O VAR de Bolsonaro anulou o Renda Brasil

Quem acompanha jogos de futebol já se habituou a segurar o grito de gol do time do coração nos lances mais duvidosos até a confirmação pelo árbitro de vídeo — o famoso VAR.
Pois Jair Bolsonaro acabou criando uma espécie de versão política do VAR. Em postagens nas redes sociais ou diretamente em vídeos publicados na internet, o presidente pode a qualquer momento “anular” medidas em estudo pelo governo.
Um gatilho para que o VAR presidencial entre em ação é a publicação de notícias pela imprensa que não sejam de agrado do chefe do Executivo.
A vítima da vez foi o Renda Brasil. O presidente já havia parado o jogo no mês passado para aplicar um cartão amarelo depois que uma primeira versão do programa vazou na mídia.
Hoje o VAR de Bolsonaro entrou novamente em ação, mas desta vez para aplicar um cartão vermelho. O presidente decidiu “anular” o Renda Brasil depois da informação de que o governo planejava congelar aposentadorias e cortar benefícios para financiar o programa.
A notícia não foi bem recebida pelo mercado financeiro. Não pela questão social, mas pelo temor de novos problemas no entrosamento entre Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes.
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Com a influência do “VAR” em Brasília, o Ibovespa fechou perto do zero a zero, em um dia de alta das bolsas em Nova York, e o dólar voltou a subir, como mostra o nosso árbitro dos mercados Ricardo Gozzi.
ECONOMIA
• Paulo Guedes recusou o “cartão vermelho” do presidente. O comandante da Economia afirmou que a “barulheira” em torno do Renda Brasil ocorreu pela manhã porque “estão conectando pontos que não são conectados”.
• O aumento de gastos no Brasil sem gerar inflação é uma possibilidade, segundo a Fitch Ratings. Para o diretor da agência de risco, há espaço para mais estímulos econômicos no País, sem consequências negativas.
• O varejo vem se recuperando, mas ainda amarga os efeitos da covid. A Semana do Brasil, período de promoções ligado ao feriado da Independência, teve queda de 8,3% no faturamento sobre 2019. No ano passado, o resultado havia sido bem melhor.
EMPRESAS
• A Braskem vai assumir uma conta de mais R$ 3,3 bilhões relacionada ao afundamento do solo e rachaduras em edificações em bairros de Maceió, onde a empresa mantinha uma atividade de mineração. Entenda o custo total que a petroquímica já assumiu no caso.
•Funcionários da Volks decidiram por pacote que reduz a mão de obra em 35%. A maioria dos trabalhadores votou a favor do programa de demissão voluntária da empresa. Para os que permanecerem no grupo, haverá garantia de emprego até 2025.
•O banqueiro Aloysio de Andrade Faria morreu hoje, aos 99 anos. Com fortuna estimada em cerca de R$ 9 bilhões, Faria era dono de conglomerado que incluía o Banco Alfa e série de empresas — e o banqueiro mais velho da lista de bilionários da Forbes.
COLUNISTAS
• Ampliar a noção do tempo é uma habilidade única do ser humano. Mas em situações de extrema dor ou prazer, o ser humano calibra mal presente e futuro. E a perda dessa referência tem resultado direto nos seus investimentos, como mostra o Felipe Miranda.
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