O tempo necessário até a campainha tocar
Posso estar errado (espero que sim!), mas acho que ainda leva um tempo até essa campainha salvadora tocar.
Tudo está bem até que, de repente, tudo está mal.
Esse tipo de transformação radical se manifesta quando tocamos os "tipping points" de Malcolm Gladwell.
Imagine uma banheira sendo enchida com água quentinha, visando um banho de sais altamente revigorante.
Quanto mais o nível da água vai subindo, mais fico contente com a perspectiva do banho de banheira iminente.
No momento em que a água atinge a altura que considero ideal para o banho perfeito, decido fechar a torneira.
Mas a torneira não fecha.
Leia Também
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Alguma coisa estranha aconteceu.
Apelo para o registro do banheiro, que passa a girar em falso.
De repente, aquele progresso do nível de água que antes me sinalizava um extremo conforto agora suscita um profundo terror — o terror do transbordamento da banheira.
Só há uma forma de coibir o alagamento: fechando o registro geral. É uma medida radical, mas não existe outro jeito.
Por sorte (?), o registro geral funciona, evitando a formação de poças de liquidez em minha casa.
No entanto, a solução do problema vem a um custo altíssimo: não posso mais usar nenhuma torneira, nem mesmo aquelas que funcionavam bem antes do incidente.
Tenho que sobreviver sem água, ao menos por um tempo.
Felizmente, os tipping points costumam ter uma dinâmica de reversão igualmente radical no que diz respeito às transformações de estado da matéria.
Tudo está mal até que, de repente, tudo está bem.
Legal, obrigado por avisar, mas quando chega o encanador?
Ninguém sabe. Ele já foi acionado, mas você precisa ficar em casa esperando a campainha tocar.
Posso estar errado (espero que sim!), mas acho que ainda leva um tempo até essa campainha salvadora tocar.
Tenho três motivos para esperar sentado:
1) Embora a Bolsa brasileira se encontre em patamares deprimidos, o valuation da Bolsa americana (14x preço sobre lucro) ainda está bem acima dos vales observados durante crises anteriores (10x). Se a Bolsa americana continuar caindo, a brasileira tende a acompanhar, independentemente do seu valuation "intrínseco" (uma abstração).
2) Vejo milhares de investidores se empolgando com grandes ralis de um dia do Ibovespa. Eles acabam comprando no impulso, e amortecendo com isso um ajuste que, de outro modo, seria mais rápido e intenso. Esses investidores à procura de consolo se esquecem que os maiores ralis diários de Bolsa ocorrem exatamente durante períodos críticos, e não ao longo da bonança.
3) Tipicamente, quando estamos próximos ao fundo do poço, os retornos de diferentes classes de ativos começam a divergir, ressuscitando os benefícios da diversificação mediocristã. Por enquanto, todos os retornos continuam negativos de um modo bastante correlacionado.
Dito isso, termino com a ressalva de que esperar sentado não significa esperar para sempre, tampouco sugere passividade.
Significa apenas economizar energia enquanto as assimetrias se tornam mais favoráveis.
Enquanto economizamos energia, já vamos plantando as sementes do futuro cenário de recuperação.
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional