Empresas brasileiras começam a ser afetadas pela falta de componentes
Entre 20 mil a 30 mil funcionários de empresas de tecnologia da informação, especialmente de celulares e computadores, devem ter a rotina de trabalho alterada no curto prazo, com redução de jornada e férias coletivas
A falta de componentes industriais produzidos na China, onde fábricas estão paradas por causa da epidemia do coronavírus, já leva empresas brasileiras a darem férias coletivas, adiarem lançamentos e deve afetar as metas de produção deste trimestre.
Entre 20 mil a 30 mil funcionários de empresas de tecnologia da informação, especialmente de celulares e computadores, devem ter a rotina de trabalho alterada no curto prazo, com redução de jornada e férias coletivas, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato.
Ele chegou a esse número levando em conta pesquisa feita com 50 empresas do setor que revelou que a produção do primeiro trimestre deverá ficar 22% abaixo da inicialmente projetada por essas companhias em razão do coronavírus.
"A situação é muito grave, não temos como buscar o suprimento em outro país", afirma Barbato. Segundo a Abinee, na semana passada 57% das empresas já apresentavam problemas, 4% operavam com paralisação parcial e 15% planejavam paradas parciais.
A fábrica da Flextronics em Jaguariúna (SP) vai dar férias coletivas a cerca de 1,1 mil trabalhadores do setor de celulares entre os dias 9 e 28 de março. A empresa já havia deixado outros 2,1 mil funcionários em casa por dez dias, depois prorrogados para 12.
Essa equipe retorna na segunda-feira, quando a outra inicia o período de férias forçadas, segundo José Francisco Salvino, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna. Procurada nesta quinta-feira, 27, a empresa não retornou. A Flextronics fabrica os celulares da marca Motorola e emprega, ao todo, cerca de 3,2 mil pessoas.
Leia Também
A coreana LG é outra que pretende fazer uma parada parcial. A empresa protocolou no Sindicato de Metalúrgicos de Taubaté (SP) aviso de férias coletivas para o período de 2 a 12 de março para 330 funcionários da linha de celulares, onde estão alocados 450 trabalhadores, informa o sindicato.
Por meio de comunicado, a LG afirma que "devido ao surto do coronavírus que atinge o mundo e tem provocado o desabastecimento de peças nas produções, considera um risco potencial de parada na produção, no mês de março, em sua unidade fabril de celulares, localizada em Taubaté".
A concorrente Samsung informou na quinta-feira que a fábrica de Campinas (SP) "opera normalmente". A produção, contudo, foi suspensa nos dias 12, 13 e 14, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, Sidalino Orsi Júnior.
"Faltaram peças que estavam bloqueadas na China, mas depois a empresa recebeu os lotes, mas estamos preocupados", diz Orsi Junior, que pediu encontro com representantes da empresa para esclarecer as condições dessas peças.
Risco
O risco de paralisação da produção nas fábricas brasileiras de eletrônicos, que são muito dependentes das importações de componentes asiáticos, cresce à medida que os embarques dos produtos não são confirmados. No ano passado, 80% dos componentes usados pela indústria eletroeletrônica vieram da Ásia. A China respondeu por 42% e outros países da região por 38%, aponta a Abinee. "A vulnerabilidade é grande", afirma Barbato.
Na Zona Franca de Manaus (AM) - que reúne grande parte de fabricantes de eletrônicos e de motocicletas que importam peças da China -, já começaram as reuniões entre indústrias e sindicatos de trabalhadores para encontrar uma solução sem custos extras, caso precisem interromper a produção, conta o presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco.
"Como se trata de uma questão de saúde, não de um problema específico, estamos tentando negociar a parada da produção sem custo maior para as empresas", diz Périco. Além dos eletrônicos, essas conversas envolvem também os fabricantes do polo de duas rodas.
A Honda, maior fabricante de motos do País, informa que, até o momento, não há previsão de parada em suas linhas de produção. Acrescenta, contudo, que "esse cenário pode ser alterado caso a situação se prolongue".
Por questões estratégicas, Périco afirma que as indústrias da Zona Franca de Manaus não revelam o nível de estoques de componentes, mas ele afirma que estão baixos. Périco explica que, nos últimos tempos, tem sido normal para as companhias operarem com menos de um mês de componentes para reduzir custos.
José Jorge do Nascimento Junior, presidente da Eletros, associação que reúne a indústria de geladeiras, lavadoras, TVs e eletroportáteis diz, por meio de nota, que o maior foco do problema neste momento está concentrado nos insumos que chegam ao Brasil por via aérea, considerados de maior valor agregado, e que já se encontram perto de volumes críticos.
Lançamento adiado
A JAC do Brasil, importadora dos modelos chineses da marca, adiou o lançamento do primeiro caminhão elétrico no País por receio de não ter estoque para iniciar as vendas. O lançamento estava programado para início de março e, agora, está previsto para o fim do mês.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
E agora, Ozempic? Caneta emagrecedora Zepbound se mostra promissora no tratamento da apneia do sono
De acordo com dados preliminares de ensaios clínicos, a Zepbound foi mais eficaz que um placebo na redução da gravidade da apneia obstrutiva do sono
Fundo que detém direitos de músicas de Beyoncé e Shakira anuncia venda de US$ 1,4 bilhão a investidor
A negociação será feita com apoio da Apollo Capital Management, parceira da Concord, gigante de private equity dos EUA
O Galaxy desbanca o iPhone: Apple (AAPL34) perde liderança global de smartphones no 1T24
Embora o setor esteja em crescimento, a gigante de tecnologia apresentou uma queda de quase 10% nas remessas de iPhone no primeiro trimestre do ano
Os ‘cigarrinhos’ de chocolate vão voltar: Pan é vendida em leilão por R$ 3,1 milhões
Companhia entrou em recuperação judicial em 2021, mas o processo não foi bem sucedido e dois anos depois decretou falência
O pior já passou? O que diz a Fitch sobre as empresas brasileiras um mês após ter elevado a nota de crédito do Brasil
As empresas sob o guarda-chuva da agência de classificação de risco têm R$ 425 bilhões em dívidas com vencimento até 2024; o número assusta, mas pode não ser tão ruim assim; entenda por quê
Big techs na mira: Google (GOGL34) é multado por União Europeia e Coreia do Sul em bilhões de dólares
A maior das penalidades foi de US$ 4,126 bilhões, referente a um processo aberto pela União Europeia em 2015 por práticas anticompetitivas
Elon Musk quer te ouvir: Onde a Tesla deve instalar a próxima rede de carregadores para os carros elétricos?
Tesla Charging pediu que o público comentasse os locais que desejam que seja inaugurada uma nova unidade de Supercharger. Os nomes mais curtidos devem entrar para uma votação oficial da empresa
Café com selo colecionável: Starbucks (SBUB34) anuncia programa de fidelidade com NFT; entenda como vai funcionar
O “selo digital” é uma recompensa para clientes membros do ‘Starbucks Rewards’ e funcionários nos EUA; a iniciativa deve ser lançada ainda neste ano
De olho no varejo digital, Raia Drogasil (RADL3) compra startup de tecnologia focada em soluções de mídia
Segundo a RD, a aquisição da eLoopz deve fortalecer a estratégia de publicidade dos anunciantes nos canais físicos e digitais da companhia
Twitter, Vale e Americanas têm processos seletivos abertos para estágio e trainee; veja oportunidades com bolsas-auxílio de até R$ 7 mil
Os processos seletivos aceitam candidaturas até outubro, com início previsto a partir de janeiro de 2023
Vagas de emprego: PagBank PagSeguro, C6 Bank e Banco Inter estão com processos seletivos abertos; confira as principais oportunidades da semana
Ao todo, são mais de 200 vagas de emprego para diversas áreas no formato híbrido ou remoto, em todo o país
Vale e Ambev estão processos seletivos abertos para estágio e trainee; veja oportunidades com bolsas-auxílio de até R$ 7 mil
Os processos seletivos aceitam candidaturas até setembro, com início previsto a partir de janeiro de 2023
IRB (IRBR3) lidera pelotão de perdas do Ibovespa e Eztec (EZTC3) vai na direção oposta — veja o que foi destaque na bolsa na semana
Lá fora, as negociações da semana continuaram sendo marcadas pela expectativa em torno da condução da política monetária do Federal Reserve; por aqui, o principal índice da B3 acumulou perdas de 1,28%
Gerdau (GGBR4) e Randon (RAPT4) se unem para competir com a Vamos (VAMO3) no ramo de locação de caminhões
As duas empresas vão investir R$ 250 milhões em uma joint venture para atuar no segmento; ações reagem em alta ao negócio
JHSF (JHSF3) é ação de luxo com potencial de valorização de mais de 60%; saiba por que vale a pena ter
O Bank of America iniciou a cobertura da empresa com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 10,50
Mais que petróleo! Como a PRIO (PRIO3) pode lucrar com a compra da Dommo (DMMO3), a antiga joia do império de Eike Batista
A Prisma Capital, dona da antiga OGX de Eike Batista, estava em busca de um comprador para a Dommo Energia e assinou na quinta-feira (01) um memorando de entendimento com a PetroRio, que deve assumir a empresa
Vagas de emprego: Ambev está com inscrições abertas; confira as principais oportunidades da semana
Ao todo, são mais de 200 vagas de emprego para diversas áreas no formato híbrido ou remoto
IRB (IRBR3) desaba novamente e especulação continua após definição da oferta de ações a R$ 1,00; entenda
Taxas do aluguel de ações do IRB chegam a 300%; investidores aproveitam para operar vendidos de olho na diferença entre as cotações de mercado e o valor da oferta
Vai um descontão aí? IRB (IRBR3) lança ações a R$ 1,00 para sair do fundo do poço – e poderia ter sido pior; papéis desabam na B3
O valor foi pressionado pelo desenho da oferta: o IRB (IRBR3) pretendia emitir 597.014.925 ações, mas o montante acabou acrescido em 101%
PRIO (PRIO3) assina memorando para combinação de negócios com a Dommo Energia (DMMO3); veja detalhes do acordo entre as petroleiras de Nelson Tanure e Prisma Capital
As ações da companhia serão transferidas da Prisma, gestora especializada em ativos problemáticos e complexos, para uma sociedade cujo capital será integralmente detido pela PRIO