Em dia de volatilidade e queda brutal do petróleo, Ibovespa volta a cair e dólar supera R$ 5,30
Após passar manhã em baixa, índice virou para alta, mas voltou a cair depois que bolsas americanas pioraram com a queda do petróleo abaixo de zero

A bolsa brasileira opera instável nesta véspera de feriado. O Ibovespa abriu em baixa de mais de 2%, chegou a subir mais de 1% e superar os 80 mil pontos no início da tarde, e há pouco voltou a cair. Já o dólar à vista tem alta firme de 1,27% a R$ 5,3033, tendo chegado a bater R$ 5,31.
Por volta das 16h, o Ibovespa caía 0,73%, aos 78.415,75 pontos, com a piora das bolsas americanas, depois que os contratos de petróleo WTI com entrega em maio e vencimento nesta terça-feira caíram mais de 100% e passaram a operar com preços negativos.
Depois de forte queda durante o fim de semana, os preços do petróleo continuaram em queda nesta segunda-feira (20), em razão da queda na demanda por conta da pandemia de coronavírus.
Os compradores estão encerrando as suas posições. Aqueles que estariam interessados na entrega do produto estão com os estoques cheios. Nos Estados Unidos, o principal centro de armazenagem de petróleo já se encontra perto do limite.
Já aqueles que rolariam seus contratos para junho optaram por não fazê-lo, uma vez que a diferença nos preços dos contratos para maio e junho tornou-se brutal.
Com isso, o contrato WTI para maio caía mais de 200% às 15h42, a US$ -25 o barril; já o WTI para junho recuava 16,22% no mesmo horário, para US$ 20,91 o barril. O movimento do petróleo negociado nos EUA contaminou também o petróleo tipo Brent, negociado em Londres. Os contratos para entrega em junho caíam 9,08%, a US$ 25,57 o barril no mesmo horário.
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Em Nova York, ações de empresas do setor de energia caem, pressionadas pela baixa da commodity. Por volta das 16h, o Dow Jones caía 2,18%, o S&P 500 recuava 1,55% e o Nasdaq tinha baixa de 0,82%, depois de ter operado em alta mais cedo.
Por aqui, as ações da Petrobras não são tão afetadas, pois a estatal usa como referência os preços do petróleo tipo Brent. Às 16h15, os papéis preferenciais (PETR4) caíam 2,48% e os ordinários (PETR3) tinham baixa de 1,80%.
Tensões em Brasília afetam o dólar
O dólar avança como reflexo das tensões entre os poderes em Brasília, que continuaram durante o fim de semana. Parlamentares e a maioria dos governadores já se posicionaram contra a postura de Bolsonaro, que discorda do modelo da ajuda bilionária a estados e municípios aprovada pela Câmara e questiona as medidas de isolamento social para combate à pandemia do coronavírus.
Ontem, Bolsonaro chegou a discursar em uma manifestação de seus apoiadores, que pediam o fechamento do Congresso e intervenção militar.
O Brasil já tem 38,6 mil casos confirmados de coronavírus e 2,4 mil mortes registradas até ontem à noite, segundo o Ministério da Saúde. Mas estudos apontam para uma alta taxa de subnotificação.
Juros futuros fecham em queda
Os juros futuros de curto prazo fecharam em queda em dia de liquidez reduzida. Os contratos de DI com vencimento em janeiro de 2021 fecharam abaixo de 3% pela primeira vez, recuando de 3,037% para 2,83%. Já os contratos para janeiro de 2022 recuaram de 3,64% para 3,37%. Os juros para janeiro de 2027 fecharam em baixa de 6,902% para 6,83%.
Maiores baixas do Ibovespa
- Embraer (EMBR3): -3,98%
- Gerdau Metalúrgica (GOAU4): -3,89%
- Bradesco PN (BBDC4): -3,68%
- Vale (VALE3): -3,45%
- Cosan (CSAN3): -3,03%
Maiores altas do Ibovespa
- Magazine Luiza (MGLU3): +8,16%
- Cyrela (CYRE3): +8,01%
- Localiza (RENT3): +6,93%
- SulAmérica (SULA11): +6,10%
- Lojas Americanas (LAME4): +6,07%
*Com Estadão Conteúdo.
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