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Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
Ainda é hora de comprar

BTG Pactual aponta venda de florestas como positiva para Suzano e vê ação barata

Os analistas do BTG calculam o preço-alvo das ações da Suzano em R$ 59 nos próximos 12 meses, o que representa um potencial de alta de pouco mais de 15%

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
23 de novembro de 2020
11:48 - atualizado às 11:57
Floresta de eucalipto
Floresta de eucalipto - Imagem: Shutterstock

Com uma valorização acumulada da ordem de 27% no ano, as ações da Suzano (SUZB3) são um dos destaques do ano entre as empresas do Ibovespa. Mas para os analistas do BTG Pactual, a produtora de papel e celulose ainda está barata.

“Seguimos compradores e acreditamos que a ação deve continuar a ter um bom desempenho em um ambiente de preços de commodities favorável nos próximos meses”, escreveram os analistas, em relatório.

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Com a maior parte da produção destinada à exportação, a Suzano se favorece do dólar mais alto. Por outro lado, o câmbio pressiona a dívida da companhia, que encerrou o terceiro trimestre em de US$ 12,2 bilhões (R$ 68,7 bilhões).

A empresa tem como meta reduzir o nível de endividamento, que hoje representa 4,4 vezes a geração de caixa medida pelo Ebitda, para três vezes até o fim de 2021.

Dentro desse plano, a Suzano anunciou na sexta-feira à noite a venda de uma área de 21.066 hectares de florestas na região central do estado de São Paulo para a Bracell Celulose, por pouco mais de R$ 1 bilhão.

“Enxergamos como um movimento na direção correta pela companhia (pequeno, mas positivo), embora com impacto limitado na desalavancagem”, afirmou o BTG, no relatório assinado por Leonardo Correa e Caio Greiner.

A venda dos ativos vai diminuir em 0,1 ponto percentual o nível de endividamento sobre o Ebitda, que deve terminar o ano que vem em 3,5 vezes, pelas projeções do banco.

Os analistas do BTG calculam o preço-alvo das ações da Suzano em R$ 59 nos próximos 12 meses, o que representa um potencial de alta de pouco mais de 15% em relação ao fechamento de sexta-feira.

“As ações da Suzano ainda precificam uma reversão permanente dos preços da celulose para os custos marginais de produção (por volta de US$ 520/tonelada), o que parece um tanto exagerado”, escreveram os analistas.

No pregão de hoje, os papéis da Suzano recuavam 1,37% por volta das 11h30, cotadas a R$ 50,53. Leia também nossa cobertura completa de mercados.

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