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Estadão Conteúdo
Agência Brasil
Amigo da onça

EUA reduzem cota de importação de aço semiacabado do Brasil

O Itamaraty não revelou o volume da nova cota, mas ressaltou que a isenção de tarifas dentro da cota foi mantida

30 de agosto de 2020
8:01 - atualizado às 10:01
Imagem mostra trabalhador de indústria siderúrgica, como CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) ou Gerdau (GGBR4)
Indústria siderúrgica - Imagem: Shutterstock

O governo dos Estados Unidos anunciou que vai reduzir a cota para as exportações do aço semiacabado do Brasil. A medida, segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se deu porque houve mudanças significativas no mercado de aço dos Estados Unidos, que se contraiu em 2020, depois de aumentar em 2018 e 2019.

Trump disse ainda que as exportações dos produtores norte-americanos caíram 15% no primeiro semestre de 2020, e que a utilização da capacidade instalada das empresas do setor estava abaixo de 70%, até o dia 15 de agosto.

"Além disso, as importações da maioria dos países diminuíram este ano de maneira compatível com essa contração, enquanto as importações do Brasil diminuíram apenas ligeiramente", afirmou Trump ao anunciar a redução.

A informação foi confirmada no sábado em nota conjunta dos Ministérios das Relações Exteriores e da Economia.

O volume da nova cota brasileira não foi divulgado. A nota ministerial ressalta que a isenção de tarifas sobre o comércio bilateral dentro da cota foi mantida, "a exemplo do que ocorreu em 2019 como resultado de contato entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump".

"O governo brasileiro mantém a firme expectativa de que a recuperação do setor siderúrgico dos EUA, o diálogo franco e construtivo na matéria, a ser retomado em dezembro próximo, e a excepcional qualidade das relações bilaterais permitirão o pleno restabelecimento e mesmo a elevação dos níveis de comércio de aço semiacabado. Essa perspectiva coaduna-se com os atuais esforços conjuntos de integração ainda maior das economias dos dois países", dizem as pastas na nota.

Em 2018, os Estados Unidos impuseram uma cota para as exportações brasileiras, baseada na média de exportações dos três anos anteriores. Pouco depois, o governo norte-americano permitiu que as indústrias locais pedissem uma exportação isenta de tarifa acima da cota se comprovassem desabastecimento.

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