Após dois meses seguidos de deflação, IPCA tem alta de 0,26% em junho
Número é abaixo do esperado pelo mercado; com os dados de junho, a inflação acumula alta de 0,10% no ano e de 2,13% em 12 meses
Após dois meses seguidos de deflação, os preços no país voltaram a subir e registraram alta de 0,26% em junho, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, do Grupo Estado, apontavam que o indicador chegaria a 0,30%. Com os dados de junho, o IPCA acumula alta de 0,10% no ano e de 2,13% em 12 meses. A expectativa do mercado financeiro é que o índice feche o ano em alta de 1,63%, segundo edição mais recente do boletim Focus.
De acordo com o IBGE, entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta no mês.
Transportes foi a segunda maior contribuição (0,06 p.p.), com preços que subiram 0,31%, mas que vinham de quatro meses consecutivos de queda. Segundo Pedro Kislanov, gerente da pesquisa do IBGE, houve uma alta nos preços dos combustíveis que chegou nas bombas e impactou o consumidor final.
Etanol (5,74%), o gás veicular (1,01%) e o óleo diesel (0,04%) registraram alta, levando o preço dos combustíveis a subir 3,37%, frente à variação de -4,56% registrada em maio.
Entre as quedas do grupo de Transportes, os destaques foram as passagens aéreas (-26,01%), que apresentaram variação similar à observada em maio (-27,14%) e contribuíram com o maior impacto individual negativo no IPCA de junho (-0,11 p.p.).
Leia Também
Paulo Guedes tem um sopro de esperança para o Brasil
O item transporte por aplicativo, após alta de 5,01% em maio, registrou -13,95% de variação, ainda segundo o IBGE.
O resultado do subitem metrô (1,43%) reflete o reajuste de 8,70% nas passagens do Rio de Janeiro (5,22%), vigente desde 11 de junho, enquanto a queda no subitem táxi (-0,35%), por sua vez, decorre do cancelamento, a partir de 22 de maio, do reajuste ocorrido no Rio de Janeiro (-1,64%) em janeiro.
Alimentos voltam a subir
O grupo com maior impacto do resultado do IPCA de junho foi Alimentação e bebidas (0,38%), que aumentou em relação ao resultado de maio (0,24%). Este conjunto de itens, no entanto, já vinha de uma sequência de alta, que está em parte ligada à demanda elevada durante a pandemia do Covid-19.
“As medidas de isolamento social, que fizeram as pessoas cozinharem mais em casa, por exemplo, ainda estão em vigor em boa parte do país. Isso gera um efeito de demanda e mantém os preços em patamar mais elevado”, diz Kislanov.
Um exemplo é o item alimentos para consumo no domicílio, que passou de 0,33% em maio para 0,45% em junho, influenciado principalmente pela alta nos preços das carnes (1,19%) e do leite longa vida (2,33%).
Outros itens importantes na cesta de consumo das famílias, como o arroz (2,74%), o feijão-carioca (4,96%) e o queijo (2,48%) também registraram alta. Entre as quedas do grupo, os destaques foram o tomate (-15,04%) e a cenoura (-8,88%), cujos preços já haviam recuado em maio (-7,34% e -14,95%, respectivamente).
Ainda neste grupo, destaca-se também a alimentação fora do domicílio, que acelerou na passagem de maio (0,04%) para junho (0,22%), especialmente por conta do item lanche (1,01%). A refeição (-0,07%), por sua vez, apresentou queda menos intensa na comparação com maio (-0,34%).
Já o grupo que registrou a maior variação positiva no IPCA de junho foi Artigos de residência (1,30%), em função da alta dos eletrodomésticos e equipamentos (2,92%) e dos artigos de tv, som e informática (3,80%). “O dólar alto pressiona os preços desses produtos”, diz o gerente da pesquisa.
Neste grupo, os itens de mobiliário (-1,33%) seguem em queda, embora a variação tenha sido menos intensa que a observada em maio (-3,17%).
O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,35%) também apresentou alta relevante para o IPCA de junho. No lado das quedas, destaca-se a variação de Vestuário (-0,46%), que contribuiu com -0,02 p.p. no índice de junho. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,05% ocorrida em Despesas pessoais e a alta de 0,75% registrada no setor de Comunicação.
Em relação aos índices regionais, quatro das 16 áreas pesquisadas apresentaram deflação em junho, sendo o menor índice para o município de São Luís (-0,35%) e o maior registrado na região metropolitana de Curitiba (0,80%).
Por causa do quadro de emergência de saúde pública causado pela Covid-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços nos locais de compra.
A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas realizadas em sites de internet, por telefone ou por e-mail. Para o cálculo do índice do mês de junho, foram comparados os preços coletados no período 29 de maio a 30 de junho de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de abril a 28 de maio de 2020 (base).
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem mais de 1% com medo da recessão global enquanto Ibovespa aguarda inflação
Recessão deve ser tema do encontro de hoje dos representantes do FMI com os dirigentes do Banco Mundial
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais aguardam payroll e Ibovespa mira dados do varejo hoje
Os investidores locais ainda aguardam a participação de Roberto Campos Neto em evento fechado à imprensa pela manhã
Esquenta dos mercados: Eleições pressionam Ibovespa enquanto bolsas no exterior aguardam ata do BCE e dados de emprego nos EUA
Os investidores aguardam os números de emprego nos Estados Unidos antes do payroll de sexta-feira
Esquenta dos mercados: Ibovespa acompanha corrida eleitoral enquanto bolsas no exterior realizam lucro antes da reunião da Opep+
Os investidores aguardam os números de emprego nos Estados Unidos antes do payroll de sexta-feira
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais estendem rali de alívio e Ibovespa reage às eleições mais um dia
Os investidores acompanham as falas de representantes de Bancos Centrais hoje; Christine Lagarde e Janet Yellen, secretária de Tesouro dos EUA são destaque
Esquenta dos mercados: Ibovespa digere eleição e nova configuração do Congresso; bolsas no exterior recuam à espera dos dados da semana
Os dados de emprego dos Estados Unidos dominam a semana enquanto os investidores acompanham reunião da Opep+
Esquenta dos mercados: Ibovespa digere debate quente da Globo, mas deve embarcar na alta das bolsas internacionais hoje
O índice de inflação dos Estados Unidos é o número mais importante do dia e pode azedar a alta das bolsas nesta manhã
Esquenta dos mercados: Bolsas lá fora ampliam cautela enquanto Ibovespa aguarda debate e relatório da inflação do BC hoje
O medo do exterior pressiona as bolsas por mais um dia: a perspectiva de um aperto monetário maior e mais longo injeta aversão ao risco nos investidores
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem antes de falas de Jerome Powell e dirigentes do Fed; Ibovespa acompanha Campos Neto e Guedes hoje
Por aqui, a última rodada da pesquisa Genial/Quaest antes do primeiro turno das eleições presidenciais mostra chances de que Lula ganhe no primeiro turno
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam emplacar alta com busca por pechinchas; Ibovespa acompanha ata do Copom hoje
A prévia da inflação brasileira será divulgada na terça-feira e o IPCA-15 deve registrar deflação mais uma vez
Esquenta dos mercados: Semana das bolsas internacionais começa no vermelho com cautela global; Ibovespa acompanha reta final das eleições
A prévia da inflação brasileira será divulgada na terça-feira, enquanto o PCE, índice cheio dos EUA, é a bola da vez na sexta-feira
Esquenta dos mercados: Investidores recolhem os cacos da Super Quarta com bolsas internacionais em queda; Ibovespa reage ao Datafolha
Os investidores reagem hoje aos PMIs de grandes economias, como Zona do Euro, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem em ajuste após Fed apertar os juros; com Selic estável, Ibovespa reage à comunicado do BC
Enquanto isso, os investidores aguardam as decisões de juros de outros bancos centrais, em uma Super Semana para as bolsas
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais aguardam decisões de juros da Super Quarta; Ibovespa acompanha eleições mais um dia
A decisão dos Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos são os dois grandes eventos do dia e você confere o que esperar deles aqui
Esquenta dos mercados: Ibovespa deve destoar do exterior com eleições no radar enquanto bolsas internacionais seguem no vermelho mais um dia
Os investidores aguardam a ‘Super Quarta’, com perspectiva de que os Bancos Centrais elevem os juros ainda mais
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais e criptomoedas recuam antes da Super Quarta; Ibovespa acompanha queda de commodities
Antes do dia da decisão dos Bancos Centrais dos EUA e do Brasil, os investidores adotam uma postura mais defensiva frente aos ativos de risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caminham para fechar semana no vermelho e Ibovespa acompanha queda
Os investidores aguardam a ‘Super Quarta’ na semana que vem, com perspectiva de que os Bancos Centrais elevem os juros ainda mais
Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB
As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional
Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo
Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão