Depois de quatro anos de queda, diária de hotéis volta a registrar alta em 2019
Após quatro anos seguidos de perdas, em 2019 os hotéis tiveram aumento real médio de 5,5% nos valores das diárias em 11 capitais brasileiras
Intimamente ligado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o setor de hotéis sofreu muito com os efeitos da recessão que assolou o País em 2015 e 2016. Foi só no ano passado, depois de quatro anos seguidos de perdas, que os hotéis voltaram a respirar: em 2019, houve aumento real médio de 5,5% nos valores das diárias em 11 capitais brasileiras pesquisadas pelo Panorama da Hotelaria Brasileira, feito pela consultoria Hotel Invest.
No entanto, a recuperação do movimento e da rentabilidade ainda é um caminho "ladeira acima".
Segundo Pedro Cypriano, sócio da consultoria, o fôlego nos preços das diárias em 2019 está longe de ser suficiente para compensar as perdas acumuladas.
Dependendo da capital analisada, a perda em relação ao recorde histórico atingido em 2014 fica entre 16% (caso de São Paulo) e 48% (no Rio de Janeiro). Na capital fluminense, que registrou alta de oferta durante a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, a diária média hoje é de R$ 244. Em 2014, chegava a R$ 469.
"Essa diferença certamente tem impacto no potencial de lucro do setor. Para que os projetos se sustentem e possam receber manutenção, é necessária uma intensificação desse aumento de preços", diz Cypriano.
O avanço até agora obtido não foi suficiente para animar os investidores. Atualmente, são 169 hotéis em desenvolvimento no País, com investimentos estimados em R$ 6,6 bilhões. Ambos os indicadores ainda apresentam queda em relação ao ano passado.
Leia Também
Lento retorno
Embora os hotéis não tenham recebido a injeção de ânimo do segmento de lançamentos comerciais, o sócio da Hotel Invest vê sinais que apontam na direção de ventos mais favoráveis. Ele ressalta, por exemplo, que 39 novos contratos para desenvolvimento de hotéis foram fechados entre setembro de 2019 e janeiro deste ano.
Os dados concretos, porém, ainda apontam para uma variação discreta da oferta. Até 2024, há a previsão da adição de 30 mil novos quartos à base instalada de 550 mil já existente no Brasil. Isso representa uma expansão acumulada de 5% em cinco anos. Mesmo que o crescimento do PIB não se acelere muito, o dado discreto de investimento pode favorecer a alta das diárias e da taxa de ocupação.
A redução da ociosidade é importante para que as diárias possam ser reajustadas. Dentro do mercado hoteleiro, o "número mágico" para uma operação saudável varia de uma taxa de ocupação de 65% a 70%. Embora esse dado tenha avançado em todas as capitais pesquisas pela Hotel Invest, atualmente apenas 4 das 11 cidades se situam acima da marca de 65%: Fortaleza (71%), Vitória (69%), São Paulo (67%) e Salvador (65%).
Dos 169 hotéis hoje em desenvolvimento, 67% são de empreendimentos das categorias "econômica" ou "supereconômica". Mais de 75% das unidades em desenvolvimento estão localizadas nas Regiões Sul e Sudeste do País. E as grandes redes, que concentram quase 90% dos lançamentos, estão buscando cidades onde a oferta de quartos é menor. Mais da metade dos empreendimentos se situa em municípios fora de capitais e regiões metropolitanas.
Líder
Maior rede de hotéis do País, a francesa Accor começou a perceber avanço na ocupação e no valor das diárias em 2018, mas o movimento se intensificou em 2019. No ano passado, a receita da companhia avançou 10% no País, enquanto a taxa de ocupação subiu a 60% mesmo em capitais muito afetadas pela crise, como Belo Horizonte e Rio de Janeiro, diz o vice-presidente de desenvolvimento de novos negócios, Abel Castro.
Com a retomada de 2019, a rede no Brasil deve crescer 5% em 2020, com a adição de 17 novos empreendimentos ao portfólio de 319 hotéis da rede no País.
Dona de marcas como Ibis, Mercure e Novotel, a empresa diz estar em busca de boas localizações para os empreendimentos. Neste ano, terá inaugurações em cidades como Sorocaba, Ribeirão Preto e Pindamonhangaba.
Em Lençóis Paulista, palco de investimento bilionário da gigante da celulose RGE, que comprou a companhia familiar Lwarcel, a Accor está apostando em um hotel de alto padrão, para hospedar o fluxo de executivos que deve vir à cidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Campos Neto vai estourar a meta de inflação? Projeções para o IPCA ficam acima do teto pela primeira vez em 2024; veja os números da Focus
Se as projeções se confirmarem, Gabriel Galípolo herdará de Campos Neto a missão de explicar ao CMN os motivos da inflação fora da meta
Agenda econômica: Payroll e PCE nos EUA dominam a semana em meio a temporada de balanços e dados Caged no Brasil
Os próximos dias ainda contam com a divulgação de vários relatórios de emprego nos EUA, PIB da zona do euro e decisão da política monetária do Japão
FMI eleva projeção de crescimento do Brasil neste ano, mas corta estimativa para 2025; veja os números
Projeções do FMI aparecem na atualização de outubro do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), divulgado hoje
Vale virar a chavinha? Em dia de agenda fraca, Ibovespa repercute PIB da China, balanços nos EUA e dirigentes do Fed
PIB da China veio melhor do que se esperava, assim como dados de vendas no varejo e produção industrial da segunda maior economia do mundo
Inteligência artificial pode alavancar crescimento global, mas não é bala de prata; veja o que mais deveria ser feito, segundo a diretora do FMI
Antecipando-se às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional na semana que vem, Kristalina Georgieva falou da necessidade de regular a IA, fazer reformas e ter cautela com a dívida pública
O que divide o brasileiro de verdade: Ibovespa reage a decisão de juros do BCE e dados dos EUA em dia de agenda fraca por aqui
Expectativa com o PIB da China e novas medidas contra crise imobiliária na segunda maior economia do mundo também mexem com mercados
O (mercado) brasileiro não tem um dia de sossego: Depois da alta da véspera, petróleo ameaça continuidade da recuperação do Ibovespa
Petróleo tem forte queda nos mercados internacionais, o que tende a pesar sobre as ações da Petrobras; investidores aguardam relatório de produção da Vale
Brasil com grau de investimento, mais uma revisão positiva do PIB e inflação dentro da meta? Tudo isso é possível, segundo Haddad
O ministro da Fazenda admitiu em evento nesta segunda-feira (14) que o governo pode revisar mais uma vez neste ano a projeção para o Produto Interno Bruto de 2024
Harmonia com Haddad, meta de inflação e desafios do BC: as primeiras declarações públicas de Gabriel Galípolo como sucessor de Campos Neto
Galípolo, que teve seu nome aprovado pelo Senado Federal na semana passada para assumir o Banco Central, participou do Itaú BBA Macro Vision
O que a Opep prevê para o PIB e a produção de petróleo no Brasil
Opep mantém projeções otimistas para o país, mas alerta para alguns gatilhos negativos, como inflação e aumento nos custos da produção offshore
Sinais de mais estímulos à economia animam bolsas da China, mas índices internacionais oscilam de olho nos balanços
Enquanto isso, os investidores aguardam o relatório de produção da Vale (VALE3) enquanto a sede da B3, a cidade de São Paulo, segue no escuro
Agenda econômica: Prévia do PIB no Brasil divide holofotes com decisão de juros do BCE e início da temporada de balanços nos EUA
A agenda econômica desta semana ainda conta com relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e PIB da China
Se fosse um país, esta gestora seria a 3ª maior economia do mundo
Com US$ 11 trilhões de ativos sob gestão, empresa só ficaria atrás do PIB dos Estados Unidos e da China
Uma semana de ouro: Depois de salto das bolsas da China, investidores miram dados de emprego nos EUA em dia de agenda fraca no Brasil
Ibovespa acumulou queda de pouco mais de 3% em setembro, mas agenda fraca por aqui tende a deixar a bolsa brasileira a reboque de Wall Street
Lula fala em PIB de 3,5% neste ano, mas ainda não vê “espetáculo do crescimento”
O presidente deu a projeção para o desempenho da economia nesta tarde, em evento empresarial que acontece no México
Agenda econômica: Feriado na China drena liquidez em semana de payroll e dados de atividade das principais economias do mundo
Além dos dados de atividade, os discursos de autoridades monetárias prometem movimentar os mercados financeiros nos próximos dias
Vale (VALE3) leva a melhor no cabo de guerra com a Petrobras (PETR4) e ajuda Ibovespa a fechar em alta; dólar recua a R$ 5,4447
No mercado de câmbio, o dólar à vista opera em queda, mas longe das mínimas do dia
Felipe Miranda: O Fim do Brasil não é o fim da História – e isso é uma má notícia
Ao pensar sobre nosso país, tenho a sensação de que caminhamos para trás. Feitos 10 anos do Fim do Brasil, não aprendemos nada com os erros do passado
Fazenda atualiza estimativas e eleva previsão para inflação em 2024; veja quais são os ‘vilões’ do IPCA
Segundo o boletim macrofiscal, a expectativa da Fazenda é de que a inflação volte a cair no acumulado em doze meses após outubro
O tamanho que importa: Ibovespa acompanha prévia do PIB do Brasil, enquanto mercados internacionais elevam expectativas para corte de juros nos EUA
O IBC-Br será divulgado às 9h e pode surpreender investidores locais; lá fora, o CME Group registrou aumento nas chances de um alívio maior nas taxas de juros norte-americanas