Guedes diz a estrangeiros que Brasil não vai transgredir teto de gastos
Ministro da Economia afirma também que governo vai retomar reformas estruturais e vai anunciar redução dos subsídios

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na manhã desta quarta-feira (9) a investidores estrangeiros que o governo federal está comprometido com o equilíbrio das contas públicas.
"De nenhuma forma vamos transgredir o teto de gastos", disse ele durante o evento virtual The Asia-Brazil Connection, organizado pelo Milken Institute, um think tank econômico americano com sede em Santa Monica, na Califórnia.
Segundo ele, o governo anunciará antes do fim do ano uma redução de subsídios "de forma generalizada". O ministro afirmou que a medida será um "forte sinal" para os investidores estrangeiros de que o Brasil está comprometido com o ajuste fiscal.
"Apenas dois dias atrás o presidente Bolsonaro deu outro sinal, anunciamos que os benefícios que ajudaram o Brasil a se recuperar, em uma recuperação em forma de V, serão removidos em 31 de dezembro", disse, em referência ao auxílio emergencial.
Mercado de trabalho e reformas
Guedes voltou a prometer que o País encerrará 2020 sem perder nenhum emprego. "A economia do Brasil está se recuperando muito fortemente", reforçou. De acordo com o ministro, o País lidou relativamente bem com a crise quando comparado aos pares emergentes.
Ao ser questionado por representantes de fundos soberanos sobre o retorno do investidor estrangeiro à Bolsa brasileira nos últimos dois meses, Guedes respondeu que isso é o "reconhecimento de nosso trabalho em implementar reformas".
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Neste sentido, Guedes afirmou que o País voltará às reformas estruturais assim que a economia se recuperar da crise gerada pela pandemia de covid-19. "O Brasil foi atingido pela pandemia quando estava implementando as reformas", comentou.
O ministro destacou ainda que o governo está promovendo uma desregulamentação do ambiente de investimentos em setores como petróleo e gás e eletricidade. "Sinalizamos para os investidores que não vamos aumentar impostos", acrescentou.
Acordo de Paris e Amazônia
O ministro da Economia também afirmou no evento virtual que o Brasil está comprometido com o Acordo de Paris e que a entrada do País na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) seria um sinal de compromisso com a pauta ambiental. "O futuro é verde e digital, todo mundo sabe disso no Brasil", declarou.
Em conversa com representantes de fundos soberanos de Cingapura e dos Emirados Árabes Unidos, Guedes disse que há um "mal-entendido" sobre o que está acontecendo na Amazônia. "É nosso território e vamos preservar", afirmou.
Ao falar da importância da entrada do Brasil na OCDE, o ministro disse que o País não se integrou às cadeias de valor globais e tem uma economia fechada. Para ele, ingressar na organização seria não só o reconhecimento da modernização do Brasil, mas também um estímulo para uma maior integração.
"Estamos muito à frente de vários países", disse, em referência aos pré-requisitos exigidos pela OCDE. Guedes ressaltou que o País pediu apoio aos Estados Unidos e também começou a conversar com a União Europeia.
* Com informações da Estadão Conteúdo
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