Itaú prevê queda de 0,7% do PIB em 2020 e dólar a R$ 4,60
Cenário-base agora incorpora um choque externo em razão da pandemia de coronavírus, após a economia já ter começado o ano em ritmo de aceleração gradual, disse o Itaú
O Itaú Unibanco cortou suas projeções para PIB do Brasil em 2020, de alta de 1,8% para contração de 0,7%, de acordo com a apresentação do banco.
O cenário-base do Itaú agora incorpora um choque externo — que representa 75% do choque experienciado pela China — em razão da pandemia de coronavírus, após a economia brasileira já ter começado o ano em um ritmo de aceleração gradual, disse o Itaú.
Dependendo da intensidade da parada da economia com as medidas para conter a epidemia, o PIB brasileiro poderá crescer de 0,2% (com 50% do choque sofrido pela economia chinesa) ou cair 1,6% (com 100% do choque da China).
Para o primeiro trimestre do ano, o banco espera avanço de 0,3% no PIB na comparação trimestral.
"Impacto mais severo da epidemia e do isolamento social na economia ocorrerá no segundo trimestre", disse Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú.
Na comparação trimestral, para o segundo trimestre a expectativa é de queda de 9,6% no PIB. No terceiro, deverá haver alta de 11,9%, e no quarto, alta de 0,6%.
Leia Também
Segundo Mesquita, a crise do coronavírus tem um pico acentuado de influência negativa na atividade econômica, mas, assim que as medidas de distanciamento social e isolamento acabarem, havendo a redução da curva de contágio, a economia deve voltar a funcionar normalmente.
"Em uma analogia, é semelhante à queda da produção mineral do Brasil após a tragédia de Brumadinho, que depois voltou a funcionar", afirmou. "A crise é severa, mas temporária."
Para 2021, a previsão do banco é de avanço de 5,5% do PIB brasileiro refletindo efeito estatístico de comparação em relação à depressão do resultado deste ano. "Não é para se animar", afirmou Mesquita.
O dólar, enquanto isso, deverá encerrar o ano cotado a R$ 4,60, segundo as projeções da casa. A expectativa anterior era de que a moeda terminasse 2020 no nível de R$ 4,15. Após o impacto do coronavírus se dissipar, o dólar deve se depreciar, saindo do patamar em que se encontra atualmente.
Para responder às consequências da crise, haverá expansão fiscal dos governos, que terão participação mais relevante na recuperação econômica neste momento do que o setor privado.
"Gasto público terá mais importância, na margem", disse ele, citando que Congresso e governo deverão trabalhar com créditos extraordinários para lidar com a crise. O economista defendeu a manutenção do teto de gastos, que, segundo ele, garante os juros nos níveis atuais. O déficit primário, de qualquer forma, deverá ser relaxado para administrar a crise, disse ele.
Juros
A previsão do Itaú agora é de que o Banco Central cortará a Selic para 3,25% ao ano (a.a.), mas não necessariamente na próxima reunião do Copom, em maio. A taxa deve terminar o ano nesse patamar, segundo o banco, que antes previa a Selic a 3,75% a.a. "A partir do começo do ano que vem, BC pode começar a retirar esses estímulos", afirmou Mesquita.
Efeito do coronavírus na inflação, elevando o dólar, seria inflacionário, mas a queda do preço petróleo diminui a pressão sobre a taxa, disse Mesquita. O banco espera agora uma inflação, medida pelo IPCA, de 2,9% neste ano, menor que a de 3,3% prevista anteriormente.
Para o Itaú, o Federal Reserve tem sido ágil para mitigar as crises financeiras deste tipo ao controlar a taxa de juros americana e articular com outros bancos centrais uma resposta de larga escala. Ainda assim, o Itaú vê riscos de crise de uma crédito, que poderia transformar a crise transitória em permanente.
Do ponto de vista positivo, as empresas brasileiras não estão alavancadas e possuem menor exposição a derivativos cambiais, como ocorreu durante a crise financeira em 2008 e 2009, disse Mesquita.
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Tesouro IPCA+ é imbatível no longo prazo e supera a taxa Selic, diz Inter; título emitido há 20 anos rendeu 1.337%
Apesar de volatilidade no curto prazo, em janelas de tempo maiores, título indexado à inflação é bem mais rentável que a taxa básica
Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma
As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.
China de olho na artilharia de Trump: conselheiros de Xi Jinping defendem crescimento de 5% para 2025, mas querem calibre maior de estímulos
Fontes de dentro do governo chinês ouvidas pela Reuters mostram divisão sobre a meta de expansão da segunda maior economia do mundo no ano que vem; uma decisão só será tomada em março
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
Governo da China expulsa ex-chefe do projeto do yuan digital sob alegações de corrupção
Yao Qian é acusado de receber subornos em criptomoedas, bens de luxo e propriedades, além de realizar empréstimos ilegais enquanto ocupava cargo público
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias