Sondagem mostra atividade industrial próxima de índices pré-pandemia, diz CNI
Esse é o primeiro mês que o indicador supera os 50 pontos desde fevereiro, período anterior à eclosão da pandemia no Brasil, o que mostra crescimento do emprego na indústria
A indústria brasileira continua dando sinais de recuperação e, pelo terceiro mês consecutivo, apresentou melhora nos indicadores e se aproxima do nível de atividade verificado antes da pandemia da covid-19. A Sondagem Industrial de julho, divulgada nesta quinta-feira, 20, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra um aumento na produção mais forte e disseminado. De acordo com a pesquisa, o índice de evolução da produção alcançou 59,4 pontos em julho, ante 52,8 pontos verificados em junho.
"O índice é o maior desde março de 2010, ou seja, revela forte alta da produção industrial no mês, mas é preciso levar em consideração que, em junho, a produção industrial estava em nível muito baixo por conta da pandemia", destaca a CNI.
Segundo a metodologia da pesquisa, resultados acima da linha divisória de 50 pontos indicam crescimento com relação ao mês anterior e, quanto mais distante da linha de 50 pontos, mais forte e disseminada é a alta da produção.
Além da melhora na produção, o índice de evolução do número de empregados ficou em 50,9 pontos em julho. Esse é o primeiro mês que o indicador supera os 50 pontos desde fevereiro, período anterior à eclosão da pandemia no Brasil, o que mostra crescimento do emprego na indústria. Em junho, esse índice era de 46,9 pontos. Em abril, período mais crítico da crise no País, o indicador chegou a atingir 38,2 pontos, o mais baixo do ano.
A melhora também foi sentida nos índices relativos à utilização da capacidade instalada (UCI), que chegou a um nível muito próximo ao do período pré-pandemia. Em julho, a UCI teve alta de cinco pontos porcentuais, passando de 62% para 67%. Essa marca é apenas 1 pp abaixo do observado em fevereiro de 2020 e julho de 2019.
A Sondagem mostra ainda que a UCI efetiva-usual registrou 44,1 pontos em julho, praticamente o mesmo valor de fevereiro deste ano (44,6 pontos), mas ainda abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Segundo a CNI, isso significa que a utilização da capacidade instalada efetiva ainda está abaixo da usual para os meses de julho.
Leia Também
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Com relação aos estoques, a pesquisa revela que eles permaneceram em queda no mês passado, abaixo do planejado pela indústria. O índice de evolução do nível de estoques em julho ficou em 45,5 pontos, mostrando a queda. O estoque efetivo-planejado ficou no mesmo valor de junho, 46 pontos, ou seja, o nível atual se encontra abaixo do planejado para o mês. "As empresas continuam a dar preferência à redução dos estoques de produtos finais", destaca a Sondagem.
Para a CNI, em razão da baixa disponibilidade de capital de giro, num cenário que ainda apresenta riscos, a estratégia tem sido de manter estoques num nível baixo, o que pode evitar custos que não se converteriam em um aumento de receita.
Expectativas
Com o cenário de recuperação mais intensa, o otimismo ficou maior e mais disseminado pela indústria em agosto. A Sondagem revela que todos os índices de expectativa, que já estavam acima da linha de 50 pontos em julho, se mantiveram na trajetória de retomada dos meses anteriores.
A expectativa para demanda em agosto registrou maior valor, de 61,4 pontos, alta de 4,8 pp em relação ao mês anterior. O índice que mede a expectativa de exportação subiu 1,3 ponto, atingindo 52,4 pontos.
Também foi registrada nova alta na expectativa de compras de matéria prima, que ficou em 58,7 pontos, aumento de 4,4 pp em relação a julho. O índice de expectativa de número de empregados também cresceu pelo quarto mês seguido e se afastou da linha divisória de 50 pontos, passando de 50,4 pontos para 53,5 pontos.
O empresário também está mais propenso a investir. Em agosto, o índice que mede a intenção de investimento subiu 4,3 pp, chegando a 51,0 pontos. Com isso, o índice acumula uma alta de 14,3 pontos ante abril e superou a média histórica de 49,4 pontos. Mas, ainda assim, ele está 3,1 pontos menor que o verificado em agosto de 2019.
Setores
A pesquisa mostra que essa melhora nos índices de produção, evolução do número de empregados e UCI indica um reaquecimento da produção e redução da ociosidade em quase todos os setores da indústria.
Segundo a Sondagem, os setores que apresentaram crescimento mais significativo foram: Borracha, Plástico, Têxteis, Equipamentos de informática e produtos eletrônicos, Veículos automotores, Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, Celulose, papel e produtos de papel, Móveis, Metalurgia e Químicos, todos com índice de evolução da produção acima dos 60 pontos.
Por outro lado, os setores que apresentaram reduções na produção, com índices abaixo dos 50 pontos, foram: Impressão e reprodução de gravações, Vestuário e acessórios, Produtos diversos e Manutenção, reparação e instalação de máquinas e Equipamentos.
A Sondagem foi feita entre os dias 3 e 13 de agosto, com 1.890 empresas.
Quem foi Ratan Tata, magnata morto aos 86 anos que liderou o maior conglomerado empresarial da Índia
À frente do grupo, Tata foi responsável por transformá-lo em um império global por meio de uma série de negócios de destaque, como as aquisições da Jaguar e da Land Rover
Novo título de renda fixa com isenção de IR e os rumores sobre a venda bilionária de ações da JBS (JBSS3) pelo BNDES: os destaques do Seu Dinheiro na semana
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a nova renda fixa pode ser disponibilizada no mercado em breve; veja as matérias mais lidas da última semana
Braskem (BRKM5): governo vai aumentar a tarifa de importação para 20% em produtos químicos — e por que isso é uma boa notícia para a petroquímica
A medida, aprovada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), terá vigência de um ano; indústria reclamava de concorrência desleal da China
Samsung planeja cortar 30% da força de trabalho pelo mundo, diz agência; ações caem ao menor nível em 16 meses
Empresa passa por ajustes internos, mas confidenciais; demissões podem afetar unidades em quase todo o mundo, exceto na Coreia do Sul
Brasil tem PIB Tim Maia no segundo trimestre (mais consumo, mais investimentos, ‘mais tudo’) — mas dá o argumento que faltava para Campos Neto subir os juros
PIB do Brasil cresceu 1,4% em relação ao primeiro trimestre com avanço em praticamente todas as áreas; na comparação anual, a alta foi de 3,3% e deve estimular revisão de projeções
Atividade aquecida: Produção de carros impulsiona indústria em julho — que registra melhor desempenho desde 2020
O crescimento de 4,1% do setor na passagem de maio para junho ficou bem acima da mediana das estimativas dos analistas
Paulo Guedes tem um sopro de esperança para o Brasil
Ex-ministro da Economia explica por que acredita que o mundo vai voltar os olhos para o país
Lula sanciona criação de título de renda fixa isento de IR para pessoa física para estimular indústria
O projeto apresentado pelo governo federal que institui a LCD foi aprovado neste ano pelo Congresso Nacional
Fusão nos EUA: ConocoPhillips acerta a compra da Marathon Oil por US$ 17,5 bilhões
Valor da operação representa um ágio de quase 15% sobre a cotação de fechamento de ontem da Marathon
Perfumes de luxo de L’Oréal e Estée Lauder estão ligados ao trabalho infantil no Egito, mostra investigação da BBC
Reportagem descobriu que colheita do jasmim utilizado em fragrâncias das marcas Lancôme e Aerin Beauty tem participação de menores; empresas dizem ter tolerância zero com trabalho infantil
Weg (WEGE3) vê lucro crescer no 1T24, mas um indicador acende o sinal amarelo entre os analistas
A margem Ebitda ficou em 22% surpreendeu os analistas do JP Morgan, 10 pontos-base maior do que no primeiro trimestre de 2023
Embraer (EMBR3) estuda desenvolver aeronave para competir com os sucessores do 737 MAX da Boeing e do A320 da Airbus, diz WSJ
Em meio à crise da concorrente americana com a sua linha 737 MAX, a Embraer pode aproveitar para adentrar um novo segmento, o de grandes jatos da aviação comercial, desafiando um duopólio de quase 30 anos
O que a queda do lucro da indústria da China pode significar para o mundo neste momento? Exportação de carros elétricos preocupa EUA e Europa
No acumulado do trimestre, o lucro cresceu 4,3%, para US$ 208 bilhões, o que representa uma desaceleração em relação à recuperação após a pior fase da pandemia de covid-19
Brasil retoma autossuficiência de alumínio e produção avança 24% em 2023; ainda existe espaço no mercado?
A recuperação na oferta acontece, principalmente, devido ao religamento do complexo industrial da Alumar, no Maranhão
Uma notícia boa, duas ruins e uma ruim que pode ser boa sobre o PIB do Brasil em 2023
PIB cresceu 2,9% no acumulado do ano passado; já na comparação trimestral, a economia brasileira ficou no zero a zero
Por que o Brasil cresceu pouco nas últimas décadas? Geraldo Alckmin tem uma resposta — e uma receita para reverter esse cenário
Participação do PIB do Brasil na economia mundial vem caindo e deve alcançar apenas 2,3% em 2024, segundo FMI
Por que a Weg (WEGE3) é a maior ganhadora da nova política industrial de Lula
Relatório da XP Investimentos aponta a Weg como a maior beneficiária do Nova Indústria Brasil entre as empresas listadas em bolsa
Lula lança plano de R$ 300 bilhões para a indústria — mas isso não é o suficiente, segundo entidades; veja os detalhes da nova política industrial
O governo lançou hoje a nova política industrial, que norteará esforços para o desenvolvimento nacional até 2033
Com venda “inesperada” de ativos, Gerdau (GGBR4) abre espaço para pagar mais dividendos, diz BTG
O valor da operação é da ordem de US$ 325 milhões, um desinvestimento bastante significativo, de aproximadamente 4,5% do valor de mercado da siderúrgica
Hegemonia do Polo se manteve e vendas de veículos sobem quase 10% em 2023; veja modelos dos carros mais vendidos
Na comparação com o mesmo período de 2022, a alta foi de 14,6%; frente a novembro, houve crescimento de 16,9% nos emplacamentos