No pior cenário, PIB do Brasil cresce 0,7% em 2020, diz UBS
Banco suíço considera situação em que os efeitos do coronavírus perdurem ao longo do terceiro trimestre; estimativa oficial é de um avanço de 1,3% da economia brasileira
A economia brasileira pode crescer 0,7% em 2020, caso a crise do coronavírus perdure no terceiro trimestre deste ano. A avaliação é dos economistas do UBS, Tony Volpon e Fabio Ramos. A projeção oficial do banco é de uma alta de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, considerando um cenário em que a demanda logo se normalize.
A estimativa de 1,3% considera que a maior parte do impacto para o Brasil da desaceleração da China hoje seria no segundo trimestre. Mas a recuperação do país asiático no segundo trimestre deve beneficiar a economia brasileira no terceiro. Com a retomada do ritmo, o banco projeta um avanço de 3,2% do PIB em 2021.
Os economistas explicam que, para a estimativa, veem uma estabilização das taxas de infecções em uma janela de quatro a seis semanas. "Consideramos a atual interrupção da cadeia de suprimentos observada na China, Coreia, Itália e Japão. Mas assumimos normalização substancial do lado da oferta chinesa até o final deste mês", dizem.
Para os especialistas, ao contrário da crise de 2008, a baixa de agora não é sincronizada: começou na China e deve se alastrar para outras regiões do mundo. Segundo dados desta terça-feira do Ministério da Saúde, o Brasil tem 34 casos confirmados do coronavírus. Na China, até o mesmo dia eram mais de 80 mil pessoas infectadas.
No último dia 2, Volpon, do UBS, avaliou em entrevista ao Seu Dinheiro que o coronavírus também poderia levar o Banco Central do Brasil a cortar a taxa básica de juros logo na próxima reunião do Copom — em janeiro, a autoridade monetária havia sinalizado que o ciclo de redução da Selic chegara ao fim.
Nesta quarta-feira, a estimativa do UBS para a Selic foi atualizada para 3,5%, de 4,0% anteriormente. No cenário pessimista, chegaria a 3,0%. Hoje a taxa básica de juros está em 4,25%. O dólar, ainda segundo o UBS, deve chegar a R$ 4,50 neste ano.
Leia Também
Revisões em série
A projeção para o PIB divulgada pelo UBS nesta quarta-feira se soma às revisões que instituições financeiras têm feito desde o início do mês por causa dos impactos do coronavírus. Itaú, Goldman Sachs e Safra, por exemplo, disseram que estimam um avanço da economia brasileira menor do que 2% em 2020.
Para a edição da segunda-feira (9) do Focus — publicação do Banco Central que reúne estimativas do mercado para os principais indicadores do país — o Brasil deve crescer 1,99% em 2020.
Nesta quarta-feira (11), o Ministério da Economia reduziu de 2,4% para 2,1% a projeção para alta do PIB neste ano. Em nota, a secretária ligada à pasta afirmou que os impactos do coronavírus são a redução das exportações, a queda nos preços internacionais de commodities e o aumento do valor de insumos importados.
Revisões do PIB de 2020 em março
- Itaú Unibanco: de 2,2% para 1,8%
- Moody's: de 2% para 1,8%
- Goldman Sachs de 2,2% para 1,5%
- Barclays: de 2,10% para 2,00%
- Banco Safra: de 2,10% para 1,90%
- Bradesco: de 2,5% para 2%
Agenda econômica: Payroll e PCE nos EUA dominam a semana em meio a temporada de balanços e dados Caged no Brasil
Os próximos dias ainda contam com a divulgação de vários relatórios de emprego nos EUA, PIB da zona do euro e decisão da política monetária do Japão
FMI eleva projeção de crescimento do Brasil neste ano, mas corta estimativa para 2025; veja os números
Projeções do FMI aparecem na atualização de outubro do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), divulgado hoje
Vale virar a chavinha? Em dia de agenda fraca, Ibovespa repercute PIB da China, balanços nos EUA e dirigentes do Fed
PIB da China veio melhor do que se esperava, assim como dados de vendas no varejo e produção industrial da segunda maior economia do mundo
Inteligência artificial pode alavancar crescimento global, mas não é bala de prata; veja o que mais deveria ser feito, segundo a diretora do FMI
Antecipando-se às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional na semana que vem, Kristalina Georgieva falou da necessidade de regular a IA, fazer reformas e ter cautela com a dívida pública
O que divide o brasileiro de verdade: Ibovespa reage a decisão de juros do BCE e dados dos EUA em dia de agenda fraca por aqui
Expectativa com o PIB da China e novas medidas contra crise imobiliária na segunda maior economia do mundo também mexem com mercados
O (mercado) brasileiro não tem um dia de sossego: Depois da alta da véspera, petróleo ameaça continuidade da recuperação do Ibovespa
Petróleo tem forte queda nos mercados internacionais, o que tende a pesar sobre as ações da Petrobras; investidores aguardam relatório de produção da Vale
Brasil com grau de investimento, mais uma revisão positiva do PIB e inflação dentro da meta? Tudo isso é possível, segundo Haddad
O ministro da Fazenda admitiu em evento nesta segunda-feira (14) que o governo pode revisar mais uma vez neste ano a projeção para o Produto Interno Bruto de 2024
Harmonia com Haddad, meta de inflação e desafios do BC: as primeiras declarações públicas de Gabriel Galípolo como sucessor de Campos Neto
Galípolo, que teve seu nome aprovado pelo Senado Federal na semana passada para assumir o Banco Central, participou do Itaú BBA Macro Vision
O que a Opep prevê para o PIB e a produção de petróleo no Brasil
Opep mantém projeções otimistas para o país, mas alerta para alguns gatilhos negativos, como inflação e aumento nos custos da produção offshore
Sinais de mais estímulos à economia animam bolsas da China, mas índices internacionais oscilam de olho nos balanços
Enquanto isso, os investidores aguardam o relatório de produção da Vale (VALE3) enquanto a sede da B3, a cidade de São Paulo, segue no escuro
Agenda econômica: Prévia do PIB no Brasil divide holofotes com decisão de juros do BCE e início da temporada de balanços nos EUA
A agenda econômica desta semana ainda conta com relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e PIB da China
Se fosse um país, esta gestora seria a 3ª maior economia do mundo
Com US$ 11 trilhões de ativos sob gestão, empresa só ficaria atrás do PIB dos Estados Unidos e da China
Uma semana de ouro: Depois de salto das bolsas da China, investidores miram dados de emprego nos EUA em dia de agenda fraca no Brasil
Ibovespa acumulou queda de pouco mais de 3% em setembro, mas agenda fraca por aqui tende a deixar a bolsa brasileira a reboque de Wall Street
Lula fala em PIB de 3,5% neste ano, mas ainda não vê “espetáculo do crescimento”
O presidente deu a projeção para o desempenho da economia nesta tarde, em evento empresarial que acontece no México
Agenda econômica: Feriado na China drena liquidez em semana de payroll e dados de atividade das principais economias do mundo
Além dos dados de atividade, os discursos de autoridades monetárias prometem movimentar os mercados financeiros nos próximos dias
Vale (VALE3) leva a melhor no cabo de guerra com a Petrobras (PETR4) e ajuda Ibovespa a fechar em alta; dólar recua a R$ 5,4447
No mercado de câmbio, o dólar à vista opera em queda, mas longe das mínimas do dia
Felipe Miranda: O Fim do Brasil não é o fim da História – e isso é uma má notícia
Ao pensar sobre nosso país, tenho a sensação de que caminhamos para trás. Feitos 10 anos do Fim do Brasil, não aprendemos nada com os erros do passado
Fazenda atualiza estimativas e eleva previsão para inflação em 2024; veja quais são os ‘vilões’ do IPCA
Segundo o boletim macrofiscal, a expectativa da Fazenda é de que a inflação volte a cair no acumulado em doze meses após outubro
O tamanho que importa: Ibovespa acompanha prévia do PIB do Brasil, enquanto mercados internacionais elevam expectativas para corte de juros nos EUA
O IBC-Br será divulgado às 9h e pode surpreender investidores locais; lá fora, o CME Group registrou aumento nas chances de um alívio maior nas taxas de juros norte-americanas
Itaú revisa projeção para Selic e agora vê juros a 12% em janeiro de 2025, mas espera dólar (um pouco) mais barato
Relatório do banco aponta ciclo de alta da Selic até atingir certa desaceleração da economia, podendo voltar a cair no final do ano que vem