Serviços crescem 2,6% em julho ante junho, mas caem 12% na comparação anual
Em 12 meses, os serviços acumulam queda de 4,5%, segundo o IBGE. A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 1,4% em julho ante junho

O volume de serviços prestados subiu 2,6% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No mês anterior, o resultado do indicador foi revisto de uma alta de 5% para um avanço de 5,2%. Na comparação com julho do ano anterior, houve redução de 11,9% no volume de serviços prestados, já descontado o efeito da inflação.
A taxa acumulada no ano foi de redução de 8,9%. Em 12 meses, os serviços acumulam queda de 4,5%, segundo o IBGE. A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 1,4% em julho ante junho. Na comparação com julho de 2019, houve recuo de 12,8% na receita nominal.
Perdas no ano
“O avanço de 2,6% não foi suficiente para eliminar as perdas observadas entre fevereiro e maio. Vale destacar que o efeito da pandemia propriamente dito ocorreu entre março e maio. O resultado negativo de fevereiro ainda não era decorrente das medidas de isolamento social e sim uma acomodação do setor de serviços frente ao avanço do final de 2019. As perdas da pandemia entre março e maio somam 19,8%”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Ele esclarece que, diferentemente da indústria e do comércio que vêm apresentando uma recuperação mais rápida, o setor de serviços devido à heterogeneidade ou ao peso de 70% que representa na economia – no caso das atividades investigadas na pesquisa, cerca de 30% do PIB – tem apresentado uma recuperação mais lenta, sobretudo nas atividades que envolvem atendimento presencial.
Setor de informação e comunicação
A expansão do volume de serviços verificou-se em quatro das cinco atividades analisadas, com destaque para os avanços em serviços de informação e comunicação (2,2%) e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,3%).
Leia Também
O primeiro acumula um ganho de 6,3% nos últimos dois meses, mas ainda sem eliminar as perdas de 9,2% observadas nos cinco primeiros meses do ano. Já transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio cresceu 14,4% entre maio e julho depois de recuar 25,2% no período março-abril.
Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (2,0%), acumulando ganho de 4,0% nos últimos dois meses depois de recuar 17,4% entre fevereiro e maio; e de outros serviços (3,0%), que recupera parte da perda acumulada entre março e maio (-11,8%) ao avançar 10,5% no período junho-julho de 2020. O único resultado negativo em julho de 2020 foi em serviços prestados às famílias (-3,9%), depois de crescer 12,2% entre maio e junho.
“O setor de tecnologia da informação é o mais dinâmico e resiliente entre as atividades de serviços; mesmo nos momentos de crise, como a greve dos caminhoneiros, a crise de 2016/2017 e a de 2008, o setor tem mostrado capacidade de se recuperar muito rápido. Em relação à pandemia, não está entre os setores mais impactados como aqueles que dependem de atendimento presencial, a exemplo dos serviços prestados às famílias por hotéis e restaurantes. O avanço do setor foi puxado pelas atividades de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na internet, que têm receitas de publicidade; e também pelos aplicativos e plataformas de videoconferência, que tiveram um ganho adicional durante a pandemia”, analisa Lobo.
Já na alta de 2,3% na atividade de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, o destaque é transporte rodoviário de carga, devido às demandas de logística. “Seja para atender os setores industrial ou de comércio para o transporte de mercadorias ou o de agronegócio, no transporte de grãos, o transporte rodoviário é o principal modal de deslocamento de produtos pelo país”, acrescenta o gerente da pesquisa.
Não se esqueça: Ibovespa tenta reação em dia de IPCA-15 e reunião ministerial para discutir inflação dos alimentos
IBGE divulga hoje a prévia da inflação de janeiro; em Brasília, Lula reúne ministros para discutir alta dos preços dos alimentos
Uma cartinha para Haddad e Tebet: a herança de Campos Neto para Galípolo com o IPCA de 2024 fora da meta
IPCA acumulado em 2024 fechou em 4,83%, abaixo do que se esperava, mas acima do teto da meta de inflação estipulada pelo CMN
4 pontos que ajudaram o PIB brasileiro a bombar (de novo) no terceiro trimestre, apesar da decepção com o agro
Crescimento do PIB do Brasil atingiu os 4% no terceiro trimestre de 2024, mas juros em alta tendem a provocar desaceleração em um futuro próximo
Nunca é tarde para diversificar: Ibovespa continua à espera de pacote em dia de revisão de PIB e PCE nos EUA
Haddad pretende começar hoje a apresentação do pacote fiscal do governo aos líderes do Congresso Nacional
Está mais caro comer fora ou em casa? Alimentação faz IPCA-15 estourar o teto da meta de inflação em novembro
Alimentação e bebidas representaram quase a metade da alta da inflação na passagem de outubro para novembro, de acordo com os números divulgados hoje pelo IBGE
Carne com tomate no forno elétrico: o que levou o IPCA estourar a meta de inflação às vésperas da saída de Campos Neto
Inflação acelera tanto na leitura mensal quanto no acumulado em 12 meses até outubro e mantém pressão sobre o BC por mais juros
Campos Neto tem razão? IPCA-15 encosta no teto e reforça apostas de que BC vai acelerar alta da Selic para conter inflação
IPCA-15 acelera em outubro e vai a 4,47% no acumulado em 12 meses; prévia da inflação foi puxada por alta dos gastos com habitação e alimentação
Quanto o brasileiro gasta com as bets? O IBGE vai descobrir em sua próxima pesquisa
Nova edição da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada pelo IBGE vai medir o peso das bets nos gastos do brasileiro
A boa e a má notícia da inflação nas últimas semanas antes de Galípolo suceder Campos Neto à frente do Banco Central
IPCA saiu de deflação de 0,02% em agosto para uma inflação de 0,44% em setembro, ligeiramente abaixo das projeções dos analistas
Campos Neto não curtiu? Desemprego atinge o menor nível para agosto — mas parte dos economistas acha isso ‘ruim’
Além da queda da taxa de desemprego próxima de uma situação de pleno emprego, o rendimento real dos trabalhadores cresceu
Um rolê no parquinho da bolsa: Ibovespa tenta reduzir perda acumulada em setembro em dia de Pnad e Caged, além de PCE nos EUA
A dois pregões do fim do mês, Ibovespa acumula queda de 2,2% em setembro, mas ainda pode voltar para o alto da roda gigante
Brasil tem PIB Tim Maia no segundo trimestre (mais consumo, mais investimentos, ‘mais tudo’) — mas dá o argumento que faltava para Campos Neto subir os juros
PIB do Brasil cresceu 1,4% em relação ao primeiro trimestre com avanço em praticamente todas as áreas; na comparação anual, a alta foi de 3,3% e deve estimular revisão de projeções
Entre dragões de gelo e fogo: Ibovespa inicia semana de olho em dados de inflação e emprego e juras sobre juros
Indicadores de inflação e mercado de trabalho no Brasil e nos EUA ajudam investidores a calibrar perspectivas para os juros
A banca (quase) sempre ganha: Brasileiro perde 35% do que gasta nas bets
Dados sobre mercado brasileiro de apostas online constam de relatório do Itaú que tentava analisar impacto das bets sobre o varejo
Atividade aquecida: Produção de carros impulsiona indústria em julho — que registra melhor desempenho desde 2020
O crescimento de 4,1% do setor na passagem de maio para junho ficou bem acima da mediana das estimativas dos analistas
Paulo Guedes tem um sopro de esperança para o Brasil
Ex-ministro da Economia explica por que acredita que o mundo vai voltar os olhos para o país
Inflação mais fraca em junho tira pressão do dólar e dos DIs, mas ainda não afeta projeções para Selic
IPCA mensal desacelerou de 0,46% para 0,21% na passagem de maio para junho; analistas esperavam inflação de 0,32%
Na véspera da divulgação do PIB do 1T24, mercado eleva projeções para a Selic e a inflação
Boletim Focus prevê que a taxa de juros feche 2024 em 10,25%; para IPCA, estimativa é de 3,88%.
Motoristas e entregadores de aplicativo ganham menos e trabalham mais, aponta Ipea
Entre 2012 e 2015, os motoristas tinham rendimento médio mensal de R$ 3.100. Em 2022, o valor auferido era inferior a R$ 2.400, uma queda de 22,5%
Desemprego atinge o nível mais baixo em quase dez anos; confira os detalhes do último levantamento do IBGE
Taxa de desemprego fechou o trimestre até dezembro de 2023 em 7,4%; taxa de subutilização também diminuiu