CVC divulga prejuízo do 4º trimestre e diz que vai apurar erro contábil
Empresa adiou a divulgação dos resultados diversas vezes, depois de ter constatado início de erros na contabilização de valores transferidos a fornecedores de serviços turísticos

A operadora de viagens CVC divulgou o balanço do quarto trimestre de 2019 e informou que vai apurar responsáveis por irregularidades contábeis em exercícios anteriores. A tarefa foi atribuída a um grupo de conselheiros.
A empresa adiou a divulgação dos resultados diversas vezes, depois de ter constatado início de erros na contabilização de valores transferidos a fornecedores de serviços turísticos - e depois ainda impactada pela pandemia.
Os números divulgados agora pela CVC revelam um prejuízo líquido de R$ 154,1 milhões pelo critério contábil, revertendo lucro líquido de R$ 55,9 milhões visto um ano antes. Em todo o ano, o prejuízo líquido foi de R$ 1,87 milhão - ante lucro de R$ 123,4 milhões.
O prejuízo no quarto trimestre pelo critério pró-forma foi de R$ 19,9 milhões. A CVC diz que apresentou os resultados também por esse critério para facilitar a comparação anual - já que, no quarto trimestre, fez revisões e adequações de processos e procedimentos.
Com ajustes que excluem, entre outros, os impactos do fim das operações da Avianca Brasil, a operadora teve prejuízo de R$ 199,8 milhões no último trimestre do ano passado - ante lucro de R$ 28,1 milhões.
Outros números
Segundo a CVC, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado no quarto trimestre foi negativo em R$ 111,9 milhões, ante resultado positivo de R$ 116,7 milhões no mesmo intervalo de 2018.
Leia Também
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
No quarto trimestre do ano passado, a CVC registrou receita líquida de R$ 265,1 milhões, queda de 32,9% ante os R$ 395,2 milhões vistos um ano antes pelo critério contábil.
A dívida líquida da operadora de viagens terminou o período a R$ 1,466 bilhão, uma alta de 40% na comparação anual. A alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda normalizado, avançou 2,01 vezes para 2,95 vezes.
A CVC ajustou os números de 2018 e 2019, que havia apresentado de forma preliminar e sem auditoria no início de agosto. O lucro líquido de 2018 foi impactado negativamente em R$ 11,820 milhões em relação aos números apresentados há um mês, enquanto os números do ano passado caíram R$ 48,964 milhões.
Entenda o caso
Ao longo do processo de preparação de suas demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2019, a CVC constatou distorções na contabilização de valores transferidos aos fornecedores de serviços turísticos referentes às receitas próprias de tais fornecedores.
Os valores se referiam a ajustes indevidos de margens na intermediação de serviços turísticos e em lançamentos sistêmicos incorretos não corrigidos adequadamente os quais causaram um aumento das margens da companhia, inclusive em exercícios anteriores.
Os efeitos das distorções foram divulgadas ao mercado em 07 de julho de 2020, perfazendo valores estimados, naquele momento, em aproximadamente R$ 350 milhões. Como resultado da apuração final da Companhia, o valor total do ajuste relacionado às distorções corresponde a R$362 milhões, os quais foram alocados da seguinte forma:
(i) R$ 117,0 milhões referentes ao exercício de 2019, causando redução na receita líquida de R$ 97,5 milhões na controladora e R$ 111,8 milhões no consolidado e aumento da despesa de variação cambial de R$ 5,3 milhões na controladora e no consolidado. A redução foi "substancialmente" causada por ajustes nas contas de adiantamentos a fornecedores e contratos a embarcar antecipados de pacotes turísticos;
(ii) R$ 111,9 milhões foram alocados ao exercício de 2018, causando redução na receita líquida em R$ 97,7 milhões na controladora e R$ 104,0 milhões no consolidado e aumento da despesa de variação cambial R$ 7,9 milhões na controladora e no consolidado. As reduções foram "substancialmente" causadas por ajustes nas contas de Adiantamentos a Fornecedores, Contratos a Embarcar Antecipados de Pacotes Turísticos e Fornecedores;
(iii) R$ 133,4 milhões referentes a exercícios anteriores a 2018, causando redução do patrimônio líquido em 1º. janeiro de 2018 neste montante. As reduções foram "substancialmente" causadas por ajustes nas contas de Adiantamentos a Fornecedores e Contratos a Embarcar Antecipados de Pacotes Turísticos.
O impacto no lucro líquido da companhia dos ajustes foi reduzido pelo lançamento de crédito referente à recuperação de impostos de renda e contribuição social que foram pagos indevidamente, estimados pela CVC, em aproximadamente R$ 44,0 milhões.
As distorções identificadas pela Companhia abrangem o período de 2015 a 2019 e resultaram de falhas materiais em seus controles internos.
*Conteúdo em atualização
Em mais uma etapa da reestruturação financeira, Azul (AZUL4) aprova aumento de capital em até R$ 6,1 bilhões – mercado reage e ação cai
Conselho de administração da Azul aprova aumento de capital da companhia em até R$ 6,1 bilhões; ação fica entre maiores quedas do Ibovespa nesta manhã (5)
Magazine Luiza (MGLU3) afunda quase 5% na bolsa após ata do Copom e lidera as perdas do Ibovespa hoje. O que está por trás do tombo?
A gigante do varejo não é a única no vermelho nesta sessão. No pódio de maiores quedas, a CVC (CVCB3) vem logo na esteira, com quedas da ordem de 4,55%
A vitrine mudou de lugar: Depois de começar o ano com o pé esquerdo, Ibovespa tenta recuperação em dia sem agenda
Agenda vazia e recesso em Brasília dificultam identificação de gatilhos para eventual recuperação do Ibovespa hoje
Com dólar recorde, ações da BRF (BRFS3) saltam 14% e lideram altas do Ibovespa na semana, enquanto CVC (CVCB3) despenca 14%
Frigorífico que exporta produtos para o mercado externo, a companhia tende a ter um incremento nas receitas com o dólar mais alto
Oi (OIBR3) disparou 19% na bolsa após mudanças no regime de telefonia, mas não é hora de comprar a ação; veja motivo
Casa de análise prefere ação de concorrente com potencial para se tornar uma das maiores pagadoras de dividendos da bolsa; conheça a recomendação
CVC (CVCB3) decola mais de 9% e lidera os ganhos do Ibovespa após proposta de pílula de veneno. O que isso significa para o investidor?
O desempenho positivo vem na esteira de uma série de anúncios corporativos na última semana, com uma proposta de mudanças relevantes no estatuto social da companhia
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
CVC (CVCB3) aprova recompra de até 15,7 milhões de ações; confira os detalhes do programa
A companhia de viagens tem atualmente 522.928.607 ações ordinárias em circulação
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
CVC sai da rota do prejuízo com lucro trimestral de R$ 14,4 milhões; Itaú BBA e BTG comentam
Despesas operacionais recorrentes da empresa no terceiro trimestre somaram R$ 239 milhões, valor 30% abaixo do registrado no ano anterior
Agenda econômica: Prévia do PIB é destaque em semana com feriado no Brasil e inflação nos EUA
A agenda econômica da semana ainda conta com divulgação da ata da última reunião do Copom e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)
Adeus, Porto Seguro (PSSA3), olá Lojas Renner (LREN3) e Vivara (VIVA3): em novembro, o BTG Pactual decidiu ‘mergulhar’ no varejo de moda; entenda o motivo
Na carteira de 10 ações para novembro, o BTG decidiu aumentar a exposição em ações do setor de varejo de moda com múltiplos atraentes e potencial de valorização interessante
Melhor que Magazine Luiza (MGLU3)? Apesar do resultado forte no 3T24, Empiricus prefere ação de varejista barata e com potencial de valorizar até 87,5%
Na última quinta-feira (8), após o fechamento do pregão, foi a vez do Magazine Luiza (MGLU3) divulgar seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2024, que agradaram o mercado, com números bem acima das expectativas. Entre julho e setembro deste ano, o Magalu registrou um lucro líquido de R$ 102,4 milhões, revertendo o prejuízo de […]
Por que as ações da Cogna (COGN3) e do Magazine Luiza (MGLU3) disparam e lideram as altas do Ibovespa nesta segunda-feira (4)
As ações de varejistas e do setor de educação atraem os holofotes dos investidores após uma sangria na bolsa brasileira. Veja o que está por trás da alta dos papéis
O que divide o brasileiro de verdade: Ibovespa reage a decisão de juros do BCE e dados dos EUA em dia de agenda fraca por aqui
Expectativa com o PIB da China e novas medidas contra crise imobiliária na segunda maior economia do mundo também mexem com mercados
Mais um passo para a ação da CVC (CVCB3) decolar? Acordo para alongar vencimentos e reduzir juros de debêntures é aprovado em assembleia
O entendimento com os debenturistas para o reperfilamento de dívidas havia sido alcançado há pouco mais de um mês; confira os detalhes
Temporada de balanços do 3T24: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
A temporada de balanços do 3T24 começa já neste mês, com a Vale (VALE3) estreando o período das divulgações na quinta-feira (24)
Disclaimer nas bolsas: Wall Street ganha uma ajudinha da inteligência artificial, enquanto mercado aguarda corte de juros na Europa
Durante o pregão regular de ontem (11), a Nvidia, joia da coroa do setor, chegou a saltar mais de 8% e animou os índices internacionais nesta quinta-feira
CVC (CVCB3) renegocia dívidas e fecha acordo para alongar vencimentos e reduzir juros de debêntures
Segundo a empresa, o reperfilamento deve otimizar a estrutura e gestão do caixa, além de expandir a capacidade de crescimento
Preço mínimo da ação da Sabesp foi fixado em 20 de junho, e pouca gente sabia disso
Preço mínimo de R$ 63,56 por ação se tornou público hoje, com a publicação da ata de reunião do dia 20; Equatorial pagou R$ 67,00