🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Estadão Conteúdo
Oportunidade como poucas

‘Brasil tem potencial para ser líder em finanças verdes’, afirma presidente do UBS

Sylvia Coutinho afirma que o país pode conseguir atrair investimentos externos se souber aproveitar essa oportunidade

Estadão Conteúdo
23 de fevereiro de 2020
11:15
Imagem: Shutterstock

A presidente do banco suíço UBS no Brasil, Sylvia Coutinho, avalia que o País tem todas as condições para assumir protagonismo mundial na questão das "finanças verdes". No momento em que aumentam as cobranças internacionais e dos próprios agentes econômicos por políticas ambientais sustentáveis, ela diz que o Brasil "tem os maiores ativos ambientais do planeta" e pode conseguir atrair investimentos externos se souber aproveitar essa oportunidade.

Sylvia é otimista com as possibilidades da retomada do crescimento econômico do País. Mas admite que o efeito coronavírus deve reduzir o ritmo dessa retomada. Ela diz que o UBS já reviu sua previsão para o crescimento do PIB em 2020 - de 2,5% "para algo em torno" de 2,1%. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Qual é a sua avaliação do cenário econômico do Brasil?

O Brasil está vivendo um ciclo meio clássico de recuperação econômica. Este ano, a princípio, seria o quarto ano de um período de dez anos de crescimento. Porque a gente tem uma visão que prevê dez anos de crescimento sustentado. E esperamos que 2020 seja o primeiro ano, desses primeiros quatro anos dessa retomada, em que a gente veja um crescimento um pouco mais robusto. Apesar, claro, dos impactos causados pelo coronavírus, que deve derrubar um pouco o crescimento. A gente estimava que o PIB deste ano seria na ordem de 2,5%. E estamos revendo para algo em torno de 2,1%.

Qual é a importância das reformas para essa recuperação?

Uma coisa que acho positiva quando a gente olha o Brasil é que é um dos poucos mercados que está encarando de frente as reformas necessárias. Obviamente, a reforma da Previdência foi um marco importante. Então, você olha aí e tem uma série de mercados, incluindo desenvolvidos, que estão tendo de passar pelas mesmas difíceis reformas e que não estão conseguindo. O Brasil está aí, não só fazendo a sua lição de casa, como há a sinalização de que vai continuar fazendo. A nossa visão de um ciclo positivo de dez anos para frente também pressupõe, claro, que essas reformas sigam acontecendo. O Brasil continua naquele famoso ranking do Doing Business (os melhores países para se fazer negócios) com um score bastante ruim. E a gente espera que isso, ao longo desse período, contribua para melhorar significativamente a posição do País no ranking.

Leia Também

O governo está tentando reduzir a participação do Estado e atrair o setor privado para os investimentos. Como a sra. vê isso?

O fechamento do PIB do ano passado, que será anunciado em março, está estimado em torno de 1,0%, 1,1%. Quando a gente olha o número resultante, não é tão robusto como esperaríamos. Mas quando você desconstrói esse 1,0%, você teve o Estado recuando algo em torno de 0,6% e o setor privado crescendo 2,0%, o que resultou no 1,1% que veremos em março. A resultante pode ter sido menor do que desejava o mercado. Mas, qualitativamente, é bastante saudável. E mais sustentável do que crescimentos anteriores, que foram muitas vezes artificialmente inflados por ações governamentais e consumo de curto prazo.

O que mais tem chamado a atenção da senhora?

Outras ações que me animam bastante é o que está acontecendo no setor de infraestrutura, no agronegócio, que, além de serem pilotados por pessoas que realmente entendem do negócio, estão se reformulando para se tornarem cada vez mais competitivos globalmente. O Banco Central também está com uma forte agenda para aumentar a competição. Eu diria que tudo isso está convergindo para um maior crescimento estrutural da economia.

A epidemia do coronavírus deve atrapalhar o crescimento?

O cenário externo até abriu o ano de maneira bastante benigna. Tirando o coronavírus e a situação no Oriente Médio, eu diria que o arrefecimento da guerra comercial entre China e Estados Unidos deu uma acalmada nos mercados, e a gente percebeu, paulatinamente, uma retomada no apetite pelos mercados emergentes. Especialmente quando se pensa que você tem lá fora os mercados desenvolvidos com taxas de juros baixíssimas e muitas vezes até negativas. Invariavelmente, quando você tem um cenário de risk on, em que os mercados lá fora estão mais calmos, você tem, naturalmente, um fluxo de capitais que deveria vir para os mercados emergentes onde está o crescimento, onde há perspectiva de crescimento de médio e longo prazos, até por questão da demografia. Mas o coronavírus teve um impacto global e, como falei, já se refletiu na previsão do crescimento do PIB.

Os juros baixos facilitam para o Brasil?

Quando a gente pensa num dia a dia mais doméstico, em curto, médio e longo prazos, a taxa média dos juros no Brasil nos últimos 20 anos foi de 13,1%. A gente espera que ela seja por volta de 5,5% nos próximos dez anos. Isso tem várias implicações. Nunca vimos no mercado, por um período mais longo, juros baixos, inflação baixa. E a economia brasileira, tradicionalmente, é pouco alavancada. Seguimos a tradição de juros altíssimos ao longo de tantos anos. Vamos pegar como exemplo o mercado do crédito imobiliário no Brasil. Temos aí um mercado com um potencial de alavancagem enorme, que ainda está na sua infância, até por conta dos instrumentos para fazer isso. Acho que ainda não vimos os efeitos de uma taxa de juros baixa por um período prolongado na economia brasileira. Isso também é um ponto bastante interessante.

A sra. cita a importância das reformas, mas existe dificuldade política nessas negociações entre governo e Congresso…

Esses cenários que falei pressupõem que as reformas seguirão caminhando. A gente estima que vai haver, de alguma maneira, esse diálogo de maneira construtiva e que vão conseguir aprovar algumas dessas reformas importantes. Fora as propostas microeconômicas, que seguem caminhando também. O BC está com muitas coisas que podem ser encaminhadas pelo Executivo. Apesar de algumas dificuldades de vez em quando, estimamos que o Brasil siga de maneira construtiva, aprovando as reformas. Temos um Congresso bastante reformista e uma pressão para que as coisas sigam caminhando para que o crescimento não arrefeça.

O ritmo das privatizações tem sido menor do que se esperava?

Essa não é uma agenda fácil. Acho que todos os agentes envolvidos estão caminhando no sentido de avançar de uma maneira bastante construtiva nessa agenda. Mas isso era esperado. Acho difícil julgar se poderia estar indo num ritmo muito mais rápido em função do contexto no qual elas se encontram.

No Fórum Econômico Mundial, em Davos, o Brasil foi cobrado para ter melhores práticas ambientais. E ficou claro que uma política ambiental ruim poderá afastar investidores. Qual sua avaliação?

O Brasil, para mim, tem potencial para se tornar o líder mundial em finanças verdes. Temos os maiores ativos ambientais do planeta. Toda a nossa agenda de infraestrutura é verde. Esse é o tipo de capital que temos condição de atrair. Então, essa agenda é muito importante. Existe hoje, globalmente, uma demanda tremenda de toda essa agenda de ESG, de investimento sustentável. E é o capital que está buscando esses ativos ambientais. Então, é uma oportunidade imensa. Para os setores de agronegócio, de infraestrutura, para todas as áreas. A impressão é que o governo acordou para isso. Acho que tem todo um discurso para melhorar a nossa imagem. Para o nosso agronegócio, é fundamental esse selo verde. Crescemos com produtividade e tem um estoque de cobertura nativa que é um dos mais elevados do planeta. Temos de aprender a monetizar os nossos ativos ambientais.

Caiu a ficha do governo brasileiro em relação a isso?

Acho que sim. Mas não caiu só a ficha no Brasil. Caiu no mundo.

*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DE OLHO NA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem mais de 1% com medo da recessão global enquanto Ibovespa aguarda inflação

11 de outubro de 2022 - 7:38

Recessão deve ser tema do encontro de hoje dos representantes do FMI com os dirigentes do Banco Mundial

DE OLHO NA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais aguardam payroll e Ibovespa mira dados do varejo hoje

7 de outubro de 2022 - 7:47

Os investidores locais ainda aguardam a participação de Roberto Campos Neto em evento fechado à imprensa pela manhã

DE OLHO NA BOLSA

Esquenta dos mercados: Eleições pressionam Ibovespa enquanto bolsas no exterior aguardam ata do BCE e dados de emprego nos EUA

6 de outubro de 2022 - 7:39

Os investidores aguardam os números de emprego nos Estados Unidos antes do payroll de sexta-feira

DE OLHO NA BOLSA

Esquenta dos mercados: Ibovespa acompanha corrida eleitoral enquanto bolsas no exterior realizam lucro antes da reunião da Opep+

5 de outubro de 2022 - 7:51

Os investidores aguardam os números de emprego nos Estados Unidos antes do payroll de sexta-feira

DE OLHO NA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais estendem rali de alívio e Ibovespa reage às eleições mais um dia

4 de outubro de 2022 - 7:25

Os investidores acompanham as falas de representantes de Bancos Centrais hoje; Christine Lagarde e Janet Yellen, secretária de Tesouro dos EUA são destaque

SEGREDOS DA BOLSA

Esquenta dos mercados: Ibovespa digere eleição e nova configuração do Congresso; bolsas no exterior recuam à espera dos dados da semana

3 de outubro de 2022 - 7:26

Os dados de emprego dos Estados Unidos dominam a semana enquanto os investidores acompanham reunião da Opep+

DE OLHO NA BOLSA

Esquenta dos mercados: Ibovespa digere debate quente da Globo, mas deve embarcar na alta das bolsas internacionais hoje

30 de setembro de 2022 - 7:46

O índice de inflação dos Estados Unidos é o número mais importante do dia e pode azedar a alta das bolsas nesta manhã

DE OLHO NA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas lá fora ampliam cautela enquanto Ibovespa aguarda debate e relatório da inflação do BC hoje

29 de setembro de 2022 - 7:48

O medo do exterior pressiona as bolsas por mais um dia: a perspectiva de um aperto monetário maior e mais longo injeta aversão ao risco nos investidores

DE OLHO NA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem antes de falas de Jerome Powell e dirigentes do Fed; Ibovespa acompanha Campos Neto e Guedes hoje

28 de setembro de 2022 - 7:40

Por aqui, a última rodada da pesquisa Genial/Quaest antes do primeiro turno das eleições presidenciais mostra chances de que Lula ganhe no primeiro turno

DE OLHO NA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam emplacar alta com busca por pechinchas; Ibovespa acompanha ata do Copom hoje

27 de setembro de 2022 - 7:34

A prévia da inflação brasileira será divulgada na terça-feira e o IPCA-15 deve registrar deflação mais uma vez

SEGREDOS DA BOLSA

Esquenta dos mercados: Semana das bolsas internacionais começa no vermelho com cautela global; Ibovespa acompanha reta final das eleições

26 de setembro de 2022 - 7:45

A prévia da inflação brasileira será divulgada na terça-feira, enquanto o PCE, índice cheio dos EUA, é a bola da vez na sexta-feira

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Investidores recolhem os cacos da Super Quarta com bolsas internacionais em queda; Ibovespa reage ao Datafolha

23 de setembro de 2022 - 7:40

Os investidores reagem hoje aos PMIs de grandes economias, como Zona do Euro, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem em ajuste após Fed apertar os juros; com Selic estável, Ibovespa reage à comunicado do BC

22 de setembro de 2022 - 7:50

Enquanto isso, os investidores aguardam as decisões de juros de outros bancos centrais, em uma Super Semana para as bolsas

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais aguardam decisões de juros da Super Quarta; Ibovespa acompanha eleições mais um dia

21 de setembro de 2022 - 7:45

A decisão dos Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos são os dois grandes eventos do dia e você confere o que esperar deles aqui

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Ibovespa deve destoar do exterior com eleições no radar enquanto bolsas internacionais seguem no vermelho mais um dia

20 de setembro de 2022 - 7:42

Os investidores aguardam a ‘Super Quarta’, com perspectiva de que os Bancos Centrais elevem os juros ainda mais

SEGREDOS DA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais e criptomoedas recuam antes da Super Quarta; Ibovespa acompanha queda de commodities

19 de setembro de 2022 - 7:47

Antes do dia da decisão dos Bancos Centrais dos EUA e do Brasil, os investidores adotam uma postura mais defensiva frente aos ativos de risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caminham para fechar semana no vermelho e Ibovespa acompanha queda

16 de setembro de 2022 - 7:44

Os investidores aguardam a ‘Super Quarta’ na semana que vem, com perspectiva de que os Bancos Centrais elevem os juros ainda mais

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB

15 de setembro de 2022 - 7:42

As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo

14 de setembro de 2022 - 7:44

Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar