B3 critica multa no acordo da Stone pela Linx
Penalidade também valeria caso os acionistas da Linx não aprovem saída da empresa do Novo Mercado, como quer a Stone
A controversa aquisição da Linx (LINX3) pela Stone continua dando pano para manga. Quem se envolveu desta vez foi a B3, que criticou a multa de R$ 112,5 milhões caso os acionistas da fabricante de softwares não aceitem a oferta da intermediadora de pagamentos exatamente do jeito que foi apresentada.
A Linx divulgou nesta segunda-feira (26) um ofício da operadora da bolsa dizendo que, embora a colocação de multas para resguardar as partes envolvidas na negociação de uma fusão ou aquisição não seja incomum, impor uma punição sobre a manifestação de manter ou não a companhia listada no Novo Mercado “é prejudicial à plena manifestação de vontade do acionista”.
A B3 determinou que a Linx tome as medidas cabíveis para garantir que seus acionistas discutam a proposta de sair de seu principal segmento de listagem “sem que lhes seja imposto qualquer tipo de ônus”, como é o caso da multa estabelecida no acordo de associação firmado com a Stone.
A Linx convocou para 17 de novembro a assembleia de acionistas que discutirá a proposta da Stone. O acordo proposto é envolto de polêmica, como o pagamento diferenciado ao trio de fundadores, que detém 14,41% do capital da Linx.
A multa também engessa a possibilidade de a Linx e seus acionistas buscarem outras ofertas. A Totvs é a principal concorrente da Stone. Sua oferta avalia a Linx em R$ 6,1 bilhões e não prevê pagamento adicional ao grupo de conselheiros.
A Stone fez duas propostas pela empresa, a última no total de R$ 6,28 bilhões, o equivalente a R$ 35,10 por ação. Esse é o valor que os acionistas irão receber caso a proposta seja aprovada em assembleia.
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