Novo DPGE terá investimento a partir de R$ 1 milhão com garantia do FGC
Os investidores pessoas físicas poderão aplicar no chamado NDPGE, que terá prazo mínimo de vencimento de um ano, segundo João Manoel Pinho de Mello, diretor do BC
Dentro do “arsenal” de medidas anunciadas nesta manhã para conter a crise provocada pelo coronavírus, o Banco Central trouxe de volta do DPGE – Depósito a Prazo com Garantia Especial.
O novo DPGE permitirá aos bancos de pequeno e médio porte aumentarem a captação de recursos com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Ao contrário da primeira versão, restrita a investidores institucionais, as pessoas físicas poderão aplicar no chamado NDPGE, segundo João Manoel Pinho de Mello, diretor de organização do sistema financeiro e de resolução do BC. Mas o investimento mínimo será de R$ 1 milhão, com prazo mínimo de vencimento de um ano.
O valor máximo da cobertura é de R$ 20 milhões, mas o FGC está revisando esse valor, de acordo com o diretor. A expectativa é que a captação de recursos com o novo DPGE permita a expansão de crédito em aproximadamente R$ 200 bilhões.
Para efeito de comparação, o investidor que aplica em títulos como certificados de depósito bancário (CDB), letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) possui hoje cobertura do FGC até R$ 250 mil por instituição financeira, e limitada a R$ 1 milhão.
Assim como ocorreu na crise de 2008, o novo DPGE será provisório. Os bancos poderão aumentar a captação com garantia do fundo garantidor até o valor de seu patrimônio líquido, limitado a R$ 2 bilhões. Esse limite vai diminuindo em fases até o instrumento acabar em 31 de dezembro de 2021.
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“Sistema sólido”
O diretor do BC afirmou que não há sinais de problemas com os bancos pequenos e médios hoje. “O sistema está sólido e capitalizado em todos os segmentos”, afirmou, durante a entrevista coletiva virtual promovida nesta manhã. Qualquer instituição financeira associada ao FGC poderá emitir o NDPGE.
O objetivo da medida é dar acesso a recursos mais baratos às instituições financeiras no momento em que a liquidez pode apertar, segundo Mello. Ao mesmo tempo, permitirá aos investidores acesso à cobertura do FGC com valores maiores, afirmou o diretor.
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