Iguatemi diz não pensar em demissões neste momento; objetivo é manter a folha
Iguatemi também está reavaliando sua meta de investimentos no montante entre R$ 170 a R$ 220 milhões para 2020; intenção é preservar o caixa para socorrer lojistas e fornecedores
A Iguatemi não tem planos de demitir funcionários neste momento de crise, afirmou a vice-presidente de finanças e relações com investidores, Cristina Betts. "O objetivo é manter a folha. Não estamos pensando em demissões neste momento", declarou a executiva durante teleconferência com investidores e analistas. O pagamento de funcionários representa um terço dos gastos da companhia.
Todo o contingente da sede da Iguatemi está trabalhando no modelo de home office. Já nos shoppings, 4% dos trabalhadores continuam nos locais em tarefas como limpeza, segurança e manutenção para garantir a operação de lojas como supermercados, farmácias e entrega de comida, bem como para deixar tudo pronto para reabertura dos estabelecimentos quando isso for autorizado. "Tudo que estamos fazendo visa preservar a saúde das pessoas e preparar as operações para uma volta rápido no futuro", sintetizou.
A Iguatemi também está reavaliando sua meta de investimentos no montante entre R$ 170 a R$ 220 milhões para 2020. A intenção é preservar o caixa para socorrer lojistas e fornecedores.
Ele disse que os alugueis de março estão suspensos para todos os lojistas, e que esses valores serão cobrados futuramente de maneira individual, pois os contratos são individuais. "É preciso união, empatia e bom senso", pediu.
Cristina Betts evitou prever por quanto tempo os shoppings continuarão fechados, mas ponderou que a empresa já está se preparando para a hipótese de a situação durar mais de um mês. Uma preocupação no radar é se lojistas estarão prontos, com estoque de mercadorias, para o Dia das Mães, uma das datas mais importantes para o varejo nacional, ao lado do Natal.
A executiva disse ainda que a Iguatemi está em contato com autoridades para entender como os shoppings podem colaborar para amenizar os efeitos da crise sobre a população em geral. Há ideia de usar os locais como pontos de coleta de doação de alimentos ou vacinação, por exemplo.
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"O momento é de focar no que é imprescindível à saúde das pessoas. Estamos focados em fazer o que nos foi pedido (sobre decretos públicos). Queremos ser parceiros neste momento", comentou Cristina. "A atuação em parceria com os órgãos governamentais é fundamental para que possamos ser mais efetivos nessa situação. Estamos preocupados com a evolução de corona quando bater nas populações mais carentes."
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