Após ciclo de medidas emergenciais, equipe econômica prepara agenda de retomada
Um dos pontos da agenda é promover uma “grande desregulamentação” para tornar o País mais atrativo a investimentos

Depois de um ciclo de medidas emergenciais para conter os efeitos mais dramáticos da pandemia do novo coronavírus, a equipe econômica prepara a retomada da agenda de melhoria do ambiente de negócios e de reformas estruturais. A reformulação das políticas sociais deve ser um dos principais focos de atenção do governo nessa nova fase de planejamento, mas também estão na mesa iniciativas para simplificar a vida de empresas e investidores.
Um dos pontos da agenda é promover uma "grande desregulamentação" para tornar o País mais atrativo a investimentos. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, técnicos estão fazendo um pente-fino nas normas e obrigações regulatórias de vários setores. A ideia é retirar, simplificar ou reduzir obrigações com o objetivo de facilitar a retomada para empresários e investidores.
Os detalhes ainda estão sendo fechados pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, mas há um consenso de que a adoção de uma nova fase medidas é essencial para impulsionar a recuperação da atividade econômica e ajudar a "pagar a fatura" da crise. Os gastos para combater os impactos do novo coronavírus levarão a dívida pública à beira dos 100% do PIB, nível considerado elevado para um país emergente como o Brasil.
Além disso, a avaliação é que a sinalização de compromisso com a agenda de reformas será fator decisivo para que os investidores mantenham a confiança no País - o que ajuda a manter juros e inflação baixos.
Segundo apurou o Estadão/Broadcast, além da desregulamentação, o governo vai centrar seus esforços num primeiro momento em mudanças de marcos legais, como saneamento, setor elétrico, ferrovias, novo mercado de gás e independência do Banco Central. Muitas dessas propostas já estão no Congresso Nacional e travaram no passado diante das dificuldades do governo em consolidar uma base de apoio no Parlamento.
Com a aproximação entre o Palácio do Planalto e o Centrão, a expectativa é de que as condições de aprovação serão maiores. O próprio ministro Paulo Guedes tem se reunido com lideranças desse bloco de partidos em busca de aproximação e para pedir apoio às reformas.
Leia Também
Social
Num segundo momento, ainda em 2020, a equipe econômica pretende disparar as reformas mais estruturantes, que devem ter um forte foco social. Auxiliares do ministro defendem uma "política social agressiva" para o pós-pandemia, aliada a um incentivo às contratações de trabalhadores registrados. Sem uma retomada no emprego e na renda, o consumo não deslancha, diz uma fonte.
É nessa frente que está o Renda Brasil, como vem sendo chamado o programa que sucederá o Bolsa Família. A ideia é ampliar a rede de assistência social para incluir os milhões de "invisíveis" que agora surgiram aos olhos do governo graças ao cadastro do auxílio emergencial de R$ 600. A elaboração do programa segue o desejo do presidente Jair Bolsonaro de deixar uma marca social durante sua gestão.
A equipe econômica também quer incentivar a formalização de trabalhadores e prepara uma desoneração da folha de salários, em moldes próximos ao que foi feito no Programa Verde Amarelo, que livrou empresas de pagarem contribuição patronal e alíquotas referentes ao salário-educação e Sistema S na contratação de jovens entre 18 e 29 anos com salário de até R$ 1.567,50. A Medida Provisória que criou o contrato perdeu a validade sem que houvesse consenso no Congresso para sua aprovação. Agora, uma das alternativas em estudo é que a desoneração seja mais ampla, sem limitações por faixa etária.
Medidas de simplificação tributária também serão prioridade. O governo deve sugerir a criação do IVA federal, com a unificação de PIS/Cofins, por meio de um projeto de lei. Dentro da equipe econômica, há quem avalie que o avanço agora da PEC 45, que inclui a reformulação de tributos como ICMS e ISS, pode ser muito difícil com "Estados e municípios saindo da guerra". Mesmo com uma transição, alguns governos estaduais e municipais podem perder receitas com a reforma. Além disso, uma PEC requer número maior de parlamentares para aprovação, e o foco estará na desoneração da folha.
Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a PEC Emergencial, desenhada para reduzir despesas no curto prazo e que permitiria redução de jornada e salários de servidores, "perdeu urgência" neste momento porque o próprio socorro a Estados e municípios já congelou até o fim do ano que vem as despesas com folha de pagamento. Além disso, há a avaliação de que muitas das medidas dessa PEC estão incluídas em outra proposta, a do Pacto Federativo, que poderá avançar junto com as outras reformas.
Paulo Guedes vai virar ESG? Colunista revela destino do “superministro” de Jair Bolsonaro
Agora longe do centro do poder, Guedes será sócio de gestora que pretende investir em projetos na Amazônia, segundo o colunista Lauro Jardim
O Brasil está quebrado? Ministério da Economia rompe o silêncio e nega acusações
Em nota divulgada nesta domingo (11) no site oficial da pasta, seis pontos foram rebatidos, mas deixaram de fora as acusações de que o governo deixou de priorizar áreas essenciais para o funcionamento de instituições e políticas sociais
Um encontro ‘excelente’: o que Haddad e Guedes conversaram hoje em Brasília
O ex-prefeito de São Paulo afirmou que, na reunião com o ministro da Economia de Guedes, tratou de um “plano geral de voo”
Uma aposta levou sozinha o prêmio de quase R$ 65 milhões do último sorteio da Mega Sena. Será que foi você? Confira
Segundo a Caixa, o próximo sorteio da Mega Sena acontece no dia 12 de novembro e quem acertar pode levar cerca de R$ 3 milhões para casa
Reforma tributária e do Imposto de Renda: tratativas do futuro governo Lula buscam unificar impostos e revisar proposta de Guedes; entenda
Durante a campanha de Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin foi protagonista nas conversas com empresários
Plano Guedes vem aí? Veja o que o ministro da Economia falou sobre as propostas de um novo governo Bolsonaro
Ele afirmou que as alegações de que um novo governo não aumentaria o salário mínimo ou aumentaria o imposto sobre a classe média são fake news
Mordida do Leão? Na boca da eleição, Guedes nega fim da dedução de despesas com saúde e educação do IR
A cinco dias do segundo turno da corrida ao Palácio do Planalto, ele também disse que não mudará as regras para corrigir o salário mínimo
Brasil deve indicar o ex-BC Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Goldfajn atualmente é diretor do FMI e também foi economista-chefe do Itaú Unibanco e presidente do conselho do Credit Suisse no Brasil
Liz Truss abre mão de parte de cortes de impostos e troca ministro das Finanças; a bolsa de Londres e a libra agradecem
Ex-chanceler Jeremy Hunt sucederá Kwasi Kwarteng enquanto Liz Truss entrega os anéis para não perder os dedos — mudanças acontecem no prazo final que o BC deu aos fundos para reorganizarem a casa
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais avançam após virada de ontem; Ibovespa aguarda novas pesquisas Ipespe e Datafolha
Os investidores aguardam ainda hoje a participação de Pualo Guedes em evento do FMI e do Banco Mundial
Bolsonaro promete manter Paulo Guedes no governo em eventual segundo mandato
Defesa de Paulo Guedes por Jair Bolsonaro foi feita durante entrevista gravada à TV Alterosa, de Minas Gerais
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam recuperação antes da inflação dos EUA; Ibovespa acompanha eleições hoje
Paulo Guedes e Roberto Campos Neto participam da reunião entre ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20 hoje
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem mais de 1% com medo da recessão global enquanto Ibovespa aguarda inflação
Recessão deve ser tema do encontro de hoje dos representantes do FMI com os dirigentes do Banco Mundial
Qual o futuro de Paulo Guedes? Bolsonaro já tem planos para o atual ministro da Economia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu a entender que o ministro da Economia, Paulo Guedes, terá papel num eventual segundo governo
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais aguardam payroll e Ibovespa mira dados do varejo hoje
Os investidores locais ainda aguardam a participação de Roberto Campos Neto em evento fechado à imprensa pela manhã
Esquenta dos mercados: Eleições pressionam Ibovespa enquanto bolsas no exterior aguardam ata do BCE e dados de emprego nos EUA
Os investidores aguardam os números de emprego nos Estados Unidos antes do payroll de sexta-feira
Esquenta dos mercados: Ibovespa acompanha corrida eleitoral enquanto bolsas no exterior realizam lucro antes da reunião da Opep+
Os investidores aguardam os números de emprego nos Estados Unidos antes do payroll de sexta-feira
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais estendem rali de alívio e Ibovespa reage às eleições mais um dia
Os investidores acompanham as falas de representantes de Bancos Centrais hoje; Christine Lagarde e Janet Yellen, secretária de Tesouro dos EUA são destaque
Esquenta dos mercados: Ibovespa digere eleição e nova configuração do Congresso; bolsas no exterior recuam à espera dos dados da semana
Os dados de emprego dos Estados Unidos dominam a semana enquanto os investidores acompanham reunião da Opep+
Esquenta dos mercados: Ibovespa digere debate quente da Globo, mas deve embarcar na alta das bolsas internacionais hoje
O índice de inflação dos Estados Unidos é o número mais importante do dia e pode azedar a alta das bolsas nesta manhã