Bancos emprestaram R$ 1,1 trilhão desde o início da crise, diz Febraban
Febraban ressalta ainda que os dados oficiais do BC mostram que as taxas de juros e os spreads declinaram no País
Os bancos já emprestaram R$ 1,116 trilhão desde o início da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus no Brasil, mostra balanço da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) publicado nesta segunda-feira (29).
Os números consideram os dados oficiais do Banco Central nos meses de março, abril e maio, que somam R$ 981,2 bilhões - alta de 5,4% na comparação com o mesmo período de 2019, e ainda balanço da entidade feito até o dia 19 de junho.
"Mesmo em meio a um cenário bem adverso decorrente da pandemia, os bancos fizeram relevantes concessões de crédito, na casa de R$ 1,1 trilhão, incluindo operações novas, renovações de dívidas e carências de parcelas vencidas no período", diz o presidente da Febraban, Isaac Sidney.
Entre os dias 16 de março e 19 de junho, os bancos renegociaram 11,3 milhões de contratos com operações em dia, em um total de R$ 80,9 bilhões.
As operações foram postergadas por um prazo que varia de 60 a 180 dias, dependendo da instituição financeira, em um esforço do setor para tentar mitigar os efeitos esperados na inadimplência por conta da crise.
A maioria das postergações foi feita junto a pequenas empresas e pessoas físicas, que juntas alcançam R$ 44,5 bilhões.
Leia Também
Enquanto o volume de renegociações continua crescendo, para a concessão de crédito, a tendência é de queda. Na pessoa física, a esperada redução de demanda já se confirma.
Dados do BC sinalizam retração de 8,8% de março a maio ante um ano, para R$ 457,737 bilhões. Já a carteira da pessoa jurídica cresceu 22,0% no período, para R$ 523,458 bilhões.
"A tendência do crédito à pessoa jurídica é declinante, refletindo a desaceleração progressiva da atividade, que deve apresentar o seu vale no segundo trimestre", avalia a Febraban.
Quando comparado o período da pandemia (de 16 de março a 19 de junho deste ano) com o mesmo intervalo de 2019, é identificada uma evolução de 43,4% nas concessões para Pessoa Jurídica no segmento livre (PJ), considerando a média por dia útil para cada período, conforme a Federação.
O aumento reflete, explica a entidade, o expressivo crescimento na demanda por crédito bancário no início da crise, devido às incertezas do cenário econômico, redução das operações no mercado de capitais e o cancelamento de linhas de financiamento externo para o Brasil.
A Febraban ressalta ainda que os dados oficiais do BC mostram que as taxas de juros e os spreads - diferença de quanto um banco paga para captar e o quanto cobra para emprestar - declinaram no País desde o início da pandemia, a despeito das críticas quanto ao aumento do custo do crédito e a dificuldade para acessá-lo por parte de empresas e pessoas físicas.
De acordo com a entidade, houve redução mesmo com a piora do risco no cenário econômico e a expectativa de 'aumento expressivo' da inadimplência, que já forçaram os bancos a reforçarem seu colchões para possíveis perdas.
A taxa de juros para o conjunto das operações de crédito recuou de 23,1% para 20,4% ao ano. Já o spread médio baixou de 18,6% para 16,4%.
"Estamos preocupados e sensíveis com o momento e continuaremos completamente focados e, mais do que isso, comprometidos para ajudar o País a manter empregos e a preservar as empresas numa crise sem precedentes na história", afirma o presidente da Febraban.
*Com Estadão Conteúdo
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo
Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos
Acendeu a luz roxa? Ações do Nubank caem forte mesmo depois do bom balanço no 3T24; Itaú BBA rebaixa recomendação
Relatório aponta potencial piora do mercado de crédito em 2025, o que pode impactar o custo dos empréstimos feitos pelo banco
Agro é pop, mas também é risco para o Banco do Brasil (BBAS3)? CEO fala de inadimplência, provisões e do futuro do banco
Redução no preço das commodities, margens apertadas e os fenômenos climáticos extremos afetam em cheio o principal segmento do BB
A B3 vai abrir nos dias da Proclamação da República e da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios durante os feriados
Os feriados nacionais de novembro são as primeiras folgas em cinco meses que caem em dias úteis. O Seu Dinheiro foi atrás do que abre e fecha durante as comemorações
A China presa no “Hotel California”: o que Xi Jinping precisa fazer para tirar o país da armadilha — e como fica a bolsa até lá
Em carta aos investidores, à qual o Seu Dinheiro teve acesso em primeira mão, a gestora Kinea diz o que esperar da segunda maior economia do mundo
Banco do Brasil (BBAS3) lucra R$ 9,5 bilhões no 3T24, mas provisões aumentam 34% e instituição ajusta projeções para 2024
A linha que contabiliza as projeções de créditos e o guidance para o crescimento de despesas foram alteradas, enquanto as demais perspectivas foram mantidas
Nubank (ROXO34) supera estimativas e reporta lucro líquido de US$ 553 milhões no 3T24; rentabilidade (ROE) chega aos 30%
Inadimplência de curto prazo caiu 0,1 ponto percentual na base trimestral, mas atrasos acima de 90 dias subiram 0,2 p.p. Banco diz que indicador está dentro das estimativas
Por que o Warren Buffett de Londrina não para de comprar ações da MRV (MRVE3)? Gestor com mais de R$ 8 bilhões revela 15 apostas na bolsa brasileira
CEO da Real Investor, Cesar Paiva ficou conhecido por sua filosofia simples na bolsa: comprar bons negócios a preços atrativos; veja as ações no portfólio do gestor
Bradespar (BRAP4) aprova pagamento de R$ 342 milhões em proventos; saiba como receber
Terão direito aos proventos os acionistas que estiverem registrados na companhia até o final do dia 12 de novembro de 2024
BTG Pactual (BPAC11): lucro bate novo recorde no 3T24 e banco anuncia recompra bilionária de ações; veja os números
Lucro líquido do BTG foi de R$ 3,207 bilhões, alta de 17,3% em relação ao terceiro trimestre de 2023; ROE atinge 23,5%
“Estamos absolutamente prontos para abrir capital”, diz CEO do BV após banco registrar lucro recorde no 3T24
O BV reportou um lucro líquido de R$ 496 milhões no terceiro trimestre de 2024, um recorde para a instituição em apenas três meses
Onda roxa: Nubank atinge 100 milhões de clientes no Brasil e quer ir além do banco digital; entenda a estratégia
Em maio deste ano, o Nubank tinha atingido o marco de 100 milhões de clientes globalmente, contando com as operações no México e na Colômbia
Adeus, Porto Seguro (PSSA3), olá Lojas Renner (LREN3) e Vivara (VIVA3): em novembro, o BTG Pactual decidiu ‘mergulhar’ no varejo de moda; entenda o motivo
Na carteira de 10 ações para novembro, o BTG decidiu aumentar a exposição em ações do setor de varejo de moda com múltiplos atraentes e potencial de valorização interessante
Renda fixa apimentada: “Têm nomes que nem pagando CDI + 15% a gente quer”; gestora da Ibiuna comenta sobre risco de bolha em debêntures
No episódio da semana do podcast Touros e Ursos, Vivian Lee comenta sobre o mercado de crédito e onde estão os principais riscos e oportunidades
Melhor que Magazine Luiza (MGLU3)? Apesar do resultado forte no 3T24, Empiricus prefere ação de varejista barata e com potencial de valorizar até 87,5%
Na última quinta-feira (8), após o fechamento do pregão, foi a vez do Magazine Luiza (MGLU3) divulgar seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2024, que agradaram o mercado, com números bem acima das expectativas. Entre julho e setembro deste ano, o Magalu registrou um lucro líquido de R$ 102,4 milhões, revertendo o prejuízo de […]
Méliuz (CASH3): fundador deixa o comando da empresa e anuncia novo CEO
Israel Salmen será presidente do conselho de administração e também assumirá outros cargos estratégicos do grupo
Após lucro acima do esperado no 3T24, executivo do Banco ABC fala das estratégias — e dos dividendos — até o final do ano
Ricardo Miguel de Moura, diretor de relações com investidores, fusões e aquisições e estratégia do Banco ABC, concedeu entrevista ao Seu Dinheiro após os resultados