🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Estadão Conteúdo

Pouco atraente

Participação do Brasil na carteira do investidor estrangeiro cai a 0,3%

Os diversos riscos associados à alocação de recursos no Brasil fizeram o peso do Brasil na carteira dos investidores estrangeiros — a incerteza política e a fraqueza econômica aparecem como importantes fatores

Moedas investidor estrangeiro investimento
Imagem: Shutterstock

O Brasil perdeu peso importante nas carteiras de investidores estrangeiros em meio ao aumento do risco político, à fraca atividade econômica e aos juros historicamente baixos. Gestores ouvidos pelo ‘Estadão/Broadcast’ calculam que, nos fundos globais, a participação do País, que já foi de 2,5%, caiu para 0,3% no fim de maio, a menor desde 2015, ano marcado pela recessão e pela crise política que desencadeou o impeachment de Dilma Rousseff.

Nas carteiras dedicadas aos mercados emergentes, a fatia baixou para 7%, também o menor nível desde 2015. Gestores alertam ainda para o risco de, com os juros perto de zero, não só estrangeiros deixem de aplicar aqui, mas também brasileiros comecem a remeter recursos para o exterior.

Nos fundos dedicados a emergentes, o Brasil chegou a ter participação de 16,5% em 2011, mesmo nível da China. Desde então, Coreia do Sul, Índia e Taiwan passaram a ter maior participação nessas carteiras que os ativos brasileiros, mostram dados da consultoria americana EPFR. A China tem hoje fatia perto de 30%.

O Brasil teve, neste ano, fuga de capital externo bem acima do nível de outros emergentes, de acordo com o Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 450 maiores bancos do mundo. No primeiro trimestre, a saída de capital foi quase o dobro da verificada na crise de 2008. Dados do Banco Central mostram que US$ 33 bilhões deixaram o País neste ano pelo canal financeiro até 22 de maio. Na B3, foram R$ 76 bilhões.

"O retorno no Brasil ficou muito baixo para um país de risco alto", diz um gestor em Londres de um fundo dedicado a emergentes. Ele afirma que outros países oferecem juros maiores que o Brasil a um risco menor e cita o México como exemplo.

Lá a taxa de juros está em 6% e o risco-país medido pelo Credit Default Swap (CDS), derivativo de crédito que protege contra calotes na dívida soberana, em 140 pontos. No Brasil, o CDS está em 240 pontos e o juro em 3%, além de ser crescente a aposta de corte para 2,25%.

Leia Também

"O mundo virou as costas para o Brasil faz tempo", afirma o gestor e sócio da Mauá Capital Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central. "A imagem do Brasil está péssima no exterior", completa ele, ressaltando que a forma como o País lida com a crise do coronavírus, "o enorme barulho político" e os juros baixos contribuem para afastar os investidores, sobretudo os de curto prazo, que aplicam no mercado financeiro, na Bolsa ou renda fixa.

Os de mais longo prazo, que olham para projetos de infraestrutura, ainda mantém o país na radar, continuou ele em live realizada recentemente pela Febraban. "A percepção do Brasil lá fora hoje é a pior possível."

Para o economista sênior para América Latina da consultoria inglesa Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia, a forma "surreal" como o presidente Jair Bolsonaro está lidando com a pandemia, minimizando seus efeitos, vai contribuir para estender sua duração, piorando ainda mais a atividade e trazendo mais preocupações sobre as contas fiscais locais, que já estavam deterioradas.

Moeda e Bolsa

A postura do presidente, aliada à queda dos então ministros Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Nelson Teich (Saúde) e Sérgio Moro (Justiça), além dos rumores de que o ministro Paulo Guedes (Economia) também estava com o cargo ameaçado, contribuiu para deixar o Brasil com a imagem abalada entre investidores, que fugiram do País.

No acumulado do ano até 4 de junho, o real foi a moeda emergente que mais se desvalorizou, com recuo de 21%. "O real perdeu muito nesse período mais turbulento, com a saída de ministros e o risco de uma mudança na agenda econômica, quando se falou no plano Pró-Brasil (programa da ala militar do governo para reativar a economia com obras públicas). Nesse momento, o mercado ‘precificou’ o pior dos mundos", diz o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria.

A B3 também foi uma das Bolsas que mais se desvalorizou(-18,9%), ficando atrás apenas da colombiana (-30%), da espanhola (-21%) e da peruana (-19%).

Nas últimas semanas, porém, os ativos brasileiros começaram a se recuperar. O economista Álvaro Frasson, do BTG Pactual Digital, destaca que esse movimento se deu mais por causa do alívio no mercado internacional, com o início da reabertura da economia europeia, do que por questões domésticas.

As medidas adotadas pelas autoridades monetárias dos EUA e da Europa, que inundaram o mercado com dólares e euros, também favoreceram a recuperação do real e da B3. "Quando os mercados maduros têm uma expectativa de retomada, os investidores tomam mais risco", diz.

Foi esse cenário internacional - e não uma onda de otimismo com a economia do País - que favoreceu o governo brasileiro na captação de US$ 3,5 bilhões em títulos da dívida externa, feita na quarta-feira, em uma operação considerada de sucesso.

"A captação foi bem sucedida e é explicada pela grande liquidez. Claro, as contas externas estão sob controle, o que ajuda. Mas, superado o período de pânico, o investidor busca maior rentabilidade, acaba saindo dos títulos americanos e os papéis brasileiros chamaram atenção", diz Campos Neto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
BOMBOU NO SD

Ações x títulos da Petrobras, follow-on da Azul e 25 ações para comprar após o caos: o que bombou no Seu Dinheiro esta semana

19 de abril de 2025 - 9:51

Outra forma de investir em Petrobras além das ações em bolsa e oferta subsequente de ações da Azul estão entre as matérias mais lidas da última semana em SD

RESUMO DA SEMANA

Com ou sem feriado, Trump continua sendo o ‘maestro’ dos mercados: veja como ficaram o Ibovespa, o dólar e as bolsas de NY durante a semana 

18 de abril de 2025 - 11:34

Possível negociação com a China pode trazer alívio para o mercado; recuperação das commodities, especialmente do petróleo, ajudaram a bolsa brasileira, mas VALE3 decepcionou

SEXTOU COM O RUY

Lições da Páscoa: a ação que se valorizou mais de 100% e tem bons motivos para seguir subindo

18 de abril de 2025 - 7:59

O caso que diferencia a compra de uma ação baseada apenas em uma euforia de curto prazo das teses realmente fundamentadas em valuation e qualidade das empresas

IR 2025

Como declarar opções de ações no imposto de renda 2025

18 de abril de 2025 - 7:03

O jeito de declarar opções é bem parecido com o de declarar ações em diversos pontos; as diferenças maiores recaem na forma de calcular o custo de aquisição e os ganhos e prejuízos

ALÍVIO

Sobrevivendo a Trump: gestores estão mais otimistas com a Brasil e enxergam Ibovespa em 140 mil pontos no fim do ano

17 de abril de 2025 - 17:03

Em pesquisa realizada pelo BTG, gestores aparecem mais animados com o país, mesmo em cenário “perde-perde” com guerra comercial

conteúdo EQI

Dólar volta a recuar com guerra comercial entre Estados Unidos e China, mas ainda é possível buscar lucros com a moeda americana; veja como

17 de abril de 2025 - 10:00

Uma oportunidade ‘garimpada’ pela EQI Investimentos pode ser caminho para diversificar o patrimônio em meio ao cenário desafiador e buscar lucros de até dólar +10% ao ano

CONFLITO DE INTERESSES

Mobly (MBLY3) expõe gasto ‘oculto’ da Tok&Stok: R$ 5,2 milhões para bancar plano de saúde da família fundadora — que agora tem cinco dias para devolver o dinheiro

17 de abril de 2025 - 9:57

Em comunicado, a Mobly destaca que os pagamentos representam mau uso de recursos da companhia, conflito de interesses e violação da governança corporativa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta

17 de abril de 2025 - 8:36

Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.

IR 2025

Como declarar ETF no imposto de renda 2025, seja de ações, criptomoedas ou renda fixa

17 de abril de 2025 - 7:03

Os fundos de índice, conhecidos como ETFs, têm cotas negociadas em bolsa, e podem ser de renda fixa ou renda variável. Veja como informá-los na declaração em cada caso

DRAGÃO À ESPREITA

É hora de aproveitar a sangria dos mercados para investir na China? Guerra tarifária contra os EUA é um risco, mas torneira de estímulos de Xi pode ir longe 

17 de abril de 2025 - 6:12

Parceria entre a B3 e bolsas da China pode estreitar o laço entre os investidores do dois países e permitir uma exposição direta às empresas chinesas que nem os EUA conseguem oferecer; veja quais são as opções para os investidores brasileiros investirem hoje no Gigante Asiático

BATEU TETO

Fim da linha para a Vale (VALE3)? Por que o BB BI deixou de recomendar a compra das ações e cortou o preço-alvo

16 de abril de 2025 - 20:31

O braço de investimentos do Banco do Brasil vai na contramão da maioria das indicações para o papel da mineradora

MOMENTO DESAFIADOR

EUA aprovam bolsa de valores focada em sustentabilidade, que pode começar a operar em 2026

16 de abril de 2025 - 13:14

A Green Impact Exchange pretende operar em um mercado estimado em US$ 35 trilhões

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”

16 de abril de 2025 - 12:40

O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje

COMPRAR OU VENDER

Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora

16 de abril de 2025 - 12:24

A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço

HORA DE BATER O MARTELO

Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo

16 de abril de 2025 - 11:44

No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard

MEXENDO

Deu ruim para Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA3), e bom para SmartFit (SMFT3) e Direcional (DIRR3): quem entra e quem sai do Ibovespa na 2ª prévia

16 de abril de 2025 - 11:05

Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta

16 de abril de 2025 - 8:37

Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale

IR 2025

Como declarar ações no imposto de renda 2025

16 de abril de 2025 - 7:37

Declarar ações no imposto de renda não é trivial, e não é na hora de declarar que você deve recolher o imposto sobre o investimento. Felizmente a pessoa física conta com um limite de isenção. Saiba todos os detalhes sobre como declarar a posse, compra, venda, lucros e prejuízos com ações no IR 2025

TOUROS E URSOS #219

Tarifaço de Trump pode não resultar em mais inflação, diz CIO da Empiricus Gestão; queda de preços e desaceleração global são mais prováveis

15 de abril de 2025 - 18:24

No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, fala sobre política do caos de Trump e de como os mercados globais devem reagir à sua guerra tarifária

O PAÍS DA RENDA FIXA

As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR

15 de abril de 2025 - 14:32

Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar