IPCA-15 registra maior leitura para novembro desde 2015
Resultado representa uma desaceleração ante outubro, mas vem acima da mediana das expectativas dos analistas de mercado
A inflação deu sinais de desaceleração entre outubro e novembro, mas permanece em patamares historicamente elevados. A prévia do índice oficial de preços do País, o IPCA-15, ficou em 0,81% em novembro, maior leitura para o mês desde 2015 (0,85%). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou dentro do intervalo de estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam que a alta do IPCA-15 ficasse entre 0,63% e 0,86%. Mas o resultado superou a mediana, de 0,72%.
A taxa de novembro é 0,13 ponto percentual (p.p.) menor que a registrada em outubro (0,94%). No ano, o índice acumula alta de 3,13%, longe do centro da meta de inflação, de 4%.
Já o acumulado dos últimos 12 meses é de 4,22% contra 3,52% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. As projeções do mercado iam de avanço de 4,03% a 4,27%, com mediana de 4,12%.
Para o cálculo do IPCA-15, o IBGE coletou os preços apurados no período de 14 de outubro a 12 de novembro, que foram comparados com aqueles vigentes de 12 de setembro a 13 de outubro. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Alimentos, novamente
Os alimentos foram novamente os responsáveis pela maior parte da inflação do começo de novembro, segundo o IBGE. Com alta de 2,16%, o grupo teve uma influência positiva de 0,44 p.p. no IPCA-15 do período. No ano, o grupo acumula alta de 12,12%.
Leia Também
Um dos destaques do período analisado foram os preços dos alimentos para consumo no domicílio, que subiram 2,69%. Eles foram influenciados pela alta de itens importantes no consumo das famílias, como as carnes (4,89%), o arroz (8,29%) e a batata-inglesa, que passou de uma queda de 4,39% em outubro para alta de 33,37% em novembro.
Também tiveram valorização o tomate (19,89%) e o óleo de soja (14,85%). Entre as quedas, a principal foi a do leite longa vida (-3,81%).
O IBGE informou ainda que a alimentação fora do domicílio também contribuiu para a alta do IPCA-15 de novembro, acelerando de 0,54% em outubro para 0,87% em novembro, principalmente em função da alta do item lanche (1,92%). Já refeição variou (0,49%), menos que a alta de outubro (0,93%).
Outros segmentos e regiões
Apesar de ter registrado a maior alta no começo deste mês, o grupo de alimentos e bebidas não foi o único responsável pela aceleração do IPCA-15.
De acordo com o IBGE, todos os demais grupos apuraram inflação. Os outros destaques foram transportes (1%), artigos de residência (1,40%), habitação (0,34%) e vestuário (0,96%).
E todas as regiões do País apresentaram alta na prévia do índice. O menor resultado verificado na Região Metropolitana de Recife (0,31%), especialmente por conta da queda nos preços da gasolina (-1,37%); e o maior no município de Goiânia (1,26%), onde a alta de 3,25% na gasolina foi a principal responsável.
* Com informações da Estadão Conteúdo.
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
Azeite a peso de ouro: maior produtora do mundo diz que preços vão cair; saiba quando isso vai acontecer e quanto pode custar
A escassez de azeite de oliva, um alimento básico da dieta mediterrânea, empurrou o setor para o modo de crise, alimentou temores de insegurança alimentar e até mesmo provocou um aumento da criminalidade em supermercados na Europa
Está com pressa por quê? O recado do chefão do BC dos EUA sobre os juros que desanimou o mercado
As bolsas em Nova York aceleraram as perdas e, por aqui, o Ibovespa chegou a inverter o sinal e operar no vermelho depois das declarações de Jerome Powell; veja o que ele disse
A escalada sem fim da Selic: Campos Neto deixa pulga atrás da orelha sobre patamar dos juros; saiba tudo o que pensa o presidente do BC sobre esse e outros temas
As primeiras declarações públicas de RCN depois da divulgação da ata do Copom, na última terça-feira (12), dialogam com o teor do comunicado e do próprio resumo da reunião
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Voltado para a aposentadoria, Tesouro RendA+ chega a cair 30% em 2024; investidor deve fazer algo a respeito?
Quem comprou esses títulos públicos no Tesouro Direto pode até estar pensando no longo prazo, mas deve estar incomodado com o desempenho vermelho da carteira
A Argentina dos sonhos está (ainda) mais perto? Dólar dá uma trégua e inflação de outubro é a menor em três anos
Por lá, a taxa seguiu em desaceleração em outubro, chegando a 2,7% em base mensal — essa não é apenas a variação mais baixa até agora em 2024, mas também é o menor patamar desde novembro de 2021
Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado
Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo
Stuhlberger compra bitcoin (BTC) na véspera da eleição de Trump enquanto o lendário fundo Verde segue zerado na bolsa brasileira
O Verde se antecipou ao retorno do republicano à Casa Branca e construiu uma “pequena posição comprada” na maior criptomoeda do mundo antes das eleições norte-americanas
Em ritmo de festa: Ibovespa começa semana à espera da prévia do PIB; Wall Street amanhece em alta
Bolsas internacionais operam em alta e dão o tom dos mercados nesta segunda-feira; investidores nacionais calibram expectativas sobre um possível rali do Ibovespa
Agenda econômica: Prévia do PIB é destaque em semana com feriado no Brasil e inflação nos EUA
A agenda econômica da semana ainda conta com divulgação da ata da última reunião do Copom e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)
7% ao ano acima da inflação: 2 títulos públicos e 10 papéis isentos de IR para aproveitar o retorno gordo da renda fixa
Com a alta dos juros, taxas da renda fixa indexada à inflação estão em níveis historicamente elevados, e em títulos privados isentos de IR já chegam a ultrapassar os 7% ao ano + IPCA
Carne com tomate no forno elétrico: o que levou o IPCA estourar a meta de inflação às vésperas da saída de Campos Neto
Inflação acelera tanto na leitura mensal quanto no acumulado em 12 meses até outubro e mantém pressão sobre o BC por mais juros
Você quer 0 a 0 ou 1 a 1? Ibovespa repercute balanço da Petrobras enquanto investidores aguardam anúncio sobre cortes
Depois de cair 0,51% ontem, o Ibovespa voltou ao zero a zero em novembro; índice segue patinando em torno dos 130 mil pontos
O que comprar no Tesouro Direto agora? Inter indica títulos públicos para investir e destaca ‘a grande oportunidade’ nesse mercado hoje
Para o banco, taxas como as que estamos vendo atualmente só ocorrem em cenários de estresse, que não ocorrem a todo momento
Com Trump pedindo passagem, Fed reduz calibre do corte de juros para 0,25 pp — e Powell responde o que fará sob novo governo
A decisão acontece logo depois que o republicano, crítico ferrenho do banco central norte-americano, conseguiu uma vitória acachapante nas eleições norte-americanas — e na esteira de dados distorcidos do mercado de trabalho por furacões e greves
Jogando nas onze: Depois da vitória de Trump, Ibovespa reage a Copom, Fed e balanços, com destaque para a Petrobras
Investidores estão de olho não apenas no resultado trimestral da Petrobras, mas também em informações sobre os dividendos da empresa
Trump vai fazer os juros caírem na marra? Fed deve cortar a taxa hoje, mas vai precisar equilibrar pratos com a volta do republicano à Casa Branca
Futuro de Jerome Powell à frente do BC norte-americano está em jogo com o novo governo, por isso, ele deve enfrentar uma enxurrada de perguntas sobre a eleição na coletiva desta quinta-feira (7)
Campos Neto acelerou: Copom aumenta o ritmo de alta da Selic e eleva os juros para 11,25% ao ano
A decisão pelo novo patamar da taxa, que foi unânime, já era amplamente esperada pelo mercado