Bradesco planeja IPO da Ágora e corretora deve se separar do banco até o fim do ano
Analistas do Goldman Sachs tiveram conferência com os diretores do Bradesco, Leandro Miranda e Carlos Firetti. O plano é realizar o IPO depois de a Ágora conquistar o segundo lugar do setor em termos de participação de mercado — o que é previsto para acontecer dentro de 4 ou 5 anos

O Bradesco planeja a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da sua corretora Ágora Investimentos para algum momento do futuro. Por ora, o banco brasileiro já definiu que, até o fim do ano, fará da Ágora uma empresa separada do grupo — seguindo o mesmo processo que ocorreu com o Banco Next. As informações constam de relatório do Goldman Sachs.
Analistas de ações do banco americano estiveram em conferência com os diretores do Bradesco da área de relações com investidores e responsável pela Ágora, Leandro Miranda, e de relações com mercado, Carlos Firetti, em 18 de setembro, sexta-feira passada.
Durante o encontro, os executivos manifestaram a intenção da realização de abertura de capital da Ágora eventualmente, de acordo com o documento.
O primeiro passo para o IPO, diz o Goldman citando os executivos, seria o levantamento de recursos para a corretora com a intenção de apoiar os investimentos em recursos humanos, marketing, fusões e aquisições horizontais e governança corporativa.
O plano da administração, no entanto, é apenas realizar o IPO depois de a Ágora alcançar o segundo lugar do setor em termos de participação de mercado — o que é previsto pelos executivos para acontecer dentro de 4 ou 5 anos.
Além disso, segundo Miranda, do Bradesco, afirmou ao Goldman, haverá acordos exclusivos entre Ágora e Banco Next para preservar os benefícios do acesso a uma base relevante de clientes de ambas as plataformas.
Leia Também
Atualmente, a corretora possui R$ 65 bilhões em ativos sob custódia e 500 mil clientes. A Ágora foi adquirida pelo Bradesco em 2008 e incorporou clientes da Bradesco Corretora a partir do ano passado.
Comoditização é risco
O Bradesco acredita que haverá somente de 4 a 5 grandes concorrentes no segmento de investimento dentro de 5 anos. A administração espera que a Ágora se torne a segunda maior corretora de varejo em 2021 e que tem o objetivo de se tornar a líder em cinco anos.
A migração de clientes do Bradesco, juntamente com clientes de outras plataformas, deve apoiar este crescimento, diz o Goldman.
"É importante ressaltar que a administração mencionou que pretendia trazer ativos sob custódia do private banking do Bradesco, da gestão de ativos e depósitos de custódia, o que poderia aumentar os ativos sob custódia da Ágora para R$ 200 bilhões."
Os executivos do banco acham que as recentes fusões e aquisições no segmento de investimentos não devem ser vistas como uma "ameaça" à Ágora. Eles consideram que a corretora possui escala e sinergias sendo parte do Bradesco.
"No entanto, a administração prevê a possibilidade de que a comoditização de produtos de investimento pode resultar em taxas mais baixas, apesar do tendência de crescimento secular do mercado", aponta o relatório do Goldman.
Os executivos do Bradesco disseram também que a Ágora não acompanhou as recentes reduções de preços promovidas pelos concorrentes, uma vez que o movimento não impactou sua base de clientes.
Eles afirmam que, se necessário, a Ágora poderia reduzir os preços também.
Os executivos também enfatizaram que a Ágora no momento está se concentrando em oferecer produtos com serviços de maior valor agregado para evitar a "comoditização", o que pode ser um risco para os preços.
A expressão remete ao processo no qual o consumidor, diante de tantas ofertas de produtos de um mesmo setor, não é capaz de diferenciar entre eles.
Casa dos brasileiros
O objetivo da Ágora, enquanto isso, é ser a "casa dos investimentos" para os brasileiros.
A atual base de clientes da Ágora é composta principalmente por pessoas mais velhas com alto patrimônio líquido. Mas isso está mudando: o perfil está sendo alterado para mais millenials e jovens, uma vez que os clientes do Banco Next passam a investir através da Ágora.
Atualmente, as ações representam 90% dos ativos sob custódia, já que a administração acredita que oferece maior valor agregado e melhores margens. Além disso, 50% de seus clientes atuais são da base de clientes do Bradesco, enquanto 25% vêm do Banco Next (do Bradesco banco digital) e 25% dos concorrentes.
Brasil x Argentina na bolsa: rivalidade dos gramados vira ‘parceria campeã’ na carteira de 10 ações do BTG Pactual em abril; entenda
BTG Pactual faz “reformulação no elenco” na carteira de ações recomendadas em abril e tira papéis que já marcaram gol para apostar em quem pode virar o placar
“Não vou recuar”, diz Trump depois do caos nos mercados globais
Trump defende que sua guerra tarifária trará empregos de volta para a indústria norte-americana e arrecadará trilhões de dólares para o governo federal
Disputa aquecida na Mobly (MBLY3): Fundadores da Tok&Stok propõem injetar R$ 100 milhões se OPA avançar, mas empresa não está lá animada
Os acionistas Régis, Ghislaine e Paul Dubrule, fundadores da Tok&Stok, se comprometeram a injetar R$ 100 milhões na Mobly, caso a OPA seja bem-sucedida
O agente do caos retruca: Trump diz que China joga errado e que a hora de ficar rico é agora
O presidente norte-americano também comentou sobre dados de emprego, juros, um possível acordo para zerar tarifas do Vietnã e a manutenção do Tik Tok por mais 75 dias nos EUA
As únicas ações que se salvaram do banho de sangue no Ibovespa hoje — e o que está por trás disso
O que está por trás das únicas altas no Ibovespa hoje? Carrefour sobe mais de 10%, na liderança do índice
A pressão vem de todos os lados: Trump ordena corte de juros, Powell responde e bolsas seguem ladeira abaixo
O presidente do banco central norte-americano enfrenta o republicano e manda recado aos investidores, mas sangria nas bolsas mundo afora continua e dólar dispara
O combo do mal: dólar dispara mais de 3% com guerra comercial e juros nos EUA no radar
Investidores correm para ativos considerados mais seguros e recaculam as apostas de corte de juros nos EUA neste ano
Carrefour Brasil (CRFB3): controladora oferece prêmio mais alto em tentativa de emplacar o fechamento de capital; ações disparam 10%
Depois de pressão dos minoritários e movimentações importantes nos bastidores, a matriz francesa elevou a oferta. Ações disparam na bolsa
China não deixa barato: Xi Jinping interrompe feriado para anunciar retaliação a tarifas de Trump — e mercados derretem em resposta
O Ministério das Finanças da China disse nesta sexta-feira (4) que irá impor uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Cardápio das tarifas de Trump: Ibovespa leva vantagem e ações brasileiras se tornam boas opções no menu da bolsa
O mais importante é que, se você ainda não tem ações brasileiras na carteira, esse me parece um momento oportuno para começar a fazer isso
A compra do Banco Master pelo BRB é um bom negócio? Depois da Moody’s, S&P questiona a operação
De acordo com a S&P, pairam dúvidas sobre os aspectos da transação e a estrutura de capital do novo conglomerado, o que torna incerto o impacto que a compra terá para o banco público
Ações para se proteger da inflação: XP monta carteira de baixo risco para navegar no momento de preços e juros altos
A chamada “cesta defensiva” tem dez empresas, entre bancos, seguradoras, companhias de energia e outros setores classificados pela qualidade e baixo risco
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) perdem juntas R$ 26 bilhões em valor de mercado e a culpa é de Trump
Enquanto a petroleira sofreu com a forte desvalorização do petróleo no mercado internacional, a mineradora sentiu os efeitos da queda dos preços do minério de ferro
Bitcoin (BTC) em queda — como as tarifas de Trump sacudiram o mercado cripto e o que fazer agora
Após as tarifas do Dia da Liberdade de Donald Trump, o mercado de criptomoedas registrou forte queda, com o bitcoin (BTC) recuando 5,85%, mas grande parte dos ativos digitais conseguiu sustentar valores em suportes relativamente elevados
Obrigado, Trump! Dólar vai à mínima e cai a R$ 5,59 após tarifaço e com recessão dos EUA no horizonte
A moeda norte-americana perdeu força no mundo inteiro nesta quinta-feira (3) à medida que os investidores recalculam rotas após Dia da Libertação
Embraer (EMBR3) tem começo de ano lento, mas analistas seguem animados com a ação em 2025 — mesmo com as tarifas de Trump
A fabricante de aeronaves entregou 30 aviões no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi 20% superior ao registrado no mesmo período do ano passado
Oportunidades em meio ao caos: XP revela 6 ações brasileiras para lucrar com as novas tarifas de Trump
A recomendação para a carteira é aumentar o foco em empresas com produção nos EUA, com proteção contra a inflação e exportadoras; veja os papéis escolhidos pelos analistas
O Dia depois da Libertação: bolsas globais reagem em queda generalizada às tarifas de Trump; nos EUA, Apple tomba mais de 9%
O Dia depois da Libertação não parece estar indo como Trump imaginou: Wall Street reage em queda forte e Ibovespa tem leve alta
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA