Uma pedra atirada no lago da bolsa e do dólar

Imagine, caro leitor, um lago de águas claras e tranquilas. No centro dele, uma pedra é atirada, formando ondas que se espraiam por toda a superfície da água.
O lago em questão é o mercado financeiro global — ainda que seja difícil imaginar o nervosismo das bolsas dentro de uma paisagem bucólica.
O responsável por atirar a pedra nas águas dos mercados é Jerome Powell, o presidente do Fed, o Banco Central dos Estados Unidos.
O custo de todo o dinheiro que circula no mundo é determinado pelos juros da maior economia do mundo. Logo no começo da crise do coronavírus, o Fed não titubeou em cortar as taxas para zero.
A medida se reflete em todos os mercados porque o juro zero estimula os investidores a assumirem mais riscos para remunerar seu capital.
Como o corte nas taxas não foi suficiente para produzir a onda desejada, o Fed partiu para um programa de ativos no mercado, o que equivale, grosso modo, a imprimir dinheiro.
Leia Também
Mas com a recuperação relativamente rápida dos indicadores da economia lá fora, os investidores passaram a se perguntar até quando o Fed estaria disposto a manter esses estímulos.
Pois a resposta veio nesta semana, com mais um pedregulho atirado no lago por Jerome Powell. Ele disse que o Fed vai manter as taxas em níveis baixos mesmo que as projeções de inflação superem a meta de 2% ao ano.
A combinação de juro zero, mais inflação e impressão de dinheiro promoveu uma onda que estimulou uma nova corrida por ativos de risco. Saiba como a fala do Fed ecoou na bolsa brasileira e na cotação do dólar.
EMPRESAS
• Dez anos após tomar um prejuízo bilionário com a "bolha" do crédito de veículos, o Banco BV (antigo Votorantim) engrossou a fila dos IPOs na B3. Saiba como a instituição se reinventou se aproximando das fintechs e agora quer você como sócio.
• Por falar em oferta de ações, o grupo de transportes e logística JSL pretende captar até R$ 1,4 bilhão em uma nova emissão na bolsa. Confira os detalhes da operação.
•As ações da Oi subiram forte hoje na B3 após a Justiça negar o pedido da Anatel para adiar a assembleia de credores da empresa. Hoje em recuperação judicial, a reunião deve decidir sobre aditamento ao plano.
ECONOMIA
• Após a pressão de ministros e do Congresso, o governo deve destinar R$ 6,5 bilhões do Orçamento para obras públicas. Desse valor, R$ 3,3 bilhões serão indicados diretamente pelos parlamentares.
• Jair Bolsonaro avisa: a ajuda emergencial é mesmo emergencial, ou seja, provisória. “Isso não é aposentadoria”, diz ele. O presidente voltou a dizer que a ajuda será prorrogada, mas com um valor menor do que os atuais R$ 600.
• O crédito livre subiu levemente em julho, segundo o Banco Central, na esteira da pandemia. Em meio ao processo de reabertura da economia brasileira, as concessões dos bancos no crédito livre subiram 0,8%, para R$ 287,7 bilhões.
COLUNISTAS
• Cai ou não cai? Sinais de desalinhamento entre o Bolsonaro e o Paulo Guedes trouxeram novamente aflição aos investidores. E se o ministro cair, o que acontece? O Ricardo Gozzi e eu comentamos o assunto na edição desta semana do podcast Touros e Ursos.
• Ayrton Senna, ícone da Fórmula 1, é o mais rápido da história da categoria, segundo um estudo da Amazon. Bem, você devia imaginar, né? Mas essa notícia também traz lições valiosas de como analisar o desempenho de fundos de investimentos, como mostra o Bruno Merola.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Bolão fatura sozinho a Mega-Sena, a resposta da XP às acusações de esquema de pirâmide e renda fixa mais rentável: as mais lidas da semana no Seu Dinheiro
Loterias da Caixa Econômica foram destaque no Seu Dinheiro, mas outros assuntos dividiram a atenção dos leitores; veja as matérias mais lidas dos últimos dias
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
Não é um pássaro (nem um avião): Ibovespa tenta manter bom momento enquanto investidores se preparam para a Super Quarta
Investidores tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais enquanto Lula assina projeto sobre isenção de imposto de renda
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos