O retorno de Jedi: após polêmicas, XP muda modelo de cobrança e passa a exibir taxas
Segundo o próprio Guilherme Benchimol, a partir de setembro os clientes poderão escolher se mantêm modelo de remuneração atual ou se passam a pagar um percentual fixo; rebates passarão a ser exibidos
Após muito ser questionada sobre possíveis conflitos de interesses pela forma como seus agentes autônomos são remunerados, a XP Investimentos resolveu ser mais transparente a respeito das taxas cobradas e adicionar mais uma modalidade de remuneração pelos serviços dos seus assessores.
A partir de setembro, os clientes da corretora poderão escolher entre manter o modelo de remuneração atual, em que o assessor recebe uma comissão por cada produto no qual o cliente investe, o chamado rebate; ou passar a pagar um percentual fixo ao profissional. Caso se mantenha no modelo atual, o cliente será capaz de visualizar quanto o seu assessor recebe por cada produto da sua carteira.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (31) pelo próprio Guilherme Benchimol, fundador da XP, no LinkedIn. "Pela primeira vez no Brasil, além do modelo de comissionamento por produto, todo tipo de cliente poderá agora escolher por pagar um percentual fixo pelos serviços prestados, recebendo de volta, em contrapartida, o valor da comissão que iria para o seu assessor", explicou o sócio-fundador da XP.
Ele escreveu ainda que haverá total transparência para o cliente sobre todos os valores repassados para o assessor para quem se mantiver no modelo de rebate: "quem optar por manter o modelo de comissionamento terá visibilidade total da remuneração que cabe ao seu assessor em todos os produtos da plataforma."
Em comunicado divulgado à imprensa, a XP explicou que, no modelo de taxa fixa, o cliente pagará, ao assessor, um percentual do seu patrimônio investido na instituição. Essa taxa será acordada com o cliente, mas poderá oscilar entre 0,5% ao ano e 1% ao ano dos ativos sob custódia.
Embora no modelo de taxa fixa o assessor receba mesmo que a rentabilidade do cliente não seja lá aquelas coisas (ou mesmo que o cliente perca dinheiro), ele tem o incentivo para fazer o patrimônio do cliente crescer de forma consistente, pois quanto maior o valor sob custódia, mais o assessor ganha.
Leia Também
Star Wars
Recentemente, a XP e seu sócio Itaú protagonizaram uma briga comunicacional depois que o banco lançou uma campanha publicitária atacando o modelo de remuneração dos agentes autônomos vinculados às corretoras.
O Itaú, que passou a remunerar seus gerentes por volume de dinheiro captado, e não mais por produto vendido, levantava o seguinte questionamento, muito válido: se os agentes autônomos recebem uma comissão por produto vendido, eles não poderiam simplesmente tentar empurrar para os clientes os produtos financeiramente mais interessantes para eles próprios e para a sua corretora?
O jogo narrativo havia virado, no melhor estilo "O Império Contra-Ataca", da saga "Guerra nas Estrelas". Afinal, o bancão agora se voltava contra o seu próprio "filho", que muito já o havia atacado, depois de ter tentado, sem sucesso, levá-lo para o lado do "Império".
Embora o Itaú não tenha citado o nome de nenhuma instituição financeira na sua campanha, Guilherme Benchimol saiu em defesa dos agentes autônomos e da transparência do modelo de remuneração por comissionamento.
Nada mais natural, afinal, foi a XP quem liderou o movimento de desbancarização, assentou seu crescimento sobre um exército de agentes autônomos (mais de 7 mil profissionais hoje), além de ter sido quem mais atacou o modelo de remuneração dos bancos, sempre muito criticados por oferecerem produtos mais interessantes para si próprios do que para os clientes.
O Itaú não foi o único a questionar o modelo da XP. Aqui mesmo no Seu Dinheiro a questão já foi levantada algumas vezes por nossos colunistas. De fato, como as corretoras não divulgam os rebates, não sabemos se alguns produtos pagam mais do que outros, e nem quais são os mais rentáveis para o assessor e para a corretora.
O retorno de Jedi
O movimento da XP agora parece uma tentativa de tentar minimizar essa possibilidade de conflito de interesses, pelo menos deixando claro para o cliente quanto ele está pagando e oferecendo outra alternativa, ainda pouco utilizada no Brasil, mas muito comum no exterior. Segundo a própria XP, é comum que os dois modelos de remuneração convivam em instituições financeiras lá fora.
"Tão importante quanto continuar crescendo, é manter a humildade e a mente aberta para poder se reinventar e seguir evoluindo", escreveu Benchimol no seu texto publicado hoje.
Adeus, Porto Seguro (PSSA3), olá Lojas Renner (LREN3) e Vivara (VIVA3): em novembro, o BTG Pactual decidiu ‘mergulhar’ no varejo de moda; entenda o motivo
Na carteira de 10 ações para novembro, o BTG decidiu aumentar a exposição em ações do setor de varejo de moda com múltiplos atraentes e potencial de valorização interessante
Melhor que Magazine Luiza (MGLU3)? Apesar do resultado forte no 3T24, Empiricus prefere ação de varejista barata e com potencial de valorizar até 87,5%
Na última quinta-feira (8), após o fechamento do pregão, foi a vez do Magazine Luiza (MGLU3) divulgar seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2024, que agradaram o mercado, com números bem acima das expectativas. Entre julho e setembro deste ano, o Magalu registrou um lucro líquido de R$ 102,4 milhões, revertendo o prejuízo de […]
Jogando nas onze: Depois da vitória de Trump, Ibovespa reage a Copom, Fed e balanços, com destaque para a Petrobras
Investidores estão de olho não apenas no resultado trimestral da Petrobras, mas também em informações sobre os dividendos da empresa
Energia renovável: EDP compra mais 16 novas usinas solares por R$ 218 milhões
Empreendimentos estão localizados na Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, e somam 44 MWp de capacidade instalada
Mais rápido do que se imaginava: Trump assegura vitória no Colégio Eleitoral e vai voltar à Casa Branca; Copom se prepara para subir os juros
Das bolsas ao bitcoin, ativos de risco sobem com confirmação da vitória de Trump nos EUA, que coloca pressão sobre o dólar e os juros
Onde investir na renda fixa em novembro? XP recomenda CDB, LCI, LCA, um título público e ativos isentos de IR; confira
Rentabilidades dos títulos sugeridos superam os 6% ao ano mais IPCA nos ativos indexados à inflação, muitos dos quais sem tributação
Itaú (ITUB4): o que fazer com as ações após mais um balanço surpreendente? Veja a recomendação dos analistas
Reação favorável ao resultado do 3T24 do maior banco privado brasileiro é praticamente unânime; confira a visão e as indicações dos analistas para o Itaú
“Podem esperar um valor maior do que no ano passado”: CEO do Itaú (ITUB4) confirma dividendos extraordinários em 2024; ações saltam na B3
O banco aproveitou para comentar também a mudança nas projeções (guidance) para a expansão da carteira de crédito
Um rigoroso empate: Americanos vão às urnas para escolher entre Kamala Harris e Donald Trump antes de decisões de juros no Brasil e nos EUA
Dixville Notch é uma comunidade de apenas dez habitantes situada no interior de New Hampshire, quase na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá. A cada quatro anos, o povoado ganha holofotes por ser o primeiro a votar nas eleições presidenciais norte-americanas. Os moradores se reúnem à meia-noite, a urna é aberta, os eleitores votam […]
R$ 10,7 bilhões em três meses: lucro do Itaú (ITUB4) supera expectativas no 3T24 e banco revisa projeções para oferta de crédito
Assim, o Itaú (ITUB4) reportou um lucro líquido recorrente de R$ 10,675 bilhões no terceiro trimestre de 2024; veja outras linhas do balanço
Itaú (ITUB4) supera Vale (VALE3) e se torna a ação mais indicada para investir em novembro; veja o ranking com recomendações de 13 corretoras
O otimismo dos analistas tem base em dois pilares principais: a expectativa de um balanço forte no 3T24 e a busca por um porto seguro na B3
Agenda econômica: Eleições nos EUA dividem espaço com decisão de juros no país; Copom e IPCA são destaque no Brasil
A agenda econômica desta semana também conta com dados da balança comercial do Brasil, EUA e China, além da divulgação de resultados do terceiro trimestre de empresas gigantes no mercado
Corretoras punidas e ‘lista suja’ de bancos: confira novas normas que apertam o cerco contra devedores da Justiça
Além disso, a norma determina que as corretoras são “responsáveis solidárias” pela dívida — ou seja, podem ser cobradas se não efetuarem o bloqueio “imediato e integral”
O payroll vai dar trabalho? Wall Street amanhece em leve alta e Ibovespa busca recuperação com investidores à espera de anúncio de corte de gastos
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho nos EUA indicará rumo dos negócios às vésperas das eleições presidenciais norte-americanas
Ranking dos investimentos: perto de R$ 5,80, dólar tem uma das maiores altas de outubro e divide pódio com ouro e bitcoin
Na lanterna, títulos públicos longos indexados à inflação caminham para se tornar os piores investimentos do ano
Quanto custa a ‘assessoria gratuita’? O que muda com a regra que obriga à divulgação da remuneração dos assessores de investimento
A norma da CVM obriga os assessores de investimentos e outros profissionais do mercado a divulgarem suas formas e valores de remuneração, além de enviarem um extrato trimestral aos clientes
Acima do black: Conheça os melhores benefícios que os bancos oferecem no cartão de crédito – incluindo jatinho, hotéis de luxo e assistente pessoal
Mirando o público de altíssima renda, bancos investem em cartões com mais vantagens ‘fora do comum’ e atendimento cada vez mais personalizado; anuidades podem chegar a R$ 25 mil
O saldão da eleição: Passado o segundo turno, Ibovespa se prepara para balanços dos bancões
Bolsas internacionais repercutem alívio geopolítico, resultado eleitoral no Japão e expectativa com eleições nos Estados Unidos
Itaú no topo, Santander e Bradesco remando e Banco do Brasil na berlinda: o que esperar dos lucros dos bancões no 3T24
De modo geral, cenário é favorável para os resultados dos bancos, com a economia aquecida impulsionando o crédito; veja as projeções dos analistas
Vale (VALE3), Itaú (ITUB4) e mais: quais devem ser os destaques positivos e negativos da temporada de resultados do 3T24?
Analista acredita que o desempenho ruim das commodities em 2024 pode pesar sobre as ações expostas a esse mercado, enquanto as empresas voltadas para a “economia doméstica” devem ir bem