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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

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Bolsa segue volátil enquanto dólar dispara com depoimento do presidente do Fed ao Congresso

Moeda norte-americana registra alta acentuada no início de uma série de depoimentos de Jerome Powell perante o Congresso dos EUA

Ricardo Gozzi
22 de setembro de 2020
10:36 - atualizado às 16:45
Selo Mercados AGORA Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O Ibovespa confirma os prognósticos de volatilidade e opera entre altas e baixas nesta terça-feira, oscilando ao sabor dos ventos de curtíssimo prazo emanados na direção dos mercados financeiros. Já o dólar apresenta alta acentuada desde o início de uma bateria de depoimentos do presidente do Federal Reserve Bank (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, perante o Congresso dos Estados Unidos.

Depois da forte queda registrada ontem, o principal índice do mercado brasileiro de ações ensaiou uma alta acompanhando a abertura positiva da bolsa de valores de Nova York, mas logo sucumbiu ao estica-e-puxa de focos divergentes de pressão.

O Ibovespa seguiu disputando o nível de suporte de 97 mil pontos ao longo de toda a sessão em meio às mudanças de humor em Wall Street e à redução da alta do preço do barril de petróleo nos mercados futuros.

Enquanto os principais mercados europeus de ações fecharam em alta, recuperando pequena parte das perdas registradas ontem, a bolsa de valores de Nova York firmou-se no azul no meio da tarde em meio à melhora nas cotações dos papéis do setor de tecnologia, Por volta das 16h45, o principal índice da B3 operava em alta de 0,42%, aos 97.397 pontos.

O fato é que, desde cedo, todos os ingredientes estavam postos para um dia de volatilidade nos mercados. Fonte de estresse é o que não faltava.

Além da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) e dos depoimentos de Powell, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) foi aberta hoje com os discursos dos presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, Jair Bolsonaro e Donald Trump, respectivamente.

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Ata do Copom reitera limites da política monetária

Os mercados financeiros locais repercutiram inicialmente o conteúdo da ata da última reunião do Copom, realizada nos dias 15 e 16 de setembro. Na ocasião, o Banco Central manteve a taxa básica de juro em 2% ao ano. Trata-se de uma mínima histórica da Selic.

Segundo a ata, para a maioria dos membros do Copom, o limite efetivo mínimo para a taxa básica seria significativamente maior em economias emergentes do que em países desenvolvidos devido à presença de um prêmio de risco.

Foi ressaltado ainda que esse prêmio é dinâmico e tende a ser maior no Brasil, dadas a sua relativa fragilidade fiscal e as incertezas quanto à sua trajetória fiscal prospectiva. O Copom concluiu que eventuais novas reduções na taxa de juros exigiriam cautela e gradualismo adicionais.

Analistas consideraram que o documento aponta para uma baixa probabilidade de novos cortes na taxa de juro, confirmando a sinalização do BCB de que a contribuição da política monetária para a superação da pandemia poderia ter chegado a um limite.

O economista-chefe da Necton Corretora, André Perfeito, observa um 'empate técnico' entre estes dois fatores concorrentes para que a Selic permaneça no nível atual.

"Primeiro, dada a recuperação desigual da atividade, seria necessário certo estímulo continuado, o que faz com que a Selic fique baixa. No entanto, o colegiado do BCB entende que o nível de juros atual já está próximo do limite de baixa, uma vez que cortes adicionais poderiam criar volatilidade dos ativos", afirma.

Testemunho de Powell levou o dólar a disparar

Enquanto isso, Jerome Powell prestou hoje depoimento à Comissão de Assuntos Financeiros da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. O presidente do Fed iniciou seu testemunho com um texto preparado divulgado na véspera.

Na declaração, Powell ressaltou que o Fed segue empenhado em recorrer às ferramentas de política monetária disponíveis "pelo tempo que for necessário para assegurar que a recuperação será tão forte quanto possível".

Este foi o primeiro de três testemunhos de Powell perante o Congresso dos EUA previstos para esta semana. Amanhã, Powell testemunhará perante a subcomissão da Câmara para o combate à pandemia e na quinta-feira será questionado pelos membros da Comissão de Assuntos Bancários, Habitacionais e Urbanos do Senado.

Os testemunhos regulares do dirigente máximo do Fed ao Congresso dos EUA costumam ser demorados e tensos - até por transcorrerem com os mercados abertos em Wall Street -, o que deve manter os investidores cautelosos durante os próximos dias.

Dólar e juro

Hoje, o impacto principal da fala de Powell deu-se sobre o dólar. O mercado de câmbio teve um início de sessão volátil antes de se firmar em alta após o início do depoimento do presidente do Fed.

Por volta das 16h45, o dólar subia 1,13%, cotado a R$ 5,4616.

Já os contratos de juros futuros abriram em queda firme, devolvendo os prêmios acumulados na véspera depois de a ata do Copom não ter apresentado sinais de que o início de um aperto monetária seria iminente, mas distanciaram-se das mínimas do pregão diante da alta acentuada do dólar.

Confira as taxas negociadas de alguns dos principais contratos negociados na B3:

  • Janeiro/2022: de 3,000% para 2,920%;
  • Janeiro/2023: de 4,440% para 4,350%;
  • Janeiro/2025: de 6,400% para 6,300%;
  • Janeiro/2027: de 7,340% para 7,260%.

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