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Ivan Ryngelblum
Ivan Ryngelblum
Jornalista formado pela PUC-SP, com pós-graduação em Economia Brasileira e Globalização pela Fipe. Trabalhou como repórter no Valor Econômico, IstoÉ Dinheiro e Agência CMA.
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Quem ganha mais com ativos da Oi: TIM, Claro ou Vivo?

BTG Pactual avalia que operação resultará em sinergias relevantes e vai reduzir diferença de espectros do vencedor com concorrentes

Ivan Ryngelblum
Ivan Ryngelblum
16 de dezembro de 2020
9:48 - atualizado às 19:05
Claro Vivo Tim

Em uma operação que marcou o início de uma nova era para o setor de telecomunicações, a Oi (OIBR3) vendeu, na segunda-feira (14), as suas operações de telefonia móvel para um consórcio formado por TIM (TIMS3), Vivo (VIVT4) e Claro por R$ 16,5 bilhões.

Neste novo mundo que se forma, o BTG Pactual aponta para uma grande vencedora, a TIM, que deve ter um ganho de R$ 7,3 bilhões em valor de mercado, ou R$ 3,00 por ação – o equivalente a 21% das cotações atuais.

Os analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi calcularam este valor a partir das sinergias que devem surgir com a incorporação da maior parte das operações da Oi – a TIM ficará com 54% do espectro da companhia carioca, 40% de seus clientes e 49% da infraestrutura.

As sinergias viriam por meio da otimização das despesas e custos associados à manutenção da rede e investimentos, resultando em ganhos financeiros relevantes.

“A aquisição de 44% das operações de telefonia móvel da Oi pela TIM vai adicionar cerca de R$ 1,8 bilhão em fluxo de caixa operacional livre a mais, antes da incidência de impostos”, diz trecho do relatório.

A compra também ajuda a reduzir a diferença na quantidade de espectro da TIM. Atualmente, ela possui 33,5% menos do que a Claro e 19% menos em relação à Vivo. Com a compra das operações da Oi, a diferença cai para 5% e 11%, respectivamente – a Vivo expandiu a quantidade de espectro com a operação, voltando a ser a maior operadora neste critério.

E a Oi?

No caso da Oi, os analistas do BTG Pactual avaliam que a venda das operações móveis representou mais um passo bem sucedido do processo de reestruturação da companhia.

Com a operação, a companhia já arrecadou o equivalente a 73% do montante previsto com a venda de ativos (R$ 24,5 bilhões).

O próximo passo é a venda de participação em sua empresa de infraestrutura. No certame, previsto para o primeiro trimestre, a Oi espera levantar R$ 6,5 bilhões.

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