A peleja da bolsa com a crise fiscal

Com tanto dinheiro girando no mundo, quem tem pede muito quem não tem pede mais. Os versos de Zé Ramalho não poderiam resumir melhor a encruzilhada na qual vive o mundo econômico em meio à crise do coronavírus.
Quem tem pede muito. Nos Estados Unidos, a falta de um acordo para a aprovação de um novo pacote trilionário de estímulos aumenta a tensão nos mercados às vésperas das eleições na maior economia do mundo.
Quem não tem pede mais. Por aqui, é a indefinição sobre como o governo vai lidar com a situação fiscal depois da crise que pesa na bolsa e nos demais ativos financeiros.
Ainda não sabemos como o governo pretende financiar o programa social que deve substituir o bolsa família, muito menos como e se ele será compatível com o cumprimento do teto de gastos.
Na peleja da bolsa com a crise fiscal, qualquer sinal de fumaça é o suficiente para levar a uma nova onda de aversão a risco. Foi o que aconteceu hoje, depois que Rodrigo Maia voltou a cobrar publicamente o governo sobre o andamento das reformas.
Em dias assim, os investidores correm para o dólar e deixam a bolsa. A moeda norte-americana subiu forte e o Ibovespa voltou a ficar abaixo dos 100 mil pontos.
Leia Também
Os juros futuros negociados na B3 também subiram, o que coloca mais pilha no Banco Central na decisão de amanhã sobre a Selic. O Felipe Saturnino acompanhou o pregão de perto e traz todos os detalhes sobre o que mexeu com os mercados.
MERCADOS
• O lucro do Santander no terceiro trimestre superou de longe as expectativas do mercado, que já eram otimistas. Mesmo assim, as ações do bancão fecharam em queda de quase 5%. O que aconteceu? Eu conto para você nesta matéria.
• Os analistas da BB Investimentos rasgaram elogios à Unidas após os resultados positivos da locadora de veículos no trimestre. Eles também decidiram aumentar o preço-alvo para as ações da companhia após os resultados.
• A Havan desistiu oficialmente de abrir o capital na bolsa. A rede varejista de Luciano Hang entrou na fila dos IPOs na B3 em agosto, mas foi avaliada por um valor mais baixo do que o pretendido pelo empresário.
ECONOMIA
• O Brasil recuperou a credibilidade internacional, na visão do presidente Jair Bolsonaro. Ao lado do ministro Paulo Guedes, o chefe do executivo falou sobre as ações do governo na crise e também sobre a alta do preço da soja.
• Em um campeonato fiscal, o Brasil estaria na zona de rebaixamento entre as economias emergentes. Pelo menos essa é a avaliação do FMI sobre as contas públicas do país. Confira nesta matéria.
EMPRESAS
• Operadoras, laboratórios e farmácias. Você pode encontrar ações de empresas dos três segmentos na B3. Mas qual deles vai apresentar os melhores resultados no terceiro trimestre? Saiba quais são as apostas dos analistas do Bradesco BBI.
• Vai ter que chamar o Casos de Família? Após ser ameaçada de processo pela Ser Educacional, a Laureate manteve a escolha pela oferta da Ânima Educação por seus ativos no Brasil. Veja os detalhes do episódio de hoje.
• O Cade aprovou, sem restrições, a compra da Easynvest pelo Nubank nesta terça. Dessa maneira, o Nubank passará a deter 100% do capital social da corretora. Saiba mais sobre o negócio.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Bolão fatura sozinho a Mega-Sena, a resposta da XP às acusações de esquema de pirâmide e renda fixa mais rentável: as mais lidas da semana no Seu Dinheiro
Loterias da Caixa Econômica foram destaque no Seu Dinheiro, mas outros assuntos dividiram a atenção dos leitores; veja as matérias mais lidas dos últimos dias
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
Não é um pássaro (nem um avião): Ibovespa tenta manter bom momento enquanto investidores se preparam para a Super Quarta
Investidores tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais enquanto Lula assina projeto sobre isenção de imposto de renda
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos