Circuit breaker é o novo normal
Caro leitor,
É força de expressão, claro, mas é o que está parecendo. Hoje foi mais um dia daqueles para os mercados. Bolsa despencando e dólar voando. Mas não foi um dia como todos os outros da semana passada, não senhor. Temos novidades: desta vez, o dólar fechou acima dos R$ 5 pela primeira vez na história. Para a moeda americana, parece até que se aplica a máxima “o céu é o limite”.
Já para o Ibovespa, podemos aplicar uma outra pensata, muito popular no mercado financeiro, mas válida, na verdade, para qualquer área da vida: às vezes o fundo do poço tem um alçapão. E abaixo do alçapão ainda tem um porão.
O principal índice de ações brasileiro atingiu hoje sua mínima do ano, menor cotação desde junho de 2018, fechando aos 71.168,05 pontos. Pela manhã, a bolsa chegou a ativar o circuit breaker pela quinta vez no mês, paralisando suas negociações novamente.
O culpado dessa nova semana de caos, continua sendo, é claro, o avanço do coronavírus no mundo, que agora já contaminou mais gente fora do que dentro da China. Aqui no Brasil, chegamos a 234 casos confirmados e mais de 2 mil suspeitos.
Mas não foi só isso. Os investidores também levaram a mal o corte extraordinário de juros feito pelo banco central americano ontem à noite. Na sua cobertura de mercados de hoje, o Victor Aguiar explica por que esse evento, que normalmente deveria trazer alívio aos ativos de risco, acabou pesando ainda mais nas bolsas.
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Pergunte ao Seu Dinheiro
O que fazer diante do caos dos mercados? É isso que todo investidor quer saber neste momento. E nós, aqui no Seu Dinheiro, procuramos não só trazer a informação mais completa e clara possível como também te dar as diretrizes nessa hora de forte volatilidade. Na próxima quinta-feira, 19 de março, faremos uma transmissão ao vivo às 10h com o nosso colunista e sócio-fundador da Empiricus, Rodolfo Amstalden, que vai responder às dúvidas dos nossos leitores Premium sobre as tensões nos mercados e o que fazer com os investimentos. Veja como enviar a sua pergunta.
É para cortar já
A reunião extraordinária do Fed no último domingo substituiu o encontro que estava marcado para o próximo dia 18, quando teríamos a primeira superquarta de 2020, com decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos. Agora, o mercado já espera corte de juros na próxima reunião do Copom, e há quem acredite que o Banco Central não deve esperar. O UBS defende corte de um ponto percentual nesta quarta-feira, derrubando a Selic para 3,25% ao ano; já o gestor da Garde Marcelo Giufrida, que bateu um papo com o Vinícius Pinheiro, acha que o BC não deve nem esperar a quarta-feira: deveria fazer o corte ainda hoje.
Estímulos para a economia
Além do corte de juros, o Fed também anunciou uma série de políticas de estímulo, em ação coordenada com outros bancos centrais de países desenvolvidos. E hoje, o Banco Central brasileiro também decidiu se mexer, anunciando medidas para facilitar a renegociação de dívidas e flexibilizar as exigências de capital dos bancos. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) também apresentou iniciativas para aumentar o prazo de vencimento de dívidas de pessoas físicas e empresas.
A ideia aqui é ajudar a segurar as pontas dos trabalhadores e negócios que já estão sendo fortemente impactados pelo coronavírus, principalmente os de pequeno e médio porte. Agora à noite, o Ministério da Economia também anunciou um pacote de combate aos efeitos do coronavírus.
Pelos ares
O setor aéreo é um dos que mais vem sofrendo com a crise gerada pelo avanço do coronavírus no mundo. Também pudera. Além de as pessoas estarem cancelando viagens, voos estão sendo suspensos e governos estão fechando fronteiras, ou pelo menos restringindo a circulação de pessoas. A União Europeia anunciou, nesta quarta, a restrição a viagens não essenciais durante 30 dias no continente. Já a Azul anunciou a suspensão de voos internacionais e a redução da sua capacidade em até 25% neste mês.
Ao resgate
Ainda na toada de socorrer as empresas que estão sofrendo com a disseminação da doença, o presidente Jair Bolsonaro disse, numa entrevista hoje, que o governo buscará uma solução para as companhias aéreas e que deixá-las quebrar seria “a pior alternativa que existe”.
Sem motivos para sorrir
Mas não são só essas empresas que estão sofrendo neste momento. O calvário da Smiles, por exemplo, combina as consequências das restrições e da menor demanda por viagens com um anúncio nada animador: o de que a sua incorporação pela Gol foi cancelada.
Liderando pelo (mau) exemplo
Depois de descumprir a quarentena no fim de semana, ao ter contato físico com manifestantes pró-governo em Brasília, Jair Bolsonaro continuou contrariando as orientações do Ministério da Saúde hoje, ao deixar o Palácio da Alvorada pela manhã. O presidente deveria permanecer em isolamento após ter tido contato com pessoas com infecção confirmada por coronavírus. Não satisfeito, Bolsonaro ainda minimizou a gravidade da pandemia , falando em “superdimensionamento” e que “não é tudo isso que dizem”.
O foco é sobreviver
Em um cenário de instabilidade e incerteza mundial, o foco do investidor agora deve ser a sobrevivência, diz nosso colunista Felipe Miranda. No texto de hoje, ele comenta suas sugestões de alocação para o atual cenário, destacando que o momento é de ser conservador e proteger seu patrimônio.
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As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.
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