Moro num país tropical, com o dólar a R$ 5,52

A escalada do dólar rumo a um novo topo – agora aos R$ 5,528 – por si só já era relevante o suficiente para ser a principal notícia desta quinta-feira.
Mas como já dizia um jornalista com quem trabalhei, nunca subestime a capacidade do Brasil de nos dar trabalho.
No começo da tarde, uma nova bomba estourou em Brasília com a notícia de que o ministro Sergio Moro poderia deixar o governo.
O motivo seria a decisão do presidente Jair Bolsonaro de demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
Nem a saída de Moro nem a demissão de Valeixo foram confirmadas – o que não significa muito para quem conhece Brasília.
Afinal, não é de hoje que o presidente mostra insatisfação com o comando da PF. E divergências na condução do governo já levaram ao “divórcio amigável” de Bolsonaro e do ex-ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta.
Leia Também
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
A fome de Bolsonaro de mexer na PF se juntaria com a vontade de comer do Centrão, com quem o capitão começou a dialogar em busca de uma base de sustentação no Congresso.
A possível saída de Moro, ou pelo menos o que ela representaria para o governo, mexeu com os mercados. A bolsa ampliou a queda e o dólar acelerou a valorização assim que a notícia começou a circular.
Mas o novo salto da moeda norte-americana tem suas próprias razões. O Victor Aguiar traz para você um panorama completo de todos os fatores que levaram ao novo recorde do dólar.
Para onde vai o dólar?
Falando em dólar, o UBS aposta que o ímpeto da moeda vai arrefecer até o fim do ano. Resultado: a moeda deve terminar 2020 cotada a R$ 4,95, segundo a previsão do banco suíço. O cenário seria ainda mais positivo no ano que vem, se algumas variáveis contribuírem. Mas o que me chamou atenção mesmo foi o pior cenário possível projetado pela instituição: nele, o dólar subiria ao incrível patamar de R$ 7,35 em 2021. Eu explico para você como os economistas chegaram aos números.
Atrás de dinheiro novo
A CVC foi uma das mais afetadas na bolsa com a epidemia do covid-19. Hoje, a operadora de turismo anunciou que avalia um plano para aumentar o seu capital e até contratou o Itaú BBA para avaliar a melhor forma de trazer dinheiro novo. O objetivo? Deixar o balanço mais forte para uma futura retomada na demanda por viagens, diz a empresa. Mas as boas intenções não encontraram eco nas ações da companhia, que fecharam em forte queda na bolsa.
Saudosos dividendos
O longínquo ano de 2019 registrou o maior volume de dividendos e juros sobre capital próprio distribuído por empresas negociadas no Ibovespa nos últimos dez anos. Os dados são da consultoria Economatica. O setor que mais distribuiu proventos foi o de bancos, liderado pelo Itaú Unibanco. Confira as 25 maiores pagadoras do ano passado nesta matéria.
Voltando aos trabalhos
A Lojas Renner decidiu que reabrirá gradualmente as suas lojas a partir de amanhã, após o fechamento determinado pelas autoridades em decorrência de medidas de isolamento social. A varejista informou que respeita os decretos de governos locais e critérios técnicos para permitir que suas lojas voltem a funcionar. Ainda assim, poderá rever o número de lojas em funcionamento. Saiba mais sobre o plano da varejista.
O que está do lado de lá
O futuro pós-coronavírus é nublado — e no entanto o que dele imaginamos é muito certo: um extremo ou outro, seja para bem ou para mal. Mas, e se eu disser que o que vai acontecer com o mercado, a economia e a política nos próximos meses pode muito mais ser uma combinação de vários cenários intermediários sem um clímax? O nosso colunista Rodolfo Amstalden escreve sobre o que fazer com o dinheiro quando nada acontece. Recomendo muito a leitura!
Uma ótima noite para você!
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Bolão fatura sozinho a Mega-Sena, a resposta da XP às acusações de esquema de pirâmide e renda fixa mais rentável: as mais lidas da semana no Seu Dinheiro
Loterias da Caixa Econômica foram destaque no Seu Dinheiro, mas outros assuntos dividiram a atenção dos leitores; veja as matérias mais lidas dos últimos dias
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais