🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

O sofrer que advém da vida que não vivemos (ainda)

Estamos aprendendo a sofrer, uns sofrendo mais que os outros, uns aprendendo mais que os outros

26 de março de 2020
10:59 - atualizado às 17:17
sofrimento
Imagem: Shutterstock

Depois de duas disparadas dificilmente explicadas pela razão, provavelmente teremos um ajuste de ânimos nesta quinta-feira.

Tudo conforme o plano, sem motivos para surpresa. 

Estamos aprendendo a sofrer, uns sofrendo mais que os outros, uns aprendendo mais que os outros.

Há dois tipos de sofrimento no mundo.

Há o sofrimento estúpido, injustificável, fruto da ignorância e da maldade.

E há o sofrimento que é o custo a se pagar em busca de uma causa nobre, também conhecido como sacrifício.

Leia Também

Esse segundo sofrimento é parte inerente ao ofício do investidor — e também do empresário, do esportista, do educador, etc. —, de modo que não é possível viver sem ele.

Simplesmente não é possível investir por cinco, dez, vinte ou trinta anos sem arcar com alguns episódios de sofrimento da pior espécie.

Se alguém lhe contou que a jornada do investidor era um conto de fadas, você foi enganado. O coronavírus é apenas o sofrimento escolhido para este momento. Esteja certo de que outros virão. Esteja preparado.

Bem, se não é possível investir sem sofrer, precisamos encontrar um jeito de tolerar esse sofrimento, e até mesmo regozijá-lo.

Como não somos pessoas penitentes, masoquistas, resta apenas a seguinte solução: transformar o sofrimento em outra coisa, que faça mais sentido e seja útil.

Vamos transformá-lo em uma história.

Do ponto de vista do investidor, a história é bastante simples, para quem sobrevive. A história é sempre contada do ponto de vista dos sobreviventes, ainda que sejam uma minoria.

Quando a Bolsa cai, desaba, estamos arcando com um enorme sacrifício emocional e financeiro (marcado a mercado), em troca da raríssima oportunidade de comprar ações de qualidade a preço de banana.

Por tempo indeterminado (o tempo da crise), pagamos um custo altíssimo em troca da chance pontual de multiplicarmos por duas, três ou quatro vezes o capital investido perto de um momento de máximo estresse.

Note que essa é uma troca "justa", pois decisões que nos façam enriquecer várias vezes nunca serão fáceis, por definição.

É justa porque:

(i) Primeiro você deve sofrer, para depois se beneficiar. A sobremesa só chega depois da salada.

(ii) Enquanto você sofre por um tempo longo e indefinido, a virada de mão se oferece em uma janela curta, que demanda grande sensibilidade. Não falo aqui de um timing perfeito, pois isso não existe. Mas falo de um timing imperfeito, cuja implantação é suficientemente difícil e valiosíssima.

(iii) Durante praticamente todo o tempo, você se sente um completo idiota. Enquanto o mercado cai e todos estão desovando posições, você é o idiota que não se deixa dominar pelo pânico. Você corre o risco de ser o idiota que perde a virada de mão depois de sofrer tanto. E se candidata ao cargo do idiota que confunde um suspiro do mercado com o primeiro sinal confiável de recuperação secular. 

Tudo isso parece terrível, e é mesmo. Para nós que vivemos o dia a dia de uma crise, nenhum controle emocional é o bastante. A cada minuto, você terá suas convicções testadas, e deverá se relembrar de quem verdadeiramente é.

Mas esse é o jogo, não adianta lamentar. É um jogo justo. 

Ou você queria receber a chance de transformar R$ 500 mil em R$ 1 milhão (ou mais) sem sacrifício algum?

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: As expectativas de conflação estão desancoradas

19 de março de 2025 - 20:00

A principal dificuldade epistemológica de se tentar adiantar os próximos passos do mercado financeiro não se limita à já (quase impossível) tarefa de adivinhar o que está por vir

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Vale a pena investir em ações no Brasil?

17 de março de 2025 - 20:00

Dado que a renda variável carrega, ao menos a princípio, mais risco do que a renda fixa, para se justificar o investimento em ações, elas precisariam pagar mais nessa comparação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Para um período de transição, até que está durando bastante

12 de março de 2025 - 19:58

Ainda que a maior parte de Wall Street continue sendo pró Trump, há um problema de ordem semântica no “período de transição”: seu falsacionismo não é nada trivial

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: As três surpresas de Donald Trump

10 de março de 2025 - 20:00

Quem estudou seu primeiro governo ou analisou seu discurso de campanha não foi muito eficiente em prever o que ele faria no cargo, em pelo menos três dimensões relevantes

VISÃO 360

Dinheiro é assunto de mulher? A independência feminina depende disso

9 de março de 2025 - 7:50

O primeiro passo para investir com inteligência é justamente buscar informação. Nesse sentido, é essencial quebrar paradigmas sociais e colocar na cabeça de mulheres de todas as idades, casadas, solteiras, viúvas ou divorciadas, que dinheiro é assunto delas.

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Na esperança de marcar o 2º gol antes do 1º

5 de março de 2025 - 20:01

Se você abre os jornais, encontra manchetes diárias sobre os ataques de Donald Trump contra a China e contra a Europa, seja por meio de tarifas ou de afrontas a acordos prévios de cooperação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Um Brasil na mira de Trump

26 de fevereiro de 2025 - 20:00

Temos razões para crer que o Governo brasileiro está prestes a receber um recado mais contundente de Donald Trump

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Eu gostaria de arriscar um palpite irresponsável

19 de fevereiro de 2025 - 20:01

Vai demorar para termos certeza de que o último período de mazelas foi superado; quando soubermos, porém, não restará mais tanto dinheiro bom na mesa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Tenha muito do óbvio, e um pouco do não óbvio

12 de fevereiro de 2025 - 20:00

Em um histórico dos últimos cinco anos, estamos simplesmente no patamar mais barato da relação entre preço e valor patrimonial para fundos imobiliários com mandatos de FoFs e Multiestratégias

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Isso não é 2015, nem 1808

10 de fevereiro de 2025 - 20:00

A economia brasileira cresce acima de seu potencial. Se a procura por camisetas sobe e a oferta não acompanha, o preço das camisetas se eleva ou passamos a importar mais. Não há milagre da multiplicação das camisetas.

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O paradoxo DeepSeek

3 de fevereiro de 2025 - 20:01

Se uma relativamente pequena empresa chinesa pode desafiar as grandes empresas do setor, isso será muito bom para todos – mesmo se isso acabar impactando negativamente a precificação das atuais gigantes do setor

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: IPCA 2025 — tem gosto de catch up ou de ketchup mais caro?

29 de janeiro de 2025 - 20:31

Se Lula estivesse universalmente preocupado com os gastos fiscais e o descontrole do IPCA desde o início do seu mandato, provavelmente não teria que gastar tanta energia agora com essas crises particulares

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Um ano mais fácil (de analisar) à frente

18 de dezembro de 2024 - 20:00

Não restam esperanças domésticas para 2025 – e é justamente essa ausência que o torna um ano bem mais fácil de analisar

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Às vésperas da dominância fiscal

11 de dezembro de 2024 - 15:00

Até mesmo os principais especialistas em macro brasileira são incapazes de chegar a um consenso sobre se estamos ou não em dominância fiscal, embora praticamente todos concordem que a política monetária perdeu eficácia, na margem

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Precisamos sobre viver o “modo sobrevivência”

4 de dezembro de 2024 - 20:00

Não me parece que o modo sobrevivência seja a melhor postura a se adotar agora, já que ela pode assumir contornos excessivamente conservadores

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Banda fiscal no centro do palco é sinal de que o show começou

27 de novembro de 2024 - 16:01

Sequestrada pela política fiscal, nossa política monetária desenvolveu laços emocionais profundos com seus captores, e acabou por assimilar e reproduzir alguns de seus traços mais viciosos

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer

18 de novembro de 2024 - 20:00

Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Não estamos no México, nem no Dilma 2

7 de outubro de 2024 - 20:00

Embora algumas analogias de fato possam ser feitas, sobretudo porque a direção guarda alguma semelhança, a comparação parece bastante imprecisa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Brasil com grau de investimento: falta apenas um passo, mas não qualquer passo

2 de outubro de 2024 - 14:40

A Moody’s deixa bem claro qual é o passo que precisamos satisfazer para o Brasil retomar o grau de investimento: responsabilidade fiscal

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O improvável milagre do pouso suave americano

30 de setembro de 2024 - 20:03

Powell vendeu ao mercado um belo sonho de um pouso suave perfeito. Temos que estar cientes que é isso que os mercados hoje precificam, sem muito espaço para errar.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar