Ânima fará oferta restrita de ações que pode chegar a R$ 1,1 bilhão
Recursos levantados serão destinados a financiar parte da aquisição dos ativos do grupo americano de educação Laureate no Brasil
A Ânima Educação (ANIM3) anunciou na madrugada desta terça-feira (24) que vai realizar uma oferta primária de ações (follow on) capaz de levantar até R$ 1,135 bilhão, para financiar parte da aquisição dos ativos da americana Laureate no Brasil.
O valor considera a cotação de fechamento de ontem dos papéis, R$ 31,15, e a colocação da totalidade das ações. A empresa planeja vender inicialmente 27 milhões de ações ordinárias. Caso os ativos sejam integralmente comprados, a Ânima receberá R$ 841,05 milhões. A oferta poderá ser acrescida em até 35%, ou seja, em até 9,45 milhões de unidades, chegando nos R$ 1,135 bilhão.
O preço em que os ativos serão vendidos será anunciado em 3 de dezembro e as novas ações começarão a ser negociadas na B3 em 7 de dezembro.
Segundo fato relevante divulgado pela Ânima, será uma oferta de esforços restritos, isto é, não estará aberta aos investidores em geral.
A operação será coordenada pelos bancos Bradesco BBI, Santander, UBS BB, Itaú BBA e J.P. Morgan.
Laureate
A Ânima Educação levou a melhor na disputa com a Ser Educacional (SEER3) pelos ativos da Laureate no País, um portfólio de faculdades composto por nomes como Anhembi Morumbi e FMU. Ela tem mais de 50 unidades de ensino pelo Brasil e mais de 500 centros de ensino à distância.
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A proposta da dona das universidades São Judas e UniBH totaliza R$ 4,4 bilhões, sendo R$ 3,8 bilhões em dinheiro e o restante em dívidas que assumirá. O montante é R$ 500 milhões superior ao que a Ser ofereceu, sendo que parte da proposta previa o repasse de ações.
A Ser, do empresário Janguiê Diniz, quase levou a disputa aos tribunais, alegando que a Laureate feriu os termos do acordo acertado entre as partes.
No fim, porém, ela fechou um acordo para receber, da Ânima, a multa no valor de R$ 180 milhões em dinheiro, relativa ao fim do seu acordo com a Laureate, em vez de receber o direito à propriedade futura das sociedades mantenedoras de duas das instituições de ensino do grupo estrangeiro neste momento.
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