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Informacionalmente eficientes: o momento de comprar ainda não chegou

Ainda tem bastante água para rolar antes que as coisas se ajustem. Temos reduzido nossa exposição a ativos de risco e carregado posições bastante exacerbadas em proteções clássicas

5 de maio de 2020
6:58 - atualizado às 7:00
Imagem: Shutterstock

Nos debates intelectualmente mais acalorados sobre finanças, a discussão sempre toca na temática de eficiências dos mercados. A hipótese dos mercados eficientes foi criada por Eugene Fama, prêmio Nobel de economia, e sua proposta é a de que toda informação disponível no mercado seria incorporada automaticamente no preço dos ativos, impossibilitando grande arbitragens por distorções de mercado. Evidentemente, existe muita controvérsia sobre o tema em si.

Se por um lado é possível identificar alguns argumentos em prol da eficiência dos mercados, ao mesmo tempo também é plausíveis o desenvolvimento de ponderações contrárias ao ideário. Justamente por isso se trata de uma hipótese apenas, com bastante espaço para discussão. Vale dizer, contudo, que ao passo em que o tempo passa e a tecnologia se desenvolve, é salutar o entendimento que o acesso à informação se torna mais france e o diferencial informacional se torna mais difícil de ser obtido.

Se a escola do valor parte do pressuposto de se arbitrar justamente o diferencial entre valor intrínseco e valor de mercado, poderíamos apontar que caso a hipótese se confirme, ganhos via análise fundamentalista estariam com seus dias contados. No entanto, como se pode perceber, o próprio fato dos agentes conseguirem, com certa consistências, gerar alpha (diferencial a mais sobre o retorno de mercado) é um pilar de sustentação de que o mercado não é 100% eficiente. É bastante, mas não 100%. Existem falhas… espaços… margem para se conquistar o diferencial para com a média do mercado.

Muitas vezes, entretanto, tal ganho a mais frente o mercado é gerado por irresponsabilidade e por sorte. Veja, nada contra a sorte. Tenho total noção de que ela faz parte do processo. O segredo está em consistência - isso distinguiria sorte de competência. Por exemplo, muitas pessoas tem falado para arrojar os portfólio adicionando ativos de risco, como ações no presente momento. Acredito que seja um raciocínio incorreto e irresponsável, haja vista o momento de estresse incerteza pelo qual passamos no presente momento.

No gráfico abaixo, destacamos o processo natural de rebound dos mercados após baixas acentuadas. Note que, em mercados de baixa (bear markets) a trajetória natural é de queda acentuada, recuperação parcial e queda prolongada, testando o fundo anteriormente formado. Um falso bull market no interior de um grande bear market. Basicamente, de bear market rally ou rali de mercado de baixa. Vale perceber também que o fundo verdadeiro se faz bastante tempo depois do primeiro fundo, algumas vezes mais de meses depois. O jogo é longo, demora para se absorver tamanha percepção de que as coisas podem não ser tão fácil como poderíamos pressupor a priori.

Grosso modo, passamos por um momento bastante educacional. Separamos meninos de homem, crianças de adultos. O verdadeiro MBA completo, testando nossa capacidade de se viver sob estresse em condições completamente adversas como a que vivemos. Momentos inesperados e de alto impacto acabaram por nortear grande parte de nossas história, a qual só se faz óbvia depois de vivida. Baixo, deixo outro gráfico ilustrando onde potencialmente nos encontramos, no chamado bull trap. Provavelmente iremos estressar o mercado para baixo mais uma vez. Resta vez qual será gatilho definitivo dessa vez.

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Ainda tem bastante água para rolar antes que as coisas se ajustem. Temos reduzido nossa exposição a ativos de risco e carregado posições bastante exacerbadas em proteções clássicas, como moeda forte e ouro dolarizado, além de possuir um caixa maior do que a média poderia indicar. 

Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

Na Empiricus, a série Palavra do Estrategista, do nosso sócio-fundador Felipe Miranda, tenta quinzenalmente desenvolver raciocínios completos para todos os tipos de perfis de investidores, dos mais conservadores aos mais arrojados. Fica aqui meu convite para que você possa conferir essas e outras ideias em nossa série de investimento best-seller, a qual já ajudou milhares de investidores em todo o território nacional com sugestões práticas para construir um portfólio completo, equilibrado e assimétrico.

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