🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Quero ser grande

E aí, B3, vamos atrair essas milhares de empresas brasileiras? Ou vamos continuar perdendo soldados para a Nasdaq? Temos que fazer algo, com urgência

22 de janeiro de 2020
10:27
Sede da B3
Sede da B3 - Imagem: Shutterstock.com

Hoje não vou falar que a nossa economia está em plena recuperação e que a migração da renda fixa para a renda variável já é uma realidade. Isso você já está careca de saber.

Venho com tom de crítica, clamando por mudanças.

Leitura recomendada: Aqui está um plano para para quem NÃO deseja esperar até os 65 para se aposentar, nem depender do governo. 

Temos um problema diante de nós: a Bolsa brasileira não é “as mil maravilhas”.

Ela é pequena. Para não dizer minúscula diante do tamanho do nosso mercado corporativo.

Na B3 só se encontra a nata das empresas brasileiras e esse grupo está longe de representar o nosso PIB.

Leia Também

Gosto de usar comparações para que se entenda o tamanho do nosso drama.

Israel é um país com menos de 10 milhões de habitantes, cujo território é similar em tamanho ao Estado de Sergipe. Minúsculo, não?

Sua economia de US$ 335 bilhões é um décimo do PIB do Brasil.

Agora eu te pergunto: você sabe quantas companhias israelenses possuem suas ações listadas na Bolsa local (TASE)? São 544 empresas.

Tem ideia de quantas empresas são listadas na B3? Apenas 330. Dessas, considerando a liquidez, podemos dizer que 250 são “investíveis”.

Ou seja, Israel, com uma economia significativamente menor que a brasileira e um mercado financeiro com menos expressão, possui bem mais empresas listadas do que a Bolsa brasileira.

Não precisamos ir muito longe.

Nossa vizinha Colômbia possui uma população de 49 milhões de pessoas, sendo que dessas mais de 3 milhões investem na Bolsa.

De fato, crescemos bastante nos últimos dois anos, mas só temos 1,6 milhão de CPFs, ou seja, menos de 1% da população brasileira investe em ações.

Temos que acelerar esse processo de crescimento. E isso passa não somente pelo aumento no número de investidores, mas também pelo montante de empresas listadas.

Queremos uma B3 que represente o tamanho da economia brasileira. Desejamos uma Bolsa com um número grande de ações listadas.

Estamos falando de uma via de mão dupla. A B3 deve criar meios para atrair novas companhias, reduzindo taxas de listagem e qualquer entrave que não estimule empresas a abrir o seu capital.

Ao mesmo tempo, as instituições têm que enxergar a Bolsa como um local de captação de recursos para a expansão de suas operações a fim de, posteriormente, aumentar o seu valor de mercado.

Não tenho dúvidas de que, com taxas de juros em patamares baixos por um longo período (cenário atual) e investidores recorrendo a mais risco em seus investimentos, se não fizermos nada para atrair mais empresas para a Bolsa, as oportunidades tornar-se-ão escassas em breve.

Vejo atualmente muitas assets anunciando que possuem mais de 5% de participação acionária em várias empresas. Isso é um grande problema.

Problema, pois as próprias gestoras de recursos não querem se tornar tão relevantes como acionistas. Imagine um cenário em que ocorre um alto volume de resgates em seus fundos. Essa movimentação acaba exercendo uma pressão vendedora no ativo. Em ações com menos liquidez, acaba sendo um grande tiro no pé.

Cada vez mais carentes de opções na B3, as assets locais vêm captando bilhões de reais e estão sendo “forçadas” a aumentar posições nas mesmas empresas.

Sem IPOs por aqui, em pouco tempo, o dinheiro que deveria ser investido no Brasil migrará para as Bolsas americanas, gigantes com capacidade de absorver esse enorme volume financeiro.

E isso não é nada legal; perderemos um ciclo positivo que pode levar o mercado acionário brasileiro para outro patamar.

Precisamos de anos como 2007, quando cerca de cem empresas estrearam na Bolsa. O que falta para isso acontecer?

Temos um fluxo enorme para entrar em renda variável; estamos diante de um ambiente econômico mais favorável, que propicia a tomada de mais risco.

Além disso, não tenho dúvidas de que muitas empresas já passaram pelas etapas de crescimento acelerado em seus ciclos, com investimentos de venture capital e private equity, e agora precisam da Bolsa para alçar voos maiores.

E aí, B3, vamos atrair essas milhares de empresas brasileiras? Ou vamos continuar perdendo soldados para a Nasdaq? Temos que fazer algo, com urgência.

Queremos ver a Bolsa grande. Índices acionários que expressem as mudanças, situações e cenários em que a nossa economia está exposta. Algo como o S&P 500 nos EUA, com as 500 ações mais importantes para o mercado.

Não demorará muito tempo para que cheguemos a um volume médio diário de R$ 25 bilhões (em janeiro, esse número já foi R$ 23,4 bilhões). Se não tivermos mais empresas listadas, esse dinheiro vai embora daqui. O mercado precisa de opções e de boas oportunidades.

Pelo menos, um alento. Vamos começar 2020 com três IPOs já engatilhados: os das construtoras Mitre e Moura Dubeux e o da empresa de hospedagem de sites Locaweb (já estamos analisando e vamos levar nossa opinião a você em breve). Segundo a B3, podemos atingir entre 20 e 30 ofertas públicas iniciais em 2020. Ainda é pouco.

Sonho meu: 500 ações com liquidez e 5 milhões de CPFs na B3 em cinco anos.

Não é algo de outro mundo; é bem possível. Basta remarmos todos juntos a favor da corrente.

Aí, sim, teremos uma Bolsa que represente efetivamente a nossa economia, o nosso mercado corporativo, o nosso Brasil.

Mercados

Por aqui, vimos um mercado de realização de lucros diante do novo risco global com o coronavírus chinês, o que ofuscou o discurso do ministro Paulo Guedes no Fórum Econômico Mundial em Davos.

Acordamos hoje com um clima mais estável, com o governo chinês se mobilizando fortemente para conter o vírus.

As Bolsas europeias operam levemente no positivo e os índices futuros norte-americanos apontam para uma abertura para cima.

No Brasil, devemos ter um dia mais tranquilo, com a Bolsa se recuperando depois da forte queda de ontem. Vale acompanhar o impacto nas ações ordinárias da Petrobras (PETR3), após a empresa anunciar a venda das ações do BNDES em uma oferta que pode chegar a R$ 23 bilhões.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: As expectativas de conflação estão desancoradas

19 de março de 2025 - 20:00

A principal dificuldade epistemológica de se tentar adiantar os próximos passos do mercado financeiro não se limita à já (quase impossível) tarefa de adivinhar o que está por vir

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Vale a pena investir em ações no Brasil?

17 de março de 2025 - 20:00

Dado que a renda variável carrega, ao menos a princípio, mais risco do que a renda fixa, para se justificar o investimento em ações, elas precisariam pagar mais nessa comparação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Para um período de transição, até que está durando bastante

12 de março de 2025 - 19:58

Ainda que a maior parte de Wall Street continue sendo pró Trump, há um problema de ordem semântica no “período de transição”: seu falsacionismo não é nada trivial

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: As três surpresas de Donald Trump

10 de março de 2025 - 20:00

Quem estudou seu primeiro governo ou analisou seu discurso de campanha não foi muito eficiente em prever o que ele faria no cargo, em pelo menos três dimensões relevantes

VISÃO 360

Dinheiro é assunto de mulher? A independência feminina depende disso

9 de março de 2025 - 7:50

O primeiro passo para investir com inteligência é justamente buscar informação. Nesse sentido, é essencial quebrar paradigmas sociais e colocar na cabeça de mulheres de todas as idades, casadas, solteiras, viúvas ou divorciadas, que dinheiro é assunto delas.

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Na esperança de marcar o 2º gol antes do 1º

5 de março de 2025 - 20:01

Se você abre os jornais, encontra manchetes diárias sobre os ataques de Donald Trump contra a China e contra a Europa, seja por meio de tarifas ou de afrontas a acordos prévios de cooperação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Um Brasil na mira de Trump

26 de fevereiro de 2025 - 20:00

Temos razões para crer que o Governo brasileiro está prestes a receber um recado mais contundente de Donald Trump

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Eu gostaria de arriscar um palpite irresponsável

19 de fevereiro de 2025 - 20:01

Vai demorar para termos certeza de que o último período de mazelas foi superado; quando soubermos, porém, não restará mais tanto dinheiro bom na mesa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Tenha muito do óbvio, e um pouco do não óbvio

12 de fevereiro de 2025 - 20:00

Em um histórico dos últimos cinco anos, estamos simplesmente no patamar mais barato da relação entre preço e valor patrimonial para fundos imobiliários com mandatos de FoFs e Multiestratégias

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Isso não é 2015, nem 1808

10 de fevereiro de 2025 - 20:00

A economia brasileira cresce acima de seu potencial. Se a procura por camisetas sobe e a oferta não acompanha, o preço das camisetas se eleva ou passamos a importar mais. Não há milagre da multiplicação das camisetas.

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O paradoxo DeepSeek

3 de fevereiro de 2025 - 20:01

Se uma relativamente pequena empresa chinesa pode desafiar as grandes empresas do setor, isso será muito bom para todos – mesmo se isso acabar impactando negativamente a precificação das atuais gigantes do setor

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: IPCA 2025 — tem gosto de catch up ou de ketchup mais caro?

29 de janeiro de 2025 - 20:31

Se Lula estivesse universalmente preocupado com os gastos fiscais e o descontrole do IPCA desde o início do seu mandato, provavelmente não teria que gastar tanta energia agora com essas crises particulares

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Um ano mais fácil (de analisar) à frente

18 de dezembro de 2024 - 20:00

Não restam esperanças domésticas para 2025 – e é justamente essa ausência que o torna um ano bem mais fácil de analisar

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Às vésperas da dominância fiscal

11 de dezembro de 2024 - 15:00

Até mesmo os principais especialistas em macro brasileira são incapazes de chegar a um consenso sobre se estamos ou não em dominância fiscal, embora praticamente todos concordem que a política monetária perdeu eficácia, na margem

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Precisamos sobre viver o “modo sobrevivência”

4 de dezembro de 2024 - 20:00

Não me parece que o modo sobrevivência seja a melhor postura a se adotar agora, já que ela pode assumir contornos excessivamente conservadores

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Banda fiscal no centro do palco é sinal de que o show começou

27 de novembro de 2024 - 16:01

Sequestrada pela política fiscal, nossa política monetária desenvolveu laços emocionais profundos com seus captores, e acabou por assimilar e reproduzir alguns de seus traços mais viciosos

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer

18 de novembro de 2024 - 20:00

Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Não estamos no México, nem no Dilma 2

7 de outubro de 2024 - 20:00

Embora algumas analogias de fato possam ser feitas, sobretudo porque a direção guarda alguma semelhança, a comparação parece bastante imprecisa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Brasil com grau de investimento: falta apenas um passo, mas não qualquer passo

2 de outubro de 2024 - 14:40

A Moody’s deixa bem claro qual é o passo que precisamos satisfazer para o Brasil retomar o grau de investimento: responsabilidade fiscal

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O improvável milagre do pouso suave americano

30 de setembro de 2024 - 20:03

Powell vendeu ao mercado um belo sonho de um pouso suave perfeito. Temos que estar cientes que é isso que os mercados hoje precificam, sem muito espaço para errar.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar