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Felipe Saturnino

Felipe Saturnino

Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.

Mercados hoje

Ibovespa prossegue em queda puxado por bancos e Petrobras e se descola de NY em meio à tensão fiscal

Índice ainda caminha para encerrar semana em alta; dólar busca máximas

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
16 de outubro de 2020
10:49 - atualizado às 17:09
Selo Mercados AGORA Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O Ibovespa mantém queda descolado das bolsas de Nova York em meio à tensão fiscal a respeito da rolagem da dívida pública, puxado por ações de bancos e da Petrobras que operam em baixas firmes.

Às 16h40, o Ibovespa recuava 0,56%, aos 98.500,56 pontos. A maior parte dos principais índices americanos, enquanto isso, marcavam ganhos.

O principal índice acionário da B3 — bem como outros mercados — reage à notícia de que dívida do Tesouro a vencer entre janeiro e abril de 2021 soma R$ 643 bilhões, valor maior que o dobro da média dos últimos cinco anos, equivalente a 15,4% da dívida interna brasileira, segundo o Broadcast.

No leilão de ontem, o Tesouro colocou apenas 40% do lote ofertado de títulos atrelados à Selic com prazo mais curto, o que alimenta a percepção do risco fiscal.

"Por aqui, pesou tanto na bolsa quanto no câmbio essa dificuldade do Tesouro de rolar a dívida", diz Roberto Padovani, economista do banco BV. "Basicamente é o tema fiscal fazendo com que o nosso desempenho seja pior que o do resto do mundo."

O índice hoje é puxado por algumas empresas de peso em sua composição. As ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) da Petrobras caem 1,82% neste momento, seguindo a queda do preço do contrato de petróleo tipo Brent, barril de referência para a estatal, com recuo de 0,7%.

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Enquanto isso, todas as ações de bancos também recuam no índice, contribuindo para o desempenho negativo do Ibovespa hoje.

"É um movimento de realização de alguns papéis relevantes", diz Henrique Esteter, analista de ações da Guide Investimentos. "Petrobras pesa com queda do petróleo."

Ainda assim, o Ibovespa caminha para fechar a semana no positivo, em alta acumulada superior a 1%. Em outubro, o avanço supera os 4%.

Depois de operar perto da estabilidade por boa parte da manhã, o dólar à vista passou a avançar. Agora, tem alta de 0,37%, a R$ 5,6455.

Na máxima, a divisa americana subiu 0,41%, para R$ 5,6475.

O Dollar Index (DXY), índice que compara o dólar a uma cesta de moedas como euro, libra e iene, no entanto, se desvaloriza 0,18% agora.

"A injeção de estímulos monetários e fiscais faz o dólar se depreciar em relação a outras moedas fortes, mas em comparação ao real o que pesa mais no curto prazo é o risco fiscal doméstico e o ruído político", diz Mauro Morelli, estrategista da Davos Investimentos, escritório filiado à XP Investimentos. "Essa questão do megavencimento pesa aqui."

Top 5

Confira as maiores altas do Ibovespa agora:

CÓDIGOEMPRESAPREÇOVARIAÇÃO
BRKM5Braskem PNAR$ 22,20 4,91%
SUZB3Suzano ONR$ 50,42 4,26%
KLBN11Klabin unitsR$ 25,86 4,19%
USIM5Usiminas PNAR$ 11,29 4,06%
JBSS3JBS ONR$ 23,22 3,66%

Veja também as maiores quedas:

CÓDIGOEMPRESAS PREÇOVARIAÇÃO
YDUQ3Yduqs ONR$ 25,63 -3,97%
COGN3Cogna ONR$ 4,85 -3,77%
GNDI3Intermédica ONR$ 65,13 -2,89%
IRBR3IRB ONR$ 6,80 -2,86%
QUAL3Qualicorp ONR$ 31,96 -2,65%

CSN sobe com resultados do 3º tri

Após balanço forte, os papéis da CSN (CSNA3) chegaram a subir 4%, tendo depois chegado a recuar, com realização de lucros dos investidores.

Agora, as ações exibem leve alta de 0,36%, aos R$ 19,52. A siderúrgica teve lucro líquido de R$ 1,262 bilhão no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 871 milhões visto um ano antes. Veja os resultados trimestrais da empresa nesta matéria do Seu Dinheiro.

Exterior positivo

As bolsas de Nova York abriram em alta, ensaiando recuperação das perdas de ontem, após três dias seguidos de queda.

Neste momento, o Dow Jones sobe 0,60%, o S&P 500 avança 0,29% e o Nasdaq perde 0,06%.

Repercute bem lá fora a notícia de que a farmacêutica Pfizer pode solicitar autorização para uso emergencial da sua vacina contra a covid-19 até o fim de novembro, desde que receba dados de eficácia e segurança de testes em humanos em estágio final.

Os dados de vendas no varejo nos Estados Unidos em setembro também vieram positivos, apresentando alta de 1,9% em relação a agosto. A previsão do mercado era de alta de 0,8%, segundo dados da Bloomberg.

Já os dados de produção industrial decepcionaram. Houve queda de 0,6% em setembro, ante um consenso de mercado de alta de 0,5% — a primeira queda em cinco meses.

As bolsas americanas ampliaram os ganhos após a divulgação do dado de confiança do consumidor nos EUA em outubro. Na leitura preliminar, o índice subiu a 81,2, ante projeção de 80,5.

As preocupações que pairam sobre os investidores, aqui e lá fora, e que impedem que o Ibovespa chegue aos 100 mil pontos permanecem basicamente as mesmas: os avanços da segunda onda de covid-19 na Europa e o impasse nas negociações para a aprovação de um novo pacote fiscal nos EUA.

Juros sobem

Por aqui, as preocupações se dão em relação ao risco fiscal, refletindo a dificuldade do Tesouro de rolar a dívida, a indefinição quanto ao Renda Brasil e o futuro do auxílio emergencial. Neste contexto, há o risco de uma elevação de juros, por conta da pressão do mercado sobre as taxas de curto prazo.

A inflação também gera cautela. O mercado teme que a alta de preços no atacado comece a contaminar a inflação ao consumidor, o que também contribuiria para uma elevação de juros.

Mais cedo saiu o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que marcou 3,20% em outubro. O resultado veio acima do teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo Broadcast, que esperavam um índice entre 1,72% e 3,02%, com mediana positiva de 2,67%.

Já o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) foi de 1,01%, abaixo da estimativa da Bloomberg, de 1,12%.

Os juros futuros fecharam em alta nesta sexta. Segundo Paulo Nepomuceno, operador de renda fixa da Terra Investimentos, o que está em jogo na curva das taxas futuras é a atual política de juros baixos do Banco Central.

"O pilar dessa política era a ancoragem da inflação e a política fiscal restritiva. Mas ambos os pilares estão sendo questionados", diz ele, em referência ao déficit fiscal primário e a leve alta da inflação.

"Com tudo isso, o mercado quer mais prêmio. É natural esse movimento de alta na curva", afirma Nepomuceno.

Confira as taxas dos principais vencimentos:

  • Janeiro/2021: de 1,970% para 1,976%
  • Janeiro/2022: de 3,29% para 3,40%
  • Janeiro/2023: de 4,65% para 4,77%
  • Janeiro/2025: de 6,54% para 6,63%.

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