Quão longe a XP pode ir? Para o BTG, ação da corretora já está bem precificada
BTG Pactual inicia cobertura das ações da corretora com recomendação neutra para os papéis.
O BTG Pactual iniciou a cobertura das ações da XP Investimentos avaliando que as ações da companhia não valem mais do que a cotação atual. Para os analistas do banco, os papéis da corretora ainda podem recuar 4,14% em relação à cotação de ontem, quando estava em US$ 37.
Os especialistas do BTG não recomendam a compra da ação da XP, mas também não dizem para vendê-la. Nesta segunda-feira (27), as ações terminaram o dia em queda de 2,39%, cotadas em US$ 37,61. O recuo segue a contração generalizada dos mercados, que temem os impactos econômicos de um surto global do coronavírus.
Os especialistas do BTG dizem não ver razão para o valor de mercado que a XP adquiriu — US$ 21 bilhões (R$ 88 bilhões). "Para justificar essa avaliação, seria preciso uma taxa de crescimento anual composta de 39% entre 2019 e 2024".
A ação da XP hoje é negociada a 40 vezes a relação entre preço e lucro estimado para 2021. Os analistas lembram que, desde o primeiro investimento feito pela General Atlantic, em 2012, o valor de mercado da XP aumentou 60 vezes. Com a entrada do Itaú Unibanco, em 2017, a valorização foi de oito vezes.
Ainda assim, o BTG estima que a empresa pode crescer, uma vez que o setor financeiro passa por um bom momento no Brasil e parte dos negócios da companhia ainda não amadureceu completamente.
Para os analistas, não há um grande fator de risco para a XP e a alta fidelização dos clientes pode garantir os fluxos de capital.