As lições de Max Bohm para fazer uma boa análise de ações: ‘seja um investigador’
Dono de uma das carteiras de ações mais rentáveis do Brasil, com lucro acumulado de 520% desde 2014, Max explica o segredo de uma carreira bem-sucedida no mercado financeiro; economista será professor em MBA de Análise de Ações
Mais do que ser um especialista em ações, seja um investigador. Essa é a filosofia que levou o economista Max Bohm a se tornar um dos analistas de investimentos com maior track record (histórico de ganhos) do mercado brasileiro. Com carteiras de microcaps e blue chips que acumulam mais de 520% e 210%, respectivamente, nos últimos seis anos, ele avalia que a carreira é a profissão do futuro. Mas não para todos.
Segundo Bohm, um analista que busca sucesso deve dominar dois pilares: a técnica e a observação. O primeiro envolve interpretar da melhor forma as teorias de finanças, contabilidade e conseguir interpretar da melhor forma as demonstrações financeiras de uma empresa.
Já o segundo é colocar as mãos na massa: ir à empresa, conhecer os gestores, ver os diferenciais do produto etc. Esse, porém, é um requisito esquecido por muitos profissionais - seja porque não foram orientados a isso em suas formações acadêmicas ou por falta de contato com grandes players do mercado.
“Se destacar no mercado financeiro é, por exemplo, visitar um shopping para entender por que o fluxo de uma loja é maior que o outra. Tudo isso faz parte de uma análise 360º que é mais focada nos pilares qualitativos da empresa”, afirma.
Mestre em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Max Bohm conta que não foi orientado sobre esse lado prático em sua especialização, quando estava no início da carreira. Ele percebeu que muitos cursos não ensinam o analista a fazer dinheiro - princípio básico da profissão.
“Quem vive somente na teoria das finanças não consegue passar o que é viver o mercado diariamente. O analista está muito suscetível às variações de humor da Bolsa, então você precisa ter paciência, disciplina e saber tomar decisões rápidas, controlando as emoções. Só consegue ensinar e colocar em prática essas virtudes quem acompanha a Bolsa todo dia”, explica Bohm.
“Os acadêmicos dos cursos tradicionais, que não estão no dia a dia das Bolsas, não conseguem ensinar a seus alunos como lidar com momentos de pânico e euforia”, completa.
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Nessa transição de sair da sala de aula e entrar com mais preparo no mercado de trabalho, Bohm notou que sempre saíram na frente aqueles que tiveram um senso prático mais aguçado, dominando não só o que aprendeu na pós-graduação, mas também as virtudes dos grandes players.
Assim, Bohm será um dos professores do MBA inédito de Finanças e Análise de Ações da Empiricus. O curso alia teoria à prática, mostrando ao aluno a aplicabilidade por trás dos fundamentos e o preparando para fazer boas análises 360º.
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A opinião é reflexo da carreira de Max Bohm. Ele avalia que se tivesse esse preparo no começo da sua vida profissional seria hoje um analista ainda melhor, visto que não dependeria apenas do mercado de trabalho para aguçar seu senso prático e se tornar um dos mais notórios analistas do país.
Max Bohm contou ao Seu Dinheiro o que considera essencial para um analista de ações e que lições pretende repassar aos seus alunos no MBA. Leia a entrevista completa.
Sua carteira Microcap Alert acumula um lucro de 520% nos últimos cinco anos, e a da série Melhores Ações da Bolsa subiu 210% desde 2014. Foram valorizações acima da média do mercado em meio a três crises que o Brasil passou. Como você vai transmitir essa expertise para os alunos do MBA?
Mostrarei a eles como fazer uma análise 360º, unindo os pilares da observação e da técnica para entender os diferenciais competitivos da empresa. Não adianta você só ficar sentado numa mesa analisando números. Para ser um analista bem sucedido, você tem que pôr a mão na massa. Visitar as companhias para entender por que aquela empresa tem uma marca reconhecida, como é o relacionamento dela com fornecedores e com os clientes; saber se o funcionário é motivado e como atua o time de gestão.
Também vou ensinar a demarcar o melhor ponto de entrada numa ação. O trabalho do analista é identificar a boa empresa, que tem números bons, mas preços muito abaixo do que ela realmente vale. É o chamado valor intrínseco… e isso inclui muitas que estão fora do radar dos investidores. É a partir da união desses fatores que conseguimos construir carteiras com resultados expressivos.
Tem exemplos dos resultados que esse ensinamento dá na prática?
Vários. Foi com essa filosofia que entreguei cases de sucesso como o da Cristal Pigmentos [atual Tronox, ticker CRPG5]. Era uma companhia totalmente fora do radar do mercado, mas eu e minha equipe enxergamos alguns indicadores interessantes na companhia e decidimos investigar. Visitamos o escritório aqui, falamos com o CEO, CFO, visitamos a fábrica na Bahia, a planta de onde tiram os minerais e, numa análise 360º, recomendamos a compra e não deu outra: as cotações explodiram.
Teve também o caso do Banco Inter, que fomos visitar assim que fizeram o IPO. Fizemos reuniões com todos os diretores da empresa, vimos que a companhia tinha vários diferenciais e uma estratégia muito bem definida a ponto de gerar retornos, resultados muito bons. Conseguimos entregar lucros de mais de 250% com a indicação do papel.
Muitas MBAs consagradas não têm um número relevante de professores que vivem o mercado para ensinar aos alunos esses grandes feitos. Diante disso, como você enxerga essa MBA que a Empiricus está lançando?
Quisera eu ter tido essa oportunidade quando estava começando minha carreira. Eu seria um analista muito melhor hoje. Esse MBA é uma oportunidade única, pois a prática é muito importante.
O analista está muito suscetível a variações de humor no mercado, então você precisa saber controlar as emoções, ter paciência e disciplina. Só consegue fazer isso quem é do mercado. Então os acadêmicos que não estão no dia a dia da área não conseguem ensinar ao aluno como tomar decisões em momentos de pânico e de euforia. E é isso que chama a atenção dos líderes.
Muitos professores de cursos tradicionais viveram a Bolsa anos atrás. Mas o mercado é dos praticantes. Vivemos a rotina do setor e podemos passar essa experiência com mais detalhes. Então você terá a oportunidade de viver isso num MBA com profissionais que estão em atividade e tem todo o embasamento teórico necessário. É unir o útil ao agradável
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Isso não é muito comum em cursos de especialização e tampouco na vida de quem sonha em ser um analista de sucesso.
Esse MBA é inédito. Ele é diferente de tudo que você já viu. Você vai estar mais preparado para viver o mercado e terá contato com gigantes para entrar no mercado já largando na frente.
A partir do momento que o aluno receber todos os insights exclusivos e ouvir a experiência de quem vive no mercado por dez, quinze anos, ele vai absorver as ideias e, quando for vivenciar esse mercado, vai estar à frente dos concorrentes de outros MBAs, que não tiveram a oportunidade de ter contato com grandes players. Então é um grande diferencial, ainda mais porque são pessoas que também detêm a teoria.
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E qual impacto isso tem para o currículo e na hora de arranjar emprego?
Os alunos que vêm de formações mais teóricas acabam ficando para trás daqueles que têm a teoria aliada à prática no curso. Então o aluno de MBA da Empiricus terá condições de passar na frente daqueles que estão em cursos mais tradicionais e quadrados.
O estudante vai estar mais preparado para viver o mercado, para entrar no mercado já largando na frente justamente por ter o direcionamento de como lidar com situações de oscilação e volatilidade, onde os extremos estão muito aflorados.
E isso se torna um diferencial ainda maior pelo fato de a Empiricus ser a casa de investimentos com o maior track record do Brasil...
Sem dúvida. Você dificilmente vai encontrar uma equipe assim lecionando numa pós-graduação. Nosso time é muito experiente, passou por vários lugares do mercado financeiro: bancos, corretoras, gestoras... cada um com um perfil diferente. Isso contribui positivamente para o resultado das nossas carteiras recomendadas. Nós trocamos muita ideia, nos desafiamos, fazemos o outro pensar de maneira diferente, refletir sobre determinado case e nos ajudamos na tomada de decisão.
Por isso nossas séries têm boas performances. Somos uma equipe que está sempre aberta a novas ideias, novas visões, insights e isso vai ser refletido no MBA de Finanças e Análise de Ações.
Com a procura pela renda variável e produtos financeiros mais sofisticados aumentando exponencialmente, é possível falar que o analista de ações é o profissional do futuro?
Estamos vivendo uma democratização dos investimentos, e o mercado financeiro tende a ganhar com isso. Há empresas novas chegando na B3 e já temos mais de 3 milhões de pessoas na Bolsa - muitas investindo para planejar o futuro.
Então fica nítido: é a profissão do futuro. A análise de investimentos sempre foi uma profissão que esteve à frente, na vanguarda, e isso se intensificou ainda mais nos dias atuais. Além disso, quando falamos em mercado financeiro, a gente fala em fintech, empresas disruptivas e uma economia cada vez mais globalizada… então quem for trabalhar com análise será um profissional do futuro também por esse motivo.
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Mas ainda existem lacunas no perfil desse profissional. Não são todos que alcançam o sucesso.
Sim. Muitos analistas precisam pensar um pouco fora da caixa, saber ouvir mais, absorver mais informação e não ser tão cabeça dura, tão fixado numa determinada ideia. Acho que os novos profissionais estão chegando com muita vontade de vencer, rapidez, pensamento mais ágil, mas percebo que faltaram para eles uma certa orientação para alinhar tudo isso de forma consistente.
Por isso que o MBA vai trazer bom embasamento teórico aliado à prática. Nós vamos fazer o que muitos cursos não fazem: ajudar numa boa organização de ideias por meio de profissionais que vivem o mercado há anos. Vamos formar um analista mais disciplinado, equilibrado, com paciência para o longo prazo e menos imediatista para se sobressair na tomada de decisão, sobretudo em momentos de fortes emoções.
Parecem virtudes simples, mas que se não forem ensinadas com embasamento podem resultar em indicações ruins de investimentos e carteiras com rendimentos abaixo do esperado.
Hoje você é um analista influente. O que você aconselha a quem quer chegar nesse patamar?
Eu acho que tiveram pontos muitos importantes para a minha formação. A primeira delas é ter trabalhado com pessoas que me agregaram bastante. Eu tive gestores que me passaram muito da experiência deles. Segundo ponto é conhecimento. É muito importante a pessoa que quer ser analista ler muito não só finanças, mas autoajuda e aspectos psicológicos, comportamentais. A psicologia e a economia são muito mais próximas do que a gente imagina. Ler sobre os grandes investidores do mundo também é muito importante.
Eu acho que um dos diferenciais para minha carreira foi essa busca por conhecer mais as companhias nas quais eu ia recomendar o investimento. Eu sempre tive a característica de ir a fundo na informação, conhecer detalhadamente a companhia, visitar a fábrica, falar com funcionário, cliente e fornecedor. Essa é a análise 360º. Acho que isso é um diferencial. Nem todos os analistas fazem isso. Tem muito analista que fica somente na análise do número. Acho que você indo na empresa, falando com pessoas que conhecem a empresa ou que estão inseridas naquele mundo é de um valor grandioso.
Desde a época que eu fui auditor sempre pensei em procurar informação e acho que isso me tornou um analista mais diligente, que consegue tomar a melhor decisão.