Pessoa física, a personalidade do ano

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, e sua vice Kamala Harris foram escolhidos pela revista Time como as personalidades do ano de 2020. Mas a divulgação da tradicional Person of the Year na última quinta-feira gerou alguma polêmica.
Causou certa surpresa que os escolhidos não fossem pessoas diretamente ligadas à descoberta e ao combate do coronavírus, como os trabalhadores de saúde da linha de frente.
Se eu tivesse que eleger a(s) personalidade(s) do ano do Seu Dinheiro no mundo dos investimentos - talvez eu esteja fazendo isso agora -, escolheria o investidor pessoa física, que “deu show este ano”, como bem disse recentemente o presidente da B3, Gilson Finkelsztain.
Com a continuidade do movimento de queda de juros iniciado em 2019, as pessoas físicas seguiram investindo em ativos que pudessem render mais que a poupança, incluindo a renda variável. Do final do ano passado para cá, os números de contas e de CPFs na bolsa quase dobraram, chegando à casa dos 3 milhões.
Na crise do coronavírus, em março, em vez de saírem correndo da bolsa, as pessoas físicas entraram comprando, e conseguiram surfar a recuperação do mercado. Desde o pior momento da crise, o Ibovespa já valorizou coisa de 80%.
A proliferação de influenciadores nas redes sociais e canais de YouTube sobre educação financeira tiveram forte papel nesse movimento. A maioria dos novos investidores diz se informar por estas fontes.
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Eu tenho sentimentos mistos em relação a isso, porque assim como há influenciadores muito competentes, fazendo um bom trabalho, esse mercado também está cheio de amadores e até mesmo de pessoas mal intencionadas.
Mas os números mostram que a pessoa física está seguindo a boa cartilha das finanças: começando aos poucos, com foco no aprendizado, e diversificando mesmo com pouco dinheiro.
Ainda resta o temor de que os neófitos acabem se sentindo excessivamente confiantes e quebrando as pernas pelo caminho, mas se permanecerem com essa disciplina, é possível que tenhamos mais histórias de sucesso que de fracasso.
A B3 divulgou hoje um estudo sobre o perfil dos novos investidores pessoas físicas que quebra uma série de preconceitos e mitos que se costuma ter em relação a esse público. Nesta matéria, eu trago os principais pontos do estudo. Parabéns, pessoa física!
MERCADOS
• O Ibovespa terminou a sessão de hoje em queda de 0,45%, aos 114.610 pontos, após passar o dia perto da estabilidade. Já o dólar subiu 1,5%, a R$ 5,12. A perspectiva de novos lockdowns nos EUA e o noticiário político local pesaram nas negociações, como mostra o Felipe Saturnino.
EMPRESAS
• A Oi levantou R$ 16,5 bilhões com a venda de sua rede móvel em um leilão realizado nesta segunda. Conforme esperado pelo mercado, quem levou foi o consórcio formado por TIM, Claro e Vivo. Saiba mais.
• De volta para o futuro, a Cogna projeta retomar seu Ebitda de 2019 apenas em 2024. A empresa tem reforçado seu caixa, mas o nível de alavancagem ainda preocupa o mercado. Leia sobre as projeções da companhia na matéria do Vinícius Pinheiro.
• O Grupo SBF, que controla a Centauro, surpreendeu o mercado ao decidir se aventurar no mercado de produção de conteúdo. Nesta segunda, anunciaram a compra da produtora NWB, dona do canal Desimpedidos, por R$ 60 milhões. Confira na matéria do Ivan Ryngelblum.
• Falando em aquisições multimilionárias, a Ser Educacional (SEER3) anunciou a aquisição da Sociedade Educacional de Rondônia (Unesc) por R$ 120 milhões. A compra fortalece a posição da empresa no Norte do País. Entenda tudo sobre a negociação nesta matéria.
• A Locaweb anunciou a aquisição da Melhor Envio, uma empresa que conecta pequenos e médios vendedores às principais transportadoras e companhias de logística. O valor da transação, quinta compra da Locaweb após o IPO, foi de R$ 83 milhões. Saiba mais.
ECONOMIA
• A economia brasileira continuou expandindo pelo sexto mês consecutivo em outubro, mas em um ritmo menor do que o visto em setembro e abaixo do esperado pelo mercado. É o que mostra o IBC-Br, divulgado hoje pelo Banco Central e considerado a “prévia do PIB”.
• O Ministério da Infraestrutura prevê contratar R$ 137,5 bilhões em investimento no próximo ano, com leilões, renovações de concessão e privatizações envolvendo mais de 50 ativos. Veja quais projetos estão na lista do governo.
OPINIÃO
• Se comecei esta newsletter falando de como a pessoa física mandou bem nos investimentos neste ano, é bom não perder de vista que não é prudente achar que se sabe tudo, principalmente quando se é um iniciante. O aprendizado leva tempo.
Para quem não dispõe de tempo para se dedicar, nem mesmo para se aconselhar com especialistas, o colunista Felipe Miranda sugere hoje uma regra de bolso para resolver sua vida financeira dividindo seu patrimônio em apenas quatro “caixas”.
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