Fim de acordo com a Boeing pressiona Embraer a correr para se reestruturar
Atenção do setor agora se volta para as medidas que a fabricante brasileira vai tomar para superar esse duro revés
Depois de um fim nada amigável do acordo firmado com a gigante americana Boeing, a Embraer começou uma intensa reestruturação de seus negócios em meio ao cenário de caos no setor aéreo em razão da pandemia da covid-19.
A questão do contrato de US$ 5,2 bilhões com a Boeing será resolvida em arbitragem. A atenção do setor agora se volta para as medidas que a fabricante brasileira vai tomar para superar esse duro revés.
Entre as possibilidades para a empresa se reerguer estão parcerias internacionais e também o acesso a uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), estimada em R$ 3 bilhões e que pode sair nas próximas semanas, segundo executivos da companhia.
A Embraer vem de um primeiro trimestre difícil: em um ano, seu prejuízo foi multiplicado por seis e encostou em R$ 1,3 bilhão. Embora a queda de receitas e as perdas cambiais tenham sido os principais fatores para o resultado, a Embraer vinha gastando dinheiro para segregar sua operação comercial, que passaria às mãos do grupo americano - só de janeiro a março, foram R$ 96,8 milhões. Apesar das perdas, os papéis da empresa subiram 3,64% ontem, fechando a R$ 7,41.
Como a pandemia tem feito clientes, como a Azul, postergarem compras, não adianta muito esforço para vender agora. Por isso, o foco é revisar estratégias para os próximos cinco anos, com a reintegração do setor de aviação comercial. Segundo o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, esse trabalho interno, que deve ser concluído nos próximos meses, abre espaço para novas parcerias em desenvolvimento de produtos, engenharia e produção.
Crescem no mercado especulações de que a brasileira já está sendo sondada por outros grupos, como a chinesa Comac, além de empresas da Rússia e da Índia. A avaliação é que a Embraer sairá enfraquecida se resolver seguir sozinha, pois a Airbus comprou parte do programa de jatos C-Series da canadense Bombardier, principal concorrente da brasileira.
Leia Também
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Efeito coronavírus
A empresa também teve perdas no trimestre decorrentes da crise da covid-19, como R$ 108,6 milhões em variações negativas no valor da participação da Embraer na Republic Airways Holdings, e R$ 163,1 milhões em reservas contra eventuais calotes. A empresa disse que adotou "abordagem mais conservadora no contexto da pandemia".
Mesmo com o rol de dificuldades, executivos da Embraer tentam passar otimismo. O vice-presidente executivo financeiro e de relações com investidores, Antonio Garcia, disse que a crise trouxe um dado favorável. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) estima que a retomada começará por voos regionais, filão no qual a Embraer é forte. Isso, diz Garcia, já estaria ocorrendo na Europa. Outra oportunidade é a aviação executiva, que tende a crescer com a migração da classe empresarial para voos particulares.
Em relatório, o banco BTG disse que o fraco resultado da Embraer era esperado. "Com o fim do acordo com a Boeing, os investidores vão focar nas potenciais parcerias com outras fabricantes, assim como as negociações com o BNDES para um crédito de R$ 3 bilhões", destacou o analista Lucas Marquiori.
O UBS destacou que, mesmo com as dificuldades, a Embraer mostrou boas margens. "Estamos curiosos se, em níveis mais baixos de entrega para o ano inteiro, sobretudo na aviação comercial, (as margens) vão persistir", apontou, em relatório.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em ritmo de festa: Ibovespa começa semana à espera da prévia do PIB; Wall Street amanhece em alta
Bolsas internacionais operam em alta e dão o tom dos mercados nesta segunda-feira; investidores nacionais calibram expectativas sobre um possível rali do Ibovespa
Como um acordo entre o Brasil e a Suécia deve impulsionar as vendas da Embraer (EMBR3)
De acordo com a carta de intenções, a FAB irá comprar caças suecos Gripen, enquanto os europeus irão adquirir as aeronaves C-390 Millennium da Embraer
Adeus, Porto Seguro (PSSA3), olá Lojas Renner (LREN3) e Vivara (VIVA3): em novembro, o BTG Pactual decidiu ‘mergulhar’ no varejo de moda; entenda o motivo
Na carteira de 10 ações para novembro, o BTG decidiu aumentar a exposição em ações do setor de varejo de moda com múltiplos atraentes e potencial de valorização interessante
Melhor que Magazine Luiza (MGLU3)? Apesar do resultado forte no 3T24, Empiricus prefere ação de varejista barata e com potencial de valorizar até 87,5%
Na última quinta-feira (8), após o fechamento do pregão, foi a vez do Magazine Luiza (MGLU3) divulgar seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2024, que agradaram o mercado, com números bem acima das expectativas. Entre julho e setembro deste ano, o Magalu registrou um lucro líquido de R$ 102,4 milhões, revertendo o prejuízo de […]
Lucro da Embraer (EMBR3) salta mais de 600% no 3T24 para R$ 1,2 bilhão e fabricante de aviões recalcula rota com novas projeções; ações sobem 9% hoje
O forte desempenho no terceiro trimestre fez a empresa reajustar as projeções (guidance) para o fim de 2024
Mais rápido do que se imaginava: Trump assegura vitória no Colégio Eleitoral e vai voltar à Casa Branca; Copom se prepara para subir os juros
Das bolsas ao bitcoin, ativos de risco sobem com confirmação da vitória de Trump nos EUA, que coloca pressão sobre o dólar e os juros
Fim da greve mais cara dos EUA: Boeing encerra paralisação que custou US$ 10 bilhões à economia; ações sobem em NY
Após três propostas recusadas pelo sindicato, a Boeing chegou a um acordo com os trabalhadores que determina aumento salarial em 38%
Agenda econômica: Eleições nos EUA dividem espaço com decisão de juros no país; Copom e IPCA são destaque no Brasil
A agenda econômica desta semana também conta com dados da balança comercial do Brasil, EUA e China, além da divulgação de resultados do terceiro trimestre de empresas gigantes no mercado
O tempo parece voar: A uma semana das eleições nos EUA, Ibovespa repercute balanço do Santander e relatório de produção da Petrobras
Ibovespa subiu pouco mais de 1% ontem na esteira da expectativa com novas medidas de cortes de gastos pelo governo
Fortes emoções à vista nos mercados: Investidores se preparam para possível vitória de Trump às vésperas de decisão do Fed sobre juros
Eventual vitória de Trump pode levar a desaceleração de ciclo de cortes de juros que se inicia em grande parte do mundo desenvolvido
Boeing lança oferta de US$ 19 bilhões em ações na tentativa de desatar cintos e aumentar liquidez
Decisão da oferta vem após a Boeing divulgar um prejuízo líquido de US$ 6,17 bilhões, valor bem maior do que o registrado em igual período do ano anterior
Concorrente da Embraer à beira da falência, novas regras de previdência, a ‘mágica’ de Elon Musk e o futuro dos juros no Brasil
Além disso, Inter Asset revelou 5 ações para investir na bolsa até o final de 2024; veja os destaques de audiência do Seu Dinheiro nesta semana
A história não acaba: Ibovespa repercute balanço da Vale e sinalizações de Haddad e RCN em dia de agenda fraca
Investidores também seguem monitorando a indústria farmacêutica depois de a Hypera ter recusado oferta de fusão apresentada pela EMS
De promessa à beira da falência: por que as ações da fabricante alemã do ‘carro voador’ concorrente da Embraer (EMBR3) despencam mais de 50% em NY
Fundada em 2015, a Lilium já chegou a atingir US$ 7 bilhões em valor de mercado e agora corre o risco de ter suas ações suspensas na bolsa
Kamala ou Trump? Como o resultado das eleições nos EUA pode mexer com Embraer (EMBR3) e Weg (WEGE3)
A democrata e o republicano têm posições divergentes em relação aos setores de energia e defesa; saiba como os negócios das duas companhias brasileiras podem ser afetados
Uma carona para o Ibovespa: Mercados internacionais amanhecem em alta, mas IPCA-15 ameaça deixar a bolsa brasileira na beira da estrada
Além do IPCA-15, investidores tentam se antecipar hoje ao balanço da Vale para interromper série de cinco quedas do Ibovespa
Zona de turbulência: 5 fatores que levaram a Boeing ao prejuízo de US$ 6,17 bilhões no 3T24
Em termos ajustados, o prejuízo foi de US$ 10,44 por ação, frustrando a previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 10,35
Tudo incerto, nada resolvido: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho e dificultam a vida do Ibovespa em dia de agenda vazia
Fora alguns balanços e o Livro Bege do Fed, investidores terão poucas referências em dia de aversão ao risco lá fora
Embraer (EMBR3) entrega mais aeronaves no 3T24 e acende ‘sinal verde’ do Goldman Sachs; veja recomendação
Depois de entregar 57 aeronaves no terceiro trimestre de 2024, fabricante brasileira é vista com (ainda mais) otimismo
Interpretando a bolsa com Djavan: as recomendações para o fim de 2024 e balanços dominam mercados hoje
Com a agenda relativamente mais esvaziada, os investidores precisam ficar atentos à temporada de resultados e indicadores desta semana