🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Estadão Conteúdo

Secretário do Tesouro

Brasil não tem mesma capacidade de endividamento de um país rico, diz Mansueto

Nesse contexto, secretário do Tesouro Nacional defendeu a continuidade da agenda de reformas no pós-crise e pregou cautela nas discussões sobre ampliação de gastos sociais

Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional
Imagem: Gustavo Raniere

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, ressaltou nesta terça-feira, 19, que o Brasil não tem a mesma capacidade de endividamento de um país rico. Nesse contexto, ele defendeu a continuidade da agenda de reformas no pós-crise e pregou cautela nas discussões sobre ampliação de gastos sociais.

Segundo o secretário, o Brasil já tem um Estado muito grande, e o investidor não tem no governo brasileiro a mesma confiança depositada num país como os Estados Unidos ou a Alemanha, que conseguem vender títulos de longo prazo com juros negativos. "Isso não existe no Brasil", afirmou.

"Pra eu vender título de dez anos no Brasil tenho que pagar de 8% a 9% ao ano. É menos do que nos últimos anos, mas é muito alto", afirmou Mansueto.

Ele acrescentou ainda que os agentes que demandam esse tipo de papel (estrangeiros e fundos de pensão) já estavam mais retraídos antes mesmo da crise e, por isso, o Brasil não tem conseguido colocar muito desses papéis no mercado."Em títulos com prazo a partir de três anos, o prêmio cobrado já é muito alto", explicou.

Reformas

O secretário do Tesouro Nacional alertou que, se o governo e o Congresso falharem na condução das reformas no momento após a crise do novo coronavírus, "o Brasil terá problemas". Segundo ele, é preciso sinalizar compromisso com o controle dos gastos do governo para dar indicações claras de solvência do País e, assim, continuar atraindo a confiança dos investidores. Para isso, o secretário vê necessidade de "bom diálogo político".

"A gente tem que se esforçar para melhorar esse País", afirmou Mansueto em videoconferência promovida pela Câmara de Comércio França-Brasil. "Precisamos fomentar diálogo político e respeitar contraditório. Para fazer reformas, é preciso bom diálogo político", acrescentou.

Leia Também

Ao comentar as dificuldades de aprovar uma reforma tributária - tema que será prioritário após a crise, em sua visão -, Mansueto disse que o Brasil precisa de um "esforço muito grande" para melhorar o debate político e aprofundar as discussões de forma pragmática para "não ter mais uma decepção". "Não é questão técnica, é questão política", afirmou. "Diagnóstico todo mundo faz, o que tem que fazer é mais ou menos claro. Agora a gente precisa ter ambiente político que permita às pessoas conversarem, dialogarem para se tentar construir algum consenso. Se a gente conseguir, esse País tem tudo para crescer. É um País que tem estrutura produtiva diversificada, tem uma rede de assistência social ampla, não tem nenhuma grande convulsão social quando a gente compara com outros países. Agora, se a gente falhar, o Brasil terá problemas."

Mansueto disse que a trajetória da dívida brasileira ficará dependente do que o País conseguir fazer de reforma e de privatizações no pós-crise, e é justamente essa variável que preocupa o secretário e está no radar dos investidores. Neste ano, a dívida bruta deve chegar à casa dos 90% do PIB com os gastos de contenção aos efeitos da crise. A previsão de déficit primário em R$ 600 bilhões foi classificada de "otimista" pelo secretário, que já admite um rombo mais próximo de R$ 700 bilhões em 2020. O déficit nominal, que inclui a conta de juros, se aproximará dos 13% do PIB.

Mesmo assim, o mais importante é o depois, segundo o secretário. "O que me preocupa não é nível da dívida, mas a trajetória. Ninguém sabe qual é a perspectiva de crescimento do Brasil no pós-crise, mas também não está dado", acrescentou, indicando que o País pode trabalhar para ter um arranque melhor após o momento de dificuldade.

"Se tivermos potencial de crescimento maior, o custo da crise será pago gradualmente", disse Mansueto. "O mundo vai sair dessa crise em busca de boas oportunidades de investimento. Se o Brasil conseguir fazer reformas e sinalizar bom retorno, o investimento privado vem", acrescentou.

Captação

O Tesouro Nacional poderá emitir títulos da dívida soberana no mercado externo caso necessário e se surgir a oportunidade, disse o secretário do Tesouro Nacional. Embora não tenha falado de nenhum leilão concreto, ele fez questão de ressaltar que o mercado externo está aberto ao Brasil. "Não temos nenhum problema de captação externa", garantiu em videoconferência promovida pela Câmara de Comércio França-Brasil. "Se necessário e se surgir oportunidade, podemos fazer captação, seja em dólar, seja em euro."

Mansueto disse que o Tesouro não costuma pré-anunciar essas operações, mas admitiu que a captação externa é uma possibilidade no radar do governo. "Temos fundamentos sólidos", ressaltou o secretário, destacando ainda o colchão de reservas cambiais do Brasil. "Temos condições (para ir ao mercado externo), mas temos de esperar. Em algum momento podemos ir ao mercado externo", afirmou.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
TIRA CASACO, BOTA CASACO

Sem pílula de veneno: Casas Bahia (BHIA3) derruba barreira contra ofertas hostis; decisão segue recuo de Michael Klein na disputa por cadeira no conselho

9 de abril de 2025 - 10:06

Entre as medidas que seriam discutidas em AGE, que foi cancelada pela varejista, estava uma potencial alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill; entenda

INVESTINDO EM MEIO AO CAOS

“Trump vai demorar um pouco mais para entrar em pânico”, prevê gestor — mas isso não é motivo para se desiludir com a bolsa brasileira agora

9 de abril de 2025 - 9:14

Para André Lion, sócio e gestor da estratégia de renda variável da Ibiuna Investimentos, não é porque as bolsas globais caíram que Trump voltará atrás na guerra comercial

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed

9 de abril de 2025 - 8:45

Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China

OS PLANOS DO CEO

CEO da Embraer (EMBR3): tarifas de Trump não intimidam planos de US$ 10 bilhões em receita até 2030; empresa também quer listar BDRs da Eve na B3

8 de abril de 2025 - 16:56

A projeção da Embraer é de que, apenas neste ano, a receita líquida média atinja US$ 7,3 bilhões — sem considerar a performance da subsidiária Eve

LADEIRA ABAIXO

Ação da Vale (VALE3) chega a cair mais de 5% e valor de mercado da mineradora vai ao menor nível em cinco anos

8 de abril de 2025 - 15:52

Temor de que a China cresça menos com as tarifas de 104% dos EUA e consuma menos minério de ferro afetou em cheio os papéis da companhia nesta terça-feira (8)

TÁ PEGANDO FOGO

Trump dobra a aposta e anuncia tarifa de 104% sobre a China — mercados reagem à guerra comercial com dólar batendo em R$ 6

8 de abril de 2025 - 15:03

Mais cedo, as bolsas mundo afora alcançaram fortes ganhos com a sinalização de negociações entre os EUA e seus parceiros comerciais; mais de 70 países procuraram a Casa Branca, mas a China não é um deles

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho

8 de abril de 2025 - 8:15

Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento

MULTIPLICANDO A CARNE

Minerva prepara aumento de capital de R$ 2 bilhões de olho na redução da alavancagem. O que muda para quem tem ações BEEF3?

7 de abril de 2025 - 19:29

Com a empresa valendo R$ 3,9 bilhões, o aumento de capital vai gerar uma diluição de 65% para os acionistas que ficarem de fora da operação

ENGORDOU A FORTUNA

Sem medo do efeito Trump: Warren Buffett é o único entre os 10 maiores bilionários do mundo a ganhar dinheiro em 2025

7 de abril de 2025 - 16:03

O bilionário engordou seu patrimônio em US$ 12,7 bilhões neste ano, na contramão do desempenho das fortunas dos homens mais ricos do planeta

BILIONÁRIO COM APETITE RENOVADO

Sem aversão ao risco? Luiz Barsi aumenta aposta em ação de companhia em recuperação judicial — e papéis sobem forte na B3

7 de abril de 2025 - 12:14

Desde o início do ano, essa empresa praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada de 97% no período. Veja qual é o papel

MERCADOS HOJE

Ibovespa chega a tombar 2% com pressão de Petrobras (PETR4), enquanto dólar sobe a R$ 5,91, seguindo tendência global

7 de abril de 2025 - 10:58

O principal motivo da queda generalizada das bolsas de valores mundiais é a retaliação da China ao tarifaço imposto por Donald Trump na semana passada

Todo mundo em pânico

Retaliação da China ao tarifaço de Trump derrete bolsas ao redor do mundo; Hong Kong tem maior queda diária desde 1997

7 de abril de 2025 - 6:52

Enquanto as bolsas de valores caem ao redor do mundo, investidores especulam sobre possíveis cortes emergenciais de juros pelo Fed

DIA 75

“Não vou recuar”, diz Trump depois do caos nos mercados globais

4 de abril de 2025 - 19:45

Trump defende que sua guerra tarifária trará empregos de volta para a indústria norte-americana e arrecadará trilhões de dólares para o governo federal

ATENÇÃO, ACIONISTAS

Disputa aquecida na Mobly (MBLY3): Fundadores da Tok&Stok propõem injetar R$ 100 milhões se OPA avançar, mas empresa não está lá animada

4 de abril de 2025 - 17:01

Os acionistas Régis, Ghislaine e Paul Dubrule, fundadores da Tok&Stok, se comprometeram a injetar R$ 100 milhões na Mobly, caso a OPA seja bem-sucedida

ELE NÃO PARA

O agente do caos retruca: Trump diz que China joga errado e que a hora de ficar rico é agora

4 de abril de 2025 - 16:35

O presidente norte-americano também comentou sobre dados de emprego, juros, um possível acordo para zerar tarifas do Vietnã e a manutenção do Tik Tok por mais 75 dias nos EUA

ESPERAR PARA VER

A pressão vem de todos os lados: Trump ordena corte de juros, Powell responde e bolsas seguem ladeira abaixo

4 de abril de 2025 - 14:00

O presidente do banco central norte-americano enfrenta o republicano e manda recado aos investidores, mas sangria nas bolsas mundo afora continua e dólar dispara

CÂMBIO

O combo do mal: dólar dispara mais de 3% com guerra comercial e juros nos EUA no radar

4 de abril de 2025 - 12:25

Investidores correm para ativos considerados mais seguros e recaculam as apostas de corte de juros nos EUA neste ano

PESOU NO BOLSO

Mark Zuckerberg e Elon Musk no vermelho: Os bilionários que mais perdem com as novas tarifas de Trump

4 de abril de 2025 - 11:31

Só no último pregão, os 10 homens mais ricos do mundo perderam, juntos, em torno de US$ 74,1 bilhões em patrimônio, de acordo com a Bloomberg

OLHO POR OLHO

China não deixa barato: Xi Jinping interrompe feriado para anunciar retaliação a tarifas de Trump — e mercados derretem em resposta

4 de abril de 2025 - 9:32

O Ministério das Finanças da China disse nesta sexta-feira (4) que irá impor uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell

4 de abril de 2025 - 8:16

Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar