo, trabalha com empreendimentos focados no público classe média e média-alta, com grande atuação na região da Grande São Paulo.
Desde 2008, quando Fabrício Mitre assumiu como CEO, a companhia tem focado em uma estratégia de profissionalização da sua gestão. Confira como deve ficar a estrutura acionária da Mitre após a estreia na bolsa.
Com um patrimônio líquido de R$ 60 milhões, a companhia opera com um retorno sobre patrimônio alto em comparação com outras empresas listadas na bolsa. Comparando com outras empresas do setor, o número está acima da média.
No ano passado, a Mitre lançou dois empreendimentos, totalizando R$ 266 milhões. Em 2016, 2017 e 2018 os valores ficaram respectivamente em R$ 296 milhões, R$ 131 milhões e R$ 210 milhões.
A expectativa da companhia é alcançar um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,5 bilhão ao ano, depois de alcançar a cifra de R$ 903 milhões nos últimos três anos e nove meses. Esse é o número que simboliza o potencial de vendas do conjunto de lançamentos.
Hoje a companhia apresenta um balanço equilibrado, com bons índices de rentabilidade e baixa alavancagem.
O dinheiro que irá entrar em caixa já tem destino certo. A Mitre deve acelerar os seus lançamentos, seja comprando novos terrenos ou alocando recursos para construção. A parte administrativa também não será esquecida e deve ser reforçada para conseguir acompanhar a aceleração no número de lançamentos.
Investir ou não investir, eis a questão?
Decidir investir ou não em uma empresa quando ela entra na bolsa não é tarefa fácil.
Um balanço equilibrado, boas estimativas de crescimento e ótimos índices de rentabilidade são importantes e um bom sinal. Mas é preciso saber calcular o quanto essa empresa pode vir a valer no futuro.
Afinal de contas, encontrar a próxima joia da bolsa é o sonho de todo investidor: o desejável é comprar uma ação hoje para colher os frutos de sua valorização e crescimento no futuro.
Além de conhecer a empresa, analisar os seus resultados e estilo de governança, outras incógnitas também entram na equação.
- O preço atual por ação é justo?
- Há espaço para valorização?
- Quais os riscos das estratégias de crescimento e de embarcar agora no negócio?
Os riscos, aliás, são um dos fatores que mais devem ser considerados no momento em que se faz um investimento de longo prazo e tão volátil como a bolsa de valores.
O prazo para decidir se vale ou não a pena investir no IPO da Mitre está acabando, mas ainda dá tempo de saber mais sobre a oferta de ações clicando aqui.
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E mais: uma indicação direta se vale a pena ou não comprar a ação no IPO.