Mercado prevê tombo de 5,12% do PIB e Selic a 2,25% em 2020
Instituições continuam a diminuir as expectativas com a economia brasileira em meio à crise do coronavírus
Em meio à crise do novo coronavírus, o mercado financeiro reduziu mais uma vez as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB), taxa básica de juros e inflação, mas aumentou a projeção para o dólar em 2020.
Segundo o boletim Focus, do Banco Central, desta segunda-feira (18), a economia brasileira deve registrar uma contração de 5,12% neste ano. A projeção da semana passada era de uma queda de 4,11% do PIB. Para 2021, o mercado manteve a projeção de alta de 3,2%.
A expectativa para a taxa básica de juros foi reduzida de 2,5% para 2,25% neste ano, segundo o Focus, que reúne estimativas de mais de 100 instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Em 2021, o mercado espera que a Selic termine o ano a 3,5%.
O dólar deve continuar pressionado, na avaliação do mercado, que vê a moeda a R$ 5,28 em 2020. Para o ano seguinte, o Focus mostra a estimativa de dólar a R$ 5. Na sexta-feira (15), a divisa terminou o dia cotada a R$ 5,83.
A publicação do BC também apresenta mudança na estimativa para a inflação, que deve terminar o ano a 1,59%, ante expectativa de 1,76%. Para 2021, o mercado espera inflação a 3,2%.
Em abril, no primeiro mês em que todos os dias foram impactados pela pandemia, o Brasil registrou deflação de 0,31%, segundo o IPCA, acumulando uma alta de 2,4% em 12 meses.
Leia Também
Impactos da crise
A crise do coronavírus derrubou a oferta e a demanda a partir de meados de março, mas o país passou a conhecer o reflexo da pandemia sobre a economia nas últimas semanas, em meio a estimativas das instituições financeiras.
A produção industrial, por exemplo, caiu 9,1% em março, em comparação com o fevereiro, segundo o IBGE. O resultado foi o pior para o mês desde 2002. A queda foi de 3,8% em relação ao mesmo período de 2019, ainda conforme o instituto. O setor industrial acumula baixa de 1,7% no ano e de 1% em 12 meses.
Também em março, o volume de serviços no Brasil caiu 6,9%. Foi o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica, que começou em janeiro de 2011. O índice havia recuado 1,0% em fevereiro.
Em abril, a produção de veículos caiu 99,3%, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), na comparação é com o mesmo período do ano passado. As fábricas produziram 1,8 mil unidades no mês, o menor resultado para um mês desde o início da série histórica, em 1957.
Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado
Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo
Agenda econômica: Prévia do PIB é destaque em semana com feriado no Brasil e inflação nos EUA
A agenda econômica da semana ainda conta com divulgação da ata da última reunião do Copom e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)
Renda fixa apimentada: “Têm nomes que nem pagando CDI + 15% a gente quer”; gestora da Ibiuna comenta sobre risco de bolha em debêntures
No episódio da semana do podcast Touros e Ursos, Vivian Lee comenta sobre o mercado de crédito e onde estão os principais riscos e oportunidades
Selic sobe para 11,25% ao ano e analista aponta 8 ações para buscar lucros de até 87,5% ‘sem bancar o herói’
Analista aponta ações de qualidade, com resultados robustos e baixo nível de endividamento que ainda podem surpreender investidores com valorizações de até 87,5% mais dividendos
Carne com tomate no forno elétrico: o que levou o IPCA estourar a meta de inflação às vésperas da saída de Campos Neto
Inflação acelera tanto na leitura mensal quanto no acumulado em 12 meses até outubro e mantém pressão sobre o BC por mais juros
Você quer 0 a 0 ou 1 a 1? Ibovespa repercute balanço da Petrobras enquanto investidores aguardam anúncio sobre cortes
Depois de cair 0,51% ontem, o Ibovespa voltou ao zero a zero em novembro; índice segue patinando em torno dos 130 mil pontos
O que comprar no Tesouro Direto agora? Inter indica títulos públicos para investir e destaca ‘a grande oportunidade’ nesse mercado hoje
Para o banco, taxas como as que estamos vendo atualmente só ocorrem em cenários de estresse, que não ocorrem a todo momento
Jogando nas onze: Depois da vitória de Trump, Ibovespa reage a Copom, Fed e balanços, com destaque para a Petrobras
Investidores estão de olho não apenas no resultado trimestral da Petrobras, mas também em informações sobre os dividendos da empresa
Com Selic em 11,25%, renda fixa conservadora brilha: veja quanto passa a render R$ 100 mil na sua reserva de emergência
Copom aumentou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta (06), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas
Campos Neto acelerou: Copom aumenta o ritmo de alta da Selic e eleva os juros para 11,25% ao ano
A decisão pelo novo patamar da taxa, que foi unânime, já era amplamente esperada pelo mercado
É a economia, estúpido? Como Trump venceu Kamala mesmo com o PIB dos EUA bombando e o desemprego baixo
Percepção dos eleitores norte-americanos é de que a economia dos EUA não vai tão bem quanto alguns indicadores sugerem
Mais rápido do que se imaginava: Trump assegura vitória no Colégio Eleitoral e vai voltar à Casa Branca; Copom se prepara para subir os juros
Das bolsas ao bitcoin, ativos de risco sobem com confirmação da vitória de Trump nos EUA, que coloca pressão sobre o dólar e os juros
“O Banco Central tem poucas opções na mesa”: Luciano Sobral, da Neo, diz que Copom deve acelerar alta da Selic, mas mercado teme que BC perca o controle da inflação
Na visão de Sobral, o Copom deve elevar a Selic em 0,5 ponto percentual hoje, para 11,25% ano
Um rigoroso empate: Americanos vão às urnas para escolher entre Kamala Harris e Donald Trump antes de decisões de juros no Brasil e nos EUA
Dixville Notch é uma comunidade de apenas dez habitantes situada no interior de New Hampshire, quase na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá. A cada quatro anos, o povoado ganha holofotes por ser o primeiro a votar nas eleições presidenciais norte-americanas. Os moradores se reúnem à meia-noite, a urna é aberta, os eleitores votam […]
“Campos Neto está certo”: André Esteves, do BTG Pactual, diz que mercado está mais pessimista com o fiscal do que fundamentos sugerem
Para o chairman do banco de investimentos, o mercado está “ressabiado” após a perda de credibilidade do governo quanto à questão fiscal
Selic deve subir nas próximas reuniões e ficar acima de 12% por um bom tempo, mostra pesquisa do BTG Pactual
Taxa básica de juros deve atingir os 12,25% ao ano no início de 2025, de acordo com o levantamento realizado com gestores, traders e economistas
Começa a semana mais importante do ano: Investidores se preparam para eleições nos EUA com Fed e Copom no radar
Eleitores norte-americanos irão às urnas na terça-feira para escolher entre Kamala Harris e Donald Trump, mas resultado pode demorar
Agenda econômica: Eleições nos EUA dividem espaço com decisão de juros no país; Copom e IPCA são destaque no Brasil
A agenda econômica desta semana também conta com dados da balança comercial do Brasil, EUA e China, além da divulgação de resultados do terceiro trimestre de empresas gigantes no mercado
Selic: Copom pode subir juros em 0,5% na próxima reunião; como ficam seus investimentos?
Decisão acontecerá no dia 6 de novembro; saiba como ajustar sua carteira para se beneficiar do ciclo de alta de juros
“Fundo do poço tem alçapão”. Mercado perde a paciência com Lula e governo só tem uma saída
Com dólar nas alturas e alta de juros no radar, investidor deveria fazer o “básico bem feito”, disse Rafael Fedalto, da Libra Investimentos, ao podcast Touros e Ursos